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- Validação do diagnóstico de enfermagem disfunção sexual (00059) em grávidasPublication . Carteiro, Dora Maria Honorato; Berenguer, Sílvia Maria Alves Caldeira; Sousa, Lisete Maria Ribeiro deIntrodução: A gravidez é uma fase de transição na qual pode surgir disfunção sexual e consequente compromisso da qualidade de vida do casal. O diagnóstico de problemas sexuais é dificultado pela multiplicidade de fatores subjacentes e pela sua forma de expressão. Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia têm, pela sua proximidade, a oportunidade de abordar esta temática e de a diagnosticar. Como tal, torna-se necessário estimar os indicadores clínicos que favoreçam o raciocínio clínico. Objetivos: Traduzir o diagnóstico de enfermagem sexual dysfunction, identificar os indicadores clínicos da disfunção sexual na amostra de grávidas, calcular a sua prevalência nos diferentes trimestres e estimar a sensibilidade, especificidade e valor preditivo das características definidoras do diagnóstico. Método: Estudo de natureza quantitativa, observacional, exploratório-descritivo e transversal. Iniciou-se com a tradução do diagnóstico para português europeu, seguida de uma revisão integrativa da literatura para identificação de indicadores clínicos do diagnóstico e, por fim, a validação clínica numa amostra de grávidas, através do modelo de Richard Fehring (1987, 1994). Integraram o estudo 306 grávidas acompanhadas na consulta de enfermagem de dois agrupamentos de centros de saúde, Lisboa Norte e Oeste Sul que preencheram um questionário constituído por dados demográficos e de saúde, o Female Sexual Function Index e as características definidoras e fatores relacionados do diagnóstico. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética para a Saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Resultados: Obteve-se uma versão em português europeu do diagnóstico. Na revisão integrativa da literatura foram identificadas quatro novas características definidoras e 12 novos fatores relacionados do diagnóstico disfunção sexual na grávida em 58 estudos analisados. Na validação clínica a prevalência do diagnóstico foi de 49%, mantendo-se similar ao longo dos trimestres. Foram validadas 14 características definidoras, sete principais e sete secundárias. A característica definidora procura de confirmação de desejabilidade foi a mais sensível e a diminuição do desejo sexual foi a mais específica. O score total do diagnóstico foi 0,79. Conclusões: Novos elementos do diagnóstico foram identificados na revisão da literatura e validados na fase de validação clínica. A prevalência do diagnóstico nesta amostra confirma a disfunção sexual como um diagnóstico possível na consulta de enfermagem de saúde materna. Dos resultados emergiu uma proposta de mudança do enunciado do diagnóstico e de inclusão do diagnóstico de risco correspondente. Mais estudos de validação clínica noutros contextos, com amostras probabilísticas, poderão aumentar a evidência do diagnóstico, identificar particularidades e contribuir para o desenvolvimento da taxonomia da NANDA-I.