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- Tradução de Wo Bu Shi Pan Jinlian de Liu Zhenyun e dificuldades de tradução chinês-português dos elementos culturais e terminologia jurídica relativa à política do filho únicoPublication . Ng, Ka U; Maia, Rita Bueno de Matos da Costa; Cheng, GuanyuA “Política do Filho Único”, foi uma marca histórica e social na cultura chinesa contemporânea. Os problemas sociais decorrentes da implementação dessa política, como os falsos divórcios, forneceram um material criativo riquíssimo para o mundo literário. Uma das obras de destaque pertencentes a este período é Wo Bu shi Pan Jinlian (literalmente significando “Eu não sou Pan Jinlian”) de Liu Zhenyun. O objetivo do presente projeto é traduzir este romance para português europeu, depois de contextualizar o período histórico da obra, o autor e a receção da obra a fim de compreender melhor o texto de partida. Em segundo lugar, procedemos a uma análise paratextual sobre os títulos traduzidos no mundo ocidental, explorando, sobretudo, as razões pelas quais uma das personagens fictícias mais reconhecidas da literatura clássica chinesa, “Pan Jinlian”, foi traduzida para “uma mulher que matou o seu marido” no título da tradução oficial para a língua inglesa I did not kill my husband feita por Howard Globatt e Lin, Sylvia Li-chun e para “Madame Bovary” no título da adaptação fílmica I am not Madame Bovary. Por fim, realizaremos uma análise textual sobre a tradução que fornecemos, organizando e agrupando as dificuldades de tradução chinês-português nos elementos culturais e jurídicos da obra literária contemporânea chinesa, com base nos conceitos teóricos, sobretudo, de estratégias de tradução (Newmark 1988 e Chesterman 1997), técnicas de tradução (Molina, L. e Hurtado A. 2002) e as dificuldades de tradução (Bernardo 1997).
- Estudo epidemiológico sobre locais de morte dos doentes não oncológicos portuguesesPublication . Coelho, Mafalda Filipa Gonçalves; Capelas, Manuel Luís VilaIntrodução: Nos últimos anos, os avanços na medicina assim como com o envelhecimento da população, tornaram a morte excessivamente medicalizada e não parte de um processo natural da vida. Os Cuidados Paliativos vieram consciencializar o significado de morte e da relevância desta para o doente e para os seus familiares. Esta dissertação apresenta a evolução dos locais de morte dos doentes não oncológicos assim como outros indicadores e a preferência da população. Material e métodos: Estudo retrospetivo e descritivo com base nos óbitos da população portuguesa acima de 16 anos, de 2012 a 2018, por causa de morte (CID-10, doente não oncológico - Critérios Comissão Lancet), região de residência e local de morte (hospital, domicílio e outro). Comparação com preferências dos portugueses (PRISMA) e indicadores demográficos, sociais e de acessibilidade a cuidados de saúde, nomeadamente Cuidados Paliativos. Resultados: A maioria dos doentes não oncológicos morre em meio hospitalar, no total 59.3%, os restantes 28,1% em domicílio e 12,5% em outros locais. A doença mais comum em domicílio é a D. Alzheimer (42%). O doente não oncológico morre mais em domicílio e menos em hospital face ao doente oncológico. Conclusão: Em Portugal, mesmo como o aumento da acessibilidade a Cuidados de saúde quer cuidados Primários ou Paliativos, continua a existir a uma divergência entre o local de preferência de morte e o local de morte. De futuro será essencial rever e ajustar as políticas de saúde às necessidades particulares da população, garantindo assim um melhor cuidado ao doente e aos familiares/cuidadores.
- Acompanhamento espiritual da pessoa em fim de vida : perspetiva dos capelães hospitalaresPublication . Rocha, Carla Cristina Gomes; Querido, Ana Isabel Fernandes; Sampaio, FernandoIntrodução: O acompanhamento espiritual da pessoa em fim de vida tem sido considerado como um elemento essencial no reconhecimento e na intervenção no sofrimento dos doentes em fim de vida. Objetivo: Tendo como questão de partida explorar o processo de acompanhamento espiritual da pessoa em fim de vida, na perspetiva dos assistentes espirituais, definimos os seguintes objetivos: Caracterizar o processo de acompanhamento espiritual à pessoa em fim de vida; Identificar os condicionantes ao processo de acompanhamento espiritual; Assinalar os aspetos facilitadores ao processo de acompanhamento espiritual; Descrever as necessidades espirituais da pessoa em fim de vida na perspetiva dos assistentes espirituais. Método: O estudo baseou-se numa metodologia qualitativa, segundo a abordagem da “Grounded Theory”. Os participantes do estudo foram selecionados através de uma amostra não probabilística intencional utilizando entrevistas semiestruturadas em grupo focal e como entrevista narrativa num total de vinte e oito participantes. Resultados: Da análise dos dados emergiu um modelo que ilustra o processo de acompanhamento espiritual dinâmico e cíclico ativado através dos pedidos ou por iniciativa do capelão, nas suas visitas, pelos rituais e sacramentos, pela sua presença. Esta presença é modulada por dificuldades intrínsecas e extrínsecas, e reforçada por facilitadores que promovem a assistência espiritual. Conclusão: O estudo permitiu ilustrar a presença do assistente espiritual como ponto central do acompanhamento espiritual da pessoa em fim de vida. Através desta presença holística integradora, de conexão efetiva e terapêutica, promotora de uma relação de ajuda e motivadora de confiança e abertura à escuta do outro, os capelães hospitalares desenvolvem uma relação com os doentes, familiares e profissionais de saúde que permite abordar as necessidades espirituais da pessoa em fim de vida. Esta presença identifica nos capelães habilidades próprias de linguagem e recursos que permitem compreender o quadro de valores de cada doente.