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Abstract(s)
Durante a década de 20 (e parte de 30) do século passado o cinema
apresenta-se numa versão assumidamente vanguardista, uma espécie de “novo género”, procurando retratar no grande ecrã, de forma evidentemente poética e esteticamente esclarecida, o pulsar quotidiano de um significativo conjunto de grandes metrópoles. Apostando numa dialogante dicotomia entre a música e a imagem em movimento, as chamadas “sinfonias urbanas”, também apelidadas de “sinfonias visuais” ou “poemas sinfónicos”, procuraram por esta via reclamar para o cinema um legítimo reconhecimento artístico que parecia então tardar. Documentários sinfónicos poéticos com traços eminentemente experimentais, quase sempre em formato de curtametragem,
as “sinfonias urbanas” alicerçavam a sua estrutura fílmica numa montagem
claramente apurada e capaz de evidenciar toda uma sensibilidade artística, com laivos de originalidade e com uma notória propensão para a rutura com a generalidade do cinema que então era produzido. Desde Walter Ruttmann com Berlin, Sinfonia De Uma Capital passando por Joris Ivens com Chuva ou Jean Vigo com À Propos de Nice, as “sinfonias urbanas” que despoletavam pela Europa e Estados Unidos da América haveriam também de se materializar em Portugal pelas mãos de Manoel de Oliveira e Leitão de Barros.
Description
Keywords
Sinfonia urbana Cinema Música
Citation
Neves, J. (2019). De Walter Ruttmann a Leitão de Barros e Manoel de oliveira: o pulsar de um cinema urbano em forma de poema sinfónico. In M.P. Alves, M.R.L. Bello, I.V. Álvarez (eds.), Atas do IX Encontro Anual da AIM, Santiago de Compostela, Espanha 13-16 de Maio 2019. (pp.86-93). Lisboa; AIM
Publisher
AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento