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dos Santos, Paulo Alexandre Figueiredo

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  • Enfermagem de catástrofe: preparação para o desenvolvimento de competências
    Publication . Santos, Paulo; Rabiais, Isabel
    Introdução: A Humanidade tem sido desde os primórdios confrontada com catástrofes naturais, sociais, industriais e mais recentemente o bioterrorismo, que levam à perda e/ou dano de vidas humanas e de bens materiais com inevitável rotura social, económica e do estado de saúde. A adequação e resposta atempada dos profissionais de saúde e demais agentes de proteção civil são fundamentais, para controlar o número de vítimas, o agravamento do estado de saúde, a vulnerabilidade das populações e promover a qualidade de vida futura. Do latim catastrŏphe (que por sua vez, deriva de um vocábulo grego que significa “ruína” ou “abalo”), o constructo integra um evento fatídico que altera a ordem regular das coisas (ARAGÃO, 2012). Perante um evento desta natureza, além de uma resposta estruturada, sistematizada e eficaz, o fator chave para uma intervenção direcionada, reside nos profissionais de saúde, que devem dispor de conhecimentos quanto ao planeamento e operacionalização do plano de emergência, aliado ao treino, à formação específica de preparação para situações de catástrofe e à disciplina do profissional. Considerando os enfermeiros a maior comunidade profissional e científica com responsabilidade no funcionamento do sistema de saúde, integrando as equipas multidisciplinares que assistem as vítimas de catástrofes, torna-se imperativo assumir competência específicas nesta área. Objetivo: Identificar conhecimentos e competências dos enfermeiros para cuidar em situação de catástrofe. Materiais e métodos: Selecionados 9 artigos, submetidos a análise temática de conteúdo (BARDIN, 2011), tendo obtido 6 artigos de natureza qualitativa e 3 revisões da literatura. Os artigos selecionados, foram analisados de forma qualitativa através do procedimento de análise de conteúdo (BARDIN, 2011). Resultados: A impossibilidade de prever todas as variáveis que influenciam as consequências de uma catástrofe é simultaneamente o principal fator a considerar e o mais difícil de ultrapassar quando se estrutura uma intervenção para fazer face a um acontecimento desta natureza. Os artigos raduzem unanimidade num ponto: o conhecimento científico, é condição “sine qua non”, para assegurar o desenvolvimento de competências individuais. Compreende-se assim, que o conhecimento científico em Enfermagem estrutura uma profissão necessária e insubstituível na resposta a uma situação de catástrofe. Contudo, a incorporação de uma cultura direcionada para o conhecimento científico, requer preparação científica, técnica e relacional do profissional. AMENDOEIRA (2006, p.244), defende esta aceção e salienta que “o conhecimento necessita de ser estudado a partir do que é essencial aos contextos”, ou seja, é necessário a preparação. FUNG et al (2008), revelam que 97% dos Enfermeiros reconhecem estar inadequadamente preparados para uma situação de catástrofe e 80% assumem necessidade de desenvolver conhecimentos e competências para uma resposta eficaz, mediante formação contínua, específica e prática. Um estudo realizado num Serviço de Urgência de um hospital de Lisboa, numa amostra de 74 enfermeiros, 73% afirmam sentir necessidades de formação na área de catástrofe. A falta de formação e o desconhecimento dos mecanismos de ativação de um plano de emergência, foi assumido por 73% (PONTE, 2007). A representatividade das respostas negativas (96%) é conclusiva, permitindo obter um quadro geral das necessidades formativas, de conhecimentos e de preparação na área de catástrofe. Conclusão: É nesta aceção axiomática que se torna incontestável a evidência da necessidade crescente de concertar esforços no sentido de elaborar um plano educativo integrado e transversal, pautado por métodos e saberes específicos próprios da disciplina e da profissão de Enfermagem (a nível epistemológico, técnico, relacional, sociológico e ético), tão necessários para melhor preparar e alargar o espectro das competências próprias e distintas do Enfermeiro na área da catástrofe.