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- Dengue virus transmission in Italy: historical trends up to 2023 and a data repository into the futurePublication . Branda, Francesco; Nakase, Taishi; Maruotti, Antonello; Scarpa, Fabio; Ciccozzi, Alessandra; Romano, Chiara; Peletto, Simone; Filippis, Ana Maria Bispo de; Alcantara, Luiz Carlos Junior; Marcello, Alessandro; Ciccozzi, Massimo; Lourenço, José; Giovanetti, MartaDengue virus circulation is on the rise globally, with increased epidemic activity in previously unaffected countries, including within Europe. In 2023, global dengue activity peaked, and Italy reported the highest number of dengue cases and local chains of transmission to date. By curating several sources of information, we introduce a novel data repository focused on dengue reporting in Italy. We integrate data from such a repository with other geographic, genomic and climatic spatiotemporal data to present an overview of transmission patterns of the past eight years related to circulating viral lineages, geographic distribution, hotspots of reporting, and the theoretical contribution of local climate. The novel data repository can contribute to a better understanding of an evolving epidemiological scenario in Italy, with the potential to inform reassessment and planning of adequate national and European public health strategies to manage the emergence of the dengue virus.
- O clima em Estrasburgo - a proteção de um clima estável após o acórdão Verein Klima Seniorinnen Schweiz et al c. SuíçaPublication . Rocha, Armando; Bernardino, Ana LuísaEste artigo analisa os acórdãos KlimaSeniorinnen e, incidentalmente, Duarte Agostinho, proferidos pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH), nos quais este tribunal se pronunciou, pela primeira vez, sobre o impacto que os fenómenos relacionados com as alterações climáticas têm no gozo efetivo de direitos humanos. Para este efeito, este artigo analisa o modo como o TEDH endossou a existência de uma obrigação positiva, decorrente do artigo 8.º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH), de adoção e implementação de um quadro regulatório destinado a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa a partir do território e jurisdição do Estado – o que implica, ainda, a análise da conceção de jurisdição extraterritorial sufragada no acórdão Duarte Agostinho. Por outro lado, este artigo analisa a leitura do TEDH sobre a condição de vítima e a legitimidade ativa ao abrigo do artigo 34.º da CEDH de indivíduos e de associações. Por fim, o artigo analisa a complexidade da execução do acórdão KlimaSeniorinnen, desde logo porque a questão climática testa os limites dos princípios da subsidiariedade, separação de poderes e margem de apreciação nacional.
- A espiritualidade e o espírito nos cuidados paliativos : da ética ao cuidar : revisão da literaturaPublication . Bustorff-Silva, Maria do Carmo da Cunha Martins; Freitas, Mara de SousaA Espiritualidade é visível e experimentada na forma de vida, nas ideias, opiniões e opções que a pessoa toma em cada momento da sua vida. Em Cuidados Paliativos, a espiritualidade assume ainda maior relevo. Apesar de, em Portugal e em todo o mundo, ser ainda escassa a acessibilidade aos Cuidados Paliativos, é essencial que continuem a ser promovidos e desenvolvidos, para que todo o ser humano possa viver, até que a morte chegue, e para que nesse viver todas as suas dimensões, incluindo a espiritualidade, possam ser atendidas e cuidadas. O objetivo desta revisão foi compreender as experiências, perspetivas e perceções dos profissionais de saúde na prestação de cuidado espiritual a adultos em cuidados paliativos. Esta revisão da literatura seguiu a metodologia do Joanna Briggs Institute (JBI), com uma estratégia de dois passos. Incluiu estudos qualitativos, tais como estudos fenomenológicos, etnográficos, grounded theory ou estudos descritivos, não limitada aos mesmos. Foram incluídos 4 estudos obtidos nas bases de dados MEDLINE (via Pubmed) e Scopus, sendo extraídos 23 achados inequívocos, organizados em 4 categorias. Concluiu-se que a Espiritualidade é uma dimensão basilar do cuidado em Paliativos. Os profissionais de saúde entendem que a avaliação, a documentação e a referenciação são elementos significativos nos cuidados espirituais, e que o cuidado espiritual implica criar conexão com a pessoa doente, saber comunicar e consolar, permitindo a pessoa adaptar-se ao processo de doença ameaçadora de vida e preparar a sua morte.
- Terapias complementares nos cuidados paliativosPublication . Guerreiro, Tânia Sofia Imperial Vinhas; Freitas, Mara de SousaIntrodução: Na prática clínica temos observado a aplicação de Terapias Complementares (TC) nos cuidados ao doente paliativo. Contudo, a sua integração não está formalizada nos serviços e muitas vezes não há lugar ao seu registo clínico. Este é um estudo misto, transversal, descritivo e exploratório que visa contribuir para o conhecimento sobre a utilização das Terapias Complementares (TC) nos Cuidados Paliativos (CP) na Europa. Objetivos: Identificar se as TC estão presentes nos planos de cuidados ao doente paliativo, de que forma estão integradas, quais as TC utilizadas e com que finalidade, como acedem os doentes a estas terapias e que juízo fazem os profissionais das equipas de CP sobre a sua pertinência. Material e métodos: Um questionário foi desenhado para o estudo e aplicado a 615 equipas de CP em 16 países europeus. Os dados obtidos foram anonimizados, organizados e tratados numa base de dados. Os dados quantitativos foram tratados e analisados através de métodos estatísticos (IBM SPSS). Os dados qualitativos foram tratados e analisados de acordo com a metodologia de Bardin. Resultados e Discussão: Os resultados demonstram a presença e a integração formal das TC em CP. A massagem e a aromaterapia são as terapias mais utilizadas. As necessidades de TC são, maioritariamente, avaliadas por qualquer elemento da equipa multidisciplinar. A vontade do doente e a alteração do seu estado motivam a avaliação de necessidades para TC. Os procedimentos de avaliação valorizam a autonomia, a disponibilidade, a acessibilidade e a adequação à sintomatologia. A recomendação de TC depende da solicitação do doente, são recomendadas no início dos cuidados ou se a farmacoterapia é insuficiente ou inadequada. As intervenções decorrem maioritariamente em contexto de internamento. Os principais objetivos da utilização de TC são a promoção de bem-estar, de conforto e o controlo sintomático. Os critérios que presidem à indicação de TC são a vontade do doente e a sintomatologia. Grande parte das equipas utilizam instrumentos de avaliação dos efeitos das TC. A maioria dos participantes (75%) considera a utilização das TC de elevada pertinência, i.e., muito pertinente ou essencial. Conclusões: Os resultados do estudo e a perceção de pertinência e de utilidade que as equipas atribuem às TC, colocam este estudo como um ponto de partida para a integração formal das TC nos planos de cuidados ao doente paliativo no nosso país. Concluímos que a integração configura uma abordagem terapêutica válida nas várias dimensões do sofrimento e da complexidade do doente paliativo.
- Tempo de ecrã, qualidade de sono e desempenho cognitivo em crianças de idade escolarPublication . Rodrigues, Madalena Villarinho Gonçalves Paulo; Rato, Joana Maria RodriguesFundamentação teórica: O uso excessivo de dispositivos eletrónicos tem sido identificado como uma das principais fontes de disrupção da higiene do sono entre os jovens e está frequentemente associado a uma série de consequências negativas para a saúde física e mental, destacando-se também potenciais consequências a nível cognitivo, como piores níveis de atenção e funcionamento executivo. Sendo as funções executivas uma componente central da capacidade de autorregulação e auto-monitorização do ser humano, torna-se pertinente examinar os fatores que possam impactar negativamente estas capacidades nos primeiros anos de escolaridade obrigatória. A presente investigação teve como objetivo investigar a relação entre o tempo de ecrã, a qualidade do sono e o desempenho cognitivo em crianças portuguesas de idade escolar. Metodologia: A amostra selecionada é constituída por 94 crianças dos 7 aos 10 anos (M = 8.53 anos; DP = .876), pertencentes ao 2º, 3º e 4º anos de uma instituição escolar privada do distrito de Lisboa, sendo que 53.2% (N = 50) são do sexo feminino e 46.8% (N = 44) do sexo masculino. Os instrumentos utilizados incluíram medidas de heterorrelato e medidas de desempenho direto. Para a medição e caracterização do tempo de ecrã e da qualidade do sono, foi aplicado o QTEC e o CSHQ-PT aos pais, respetivamente. Para avaliar a atenção e o funcionamento executivo, aplicaram-se às crianças as provas de Fluência Verbal, o Cancelamento de Sinais e as Trilhas (A e B) da BANC, a prova de Memória de Dígitos da WISC-III e uma tarefa Go/No-Go computorizada. Foram ainda aplicadas as CPM-P para medida de controlo do raciocínio lógico não-verbal. Resultados: Os resultados mostraram que, embora não tenha sido encontrada uma associação significativa e generalizada entre o tempo de ecrã e o Índice de Perturbação do Sono (IPS), verificou-se uma correlação significativa entre o uso de tablets durante a semana e o IPS. Quanto maior o tempo de ecrã passado neste dispositivo, pior a qualidade do sono. Em relação ao desempenho cognitivo, não foram observadas associações significativas com a qualidade do sono, mas houve correlações marginais entre o tempo de ecrã para atividades escolares ao fim de semana e o controlo inibitório, bem como uma associação significativa entre o uso de consolas e a fluência verbal fonémica. Quanto maior o tempo de ecrã dedicado a atividades escolares ao fim de semana, pior o desempenho na tarefa de controlo inibitório. Da mesma forma, o maior tempo despendido em consolas de jogos durante o fim de semana, reflete uma menor capacidade de iniciativa verbal e flexibilidade cognitiva. Conclusão: A exposição a ecrãs pode apresentar diferentes relações tendo em conta o tipo de dispositivo e o momento de utilização (semana vs. fim de semana), contribuindo para diferentes padrões quer a nível do sono, quer a nível cognitivo. Contudo, essas relações não são tão generalizadas nem tão fortes quanto por vezes é sugerido pela literatura. Fatores como a natureza do dispositivo, o tipo de atividade (escolar vs. lazer) e o momento de utilização (semana vs. fim de semana) parecem desempenhar papéis relevantes. Além disso, o contexto familiar e outros fatores ambientais, como o apoio educacional e a supervisão parental, surgem como variáveis determinantes a considerar no impacto do uso de ecrãs e da qualidade do sono na cognição das crianças. Estudos futuros com amostras mais diversas e a inclusão de medidas objetivas de tempo de ecrã e qualidade do sono poderão não só enriquecer a compreensão sobre estas associações, como também oferecer orientações mais precisas para ações de sensibilização no contexto educativo e familiar.