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- Emotional (dys)regulation and family environment in (non)clinical adolescents’ internalising problemsPublication . Raposo, Beatriz Viveiros; Francisco, RitaAdolescence is a period of several changes and a time when young people are confronted with some difficult tasks of dealing with a diversity of emotions and building their own identity. Therefore, it is a period of higher vulnerability for the development of internalizing problems. The present paper aims to study some constructs considered relevant to adolescents’ adjustment and/or internalizing disorders, emphasizing the role of well-being, emotional regulation and family environment. Therefore, this research aims to (1) test the mediating role of well-being in the relationship between emotional regulation difficulties, the family environment, and internalizing problems, and (2) understand the differences between adolescents with a higher and lower risk of presenting internalizing problems. In the study, 723 adolescents of both sexes (12–18 years old) from middle to high school completed self-report questionnaires. The results indicated that the mediating role of well-being was partially established between emotional regulation difficulties and internalizing problems, explaining 31% of the variance in these problems. Well-being was also considered a partial mediator between family environment (cohesion and support and conflict) and internalizing problems, explaining 19 and 26% of the variance, respectively. Furthermore, the group with a higher risk of developing internalizing problems (n = 130) revealed higher levels of emotional regulation difficulties and family conflict. In contrast, this group reported less family cohesion and support and lower levels of well-being. The main results of the present study provide relevant data in the context of clinical practice. Important implications are also discussed for the design of psychopathology prevention programs and the promotion of global well-being with adolescents. Considering the limitations of the present study, such as the nonrandom sampling process and the reduced number of participants included in the clinical group, these results need to be deepened in future research in this area.
- Governança em territórios locais : do ideal à realidade : análise do Serviço de Atendimento e Acompanhamento SocialPublication . Almeida, Cristiana Dias de; Albuquerque, Cristina Maria PintoA presente tese analisa, discute e reflete sobre os processos de governança locais na conceção, implementação e avaliação de projetos implementados no âmbito de programas ou políticas sociais, partindo da análise das mudanças ocorridas na sociedade portuguesa nos últimos 30 anos e respetivas repercussões na vida das pessoas, das organizações e dos territórios. A conquista da democracia foi um marco inequívoco no processo de reconhecimento e consagração de direitos sociais, em Portugal. As funções assumidas pelo Estado Social garantem a universalidade dos direitos, mas, ao longo dos anos, foram sendo demonstradas algumas fragilidades do sistema instituído, associadas à centralização das funções, designadamente a dificuldade de acesso aos serviços, devido à localização dos serviços físicos e/ou distanciamento das populações, e a excessiva morosidade no acesso a direitos, causada sobretudo pela burocratização dos serviços. Por outro lado, existe uma tradição de cooperação entre o Estado e as Organizações da Economia Social na provisão de bens e serviços (assinatura do Pacto de Cooperação para a Solidariedade Social, em 1996) nas áreas de infância, juventude, deficiência, velhice, saúde, educação e ação social. Neste contexto, assistiu-se a uma progressiva delegação de competências em matéria de ação social, que oscilou entre períodos com maior centralização e outros de maior descentralização de poderes e competências. Através da análise de um exemplo de uma medida de política (a Rede Local de Intervenção Social / Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social), da aplicação de inquéritos por questionário (a profissionais de 74 concelhos distintos), da realização de estudos de caso e de grupos focais com atores privilegiados, foi possível definir eixos de análise que permitem compreender as dinâmicas de governança e classificar traços caracterizadores que possibilitaram a constituição de modelos de governança adotados nos territórios. A investigação permitiu identificar virtualidades e limitações da adoção de modelos de governança de base territorial, muito influenciados pelo histórico e características do relacionamento interinstitucional dos territórios, bem como pelo seu grau de abertura à operacionalização das dinâmicas de governança. Não obstante, verificou-se uma certa ambiguidade avaliativa e alguma controvérsia no debate sobre a necessidade e utilidade da avaliação, por um lado, e de um descrédito sobre a eficácia dos processos de avaliação, por outro. Em consequência, apesar do reconhecimento teórico da pertinência da avaliação, prevalece uma cultura de obrigatoriedade de cumprimento de práticas de avaliação, quando impostas, sem uma apropriação dos seus resultados ou a adoção de medidas de acordo com as recomendações. Sublinha-se a necessidade de reforçar a sensibilização para a aplicação efetiva de práticas de avaliação, enquanto momentos de reflexão e aprendizagem, tendo por base os princípios da participação, utilidade, flexibilidade / adaptabilidade, valorização da complexidade, abordagem multimétodo e enfoque em mudanças e impactos. Apenas uma avaliação assente nos valores de transparência, independência, ética e inclusão poderá contribuir para aferir os resultados, efeitos e impactos de projetos, programas e políticas sociais assentes em modelos de governança territoriais.
- Habilitação académica (HA) enquanto fator de perceção de sucesso na carreira (SC) : abordagem na área da enfermagemPublication . Abrunhosa, Hugo Filipe Calado; Pereira, Paulo Jorge de Almeida; Passos, Clotilde Maria PaulinoPressupõe-se indispensável que os enfermeiros portugueses adquiram uma perceção positiva do Sucesso na Carreira (SC), o que implica uma maior aposta nas suas Habilitações Académicas (HA). Assim, assume-se a presente investigação enquanto um contributo para a compreensão da relação existente entre as HA e a perceção de SC na área da Enfermagem. Deste modo, objetivou-se verificar, se o grau de HA, o sector laboral e o tempo de trabalho, influenciam o SC dos enfermeiros. Para dar resposta ao objetivo principal desenvolveu-se uma investigação quantitativa, de natureza transversal, descritiva e correlacional com uma amostra de 380 enfermeiros a exercerem funções em Portugal e no estrangeiro. A recolha de dados, efetuada através de questionário via online, englobou a aplicação da Escala de Percepção de Sucesso na Carreira (EPSC) de Venelli-Costa (2014), aplicada aos enfermeiros portugueses com exercício laboral em Portugal e no estrangeiro, em função das suas HA. Assim, os resultados obtidos, ao nível da perceção do SC por parte dos questionados aferem que, a maioria dos enfermeiros apresenta uma perceção moderada (54,5%), seguidos pelos que revelam elevada perceção (43,1%), sendo que, apenas2,4% revelam uma baixa perceção de SC. Os enfermeiros com doutoramento, a exercerem funções laborais no sector privado com menos de 1 ano e com mais de20 anos de exercício profissional, revelam uma perceção mais elevada do SC. Em suma, os resultados explanam que a capacitação, por parte do enfermeiro, face à melhoria das suas HA pressupõe maior SC, ou seja, em termos da área da saúde, esta investigação, incentiva os enfermeiros a investirem na aquisição de melhores HA como forma de maximizar o seu SC.