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- Validação da palliative performance scale : tradução e adaptação para português de Portugal da Palliative Performance ScalePublication . Matias, Daniela Rosa Campos; Capelas, Manuel Luís VilaIntrodução: Com a evolução exponencial dos Cuidados Paliativos a partir da segunda metade do século XX, surge a necessidade de obter dados quantitativos referentes aos cuidados prestados e à qualidade dos mesmos.Assim sendo, a performance dos cuidados e dos doentes são indicadores desta mesma qualidade pelo que se torna imprescindível a validação de instrumentos que permitam a avaliação deste indicador de qualidade dando valores fidignos. Para tal, esses instrumentos devem ser adaptados linguisticamente de acordo com métodos teóricos pré-definidos, à nossa cultura quer linguisticamente quer culturalmente, tornando assim num instrumento válido que permite fazer a avaliação da eficácia das intervenções, na nossa sociedade. Metodologia: Este estudo tem como objetivo realizar de tradução e validação linguística da Palliative Performance Scale (PPS), através de um método teórico que engloba a tradução para português de Portugal, síntese das traduções, retro tradução para o idioma original, síntese das traduções e revisão por um painel de peritos em cuidados paliativos e linguística. Resultados: Através deste estudo foi possível realizar de acordo com uma metodologia científica, a tradução da PPS para português de Portugal, atingindo assim o objetivo deste estudo. Conclusão: Com este estudo, será concluída a tradução e validação linguística da PPS, sendo que conduzirá à obtenção de um instrumento adaptado à população portuguesa, que permite medir a performance do doente e a evolução da doença, indicador tão intimamente ligada à sobrevida do doente e futuramente irá fornecer dados concretos que justificaram a prática de cuidados paliativos e a sua real necessidade perante os problemas dos doentes e famílias.
- Bioética da finitude : a questão bioética no pensamento contemporâneoPublication . Azevedo, Stella Zita Braga e Couto de; Curado, José Manuel RobaloA presente dissertação propõe uma reflexão sobre a ciência da Bioética. Defende-se que os problemas bioéticos são inseparáveis de problemas antropológicos fundamentais como os da finitude e da vulnerabilidade. Considera-se que o discurso bioético tende a simplificar a natureza e as experiências humanas adotando um ponto de vista claramente influenciado pelas ciências e pela tecnologia. A finitude da existência humana implica quer uma alteração do sentido da expressão do reconhecimento ou alteridade, quer o poder de fazer aparecer o ethos nas suas estruturas constitutivas. A finitude é limite inultrapassável da vida porque é trespassada pelo cuidado, pelo compromisso político-social com o outro, fazendo do ser situado um instante entre o nascimento e da morte. É porque o conceito existencial de “fim” contém mais do que o conceito epistemológico de “limite”, a compreensão da finitude não pode ser extraída dos saberes “positivos” sobre o corpo, nem da análise do valor epistemológico-cognitivo do corpo. Essa compreensão precede toda a biologia e ontologia da vida: existência, facticidade, perda, luto, festa, caracterizam a finitude, e são constitutivos dos conceitos existenciais de saúde, contingência, doença, morte, sofrimento, de responsabilidade relacional. Neste âmbito, defende-se que uma das finalidades da Bioética será a de questionar as soluções encontradas pelos atuais paradigmas que tutelam a novel área de reflexão. Denuncia-se a falta deste questionamento, e o acantonamento do debate bioético contemporâneo a uma simplificação de prós e de contras, simplificação dominante no discurso anglo-saxónico. Depois da denúncia da limitação filosófica do escopo do debate, propõe-se como alternativa uma Bioética da Finitude, só compreensível à luz de uma ética do cuidado. Neste contexto, articula-se a teoria do reconhecimento de tradição hegeliana e os conceitos de experiência de alteridade, finitude, facticidade, falibilidade, vulnerabilidade e responsabilidade relacional. Esta tradição de pensamento é confrontada com o niilismo ínsito dos modelos antropológicos contemporâneos. Ao contrário da instrumentalização biotecnológica nas sucessivas reconfigurações dos modelos pós-humano, inumano e transumano, com pretensões aprioristas e universais absolutos, a Bioética necessita de uma viragem quântica. Propõe-se que esta se venha a situar num novo modo de pensar a diferencialidade corpórea, os problemas de saúde pública e ambientais, a imortalidade, para além do saber epistémico e da desvalorização do sofrimento enquanto conhecimento encarnado.
- As intervenções de enfermagem na pessoa com delirium, em cuidados paliativos : uma scoping reviewPublication . Lopes, Diana Pais; Capelas, Manuel Luís VilaIntrodução: O delirium é um transtorno neurocognitivo altamente prevalente em cuidados paliativos, mas que se mantem subdiagnosticado e, consequentemente, tratado indevidamente ou não tratado. Esta síndrome acarreta uma grande angústia e sofrimento tanto para os doentes e seus familiares, como para os profissionais de saúde. Os enfermeiros assumem uma posição privilegiada no reconhecimento precoce, na prevenção e na gestão desta síndrome, sobretudo em doentes internados, uma vez que estão presentes em permanência neste contexto. O objetivo deste trabalho foi identificar as intervenções de enfermagem que devem ser implementadas na pessoa com delirium, em cuidados paliativos. Metodologia: Foi conduzida uma scoping review. Incluídos apenas estudos que envolvessem adultos com doença incurável e/ou grave e com prognóstico limitado, em contexto de cuidados paliativos. O conceito abordado foi as intervenções de enfermagem perante episódios de delirium, no doente e família. Foram seguidas as recomendações do JBI, tendo sido realizada uma pesquisa inicial na Pubmed/MEDLINE, CINAHL/EBSCO, COCHRANE e em repositórios científicos, sendo posteriormente revistas as referências bibliográficas dos estudos incluídos. Resultados: Foram incluídos 33 artigos, tratando-se a sua maioria de revisões de literatura narrativa com enfoque em doentes internados. Os resultados encontrados evidenciaram que para gerir eficazmente o delirium é necessária uma abordagem multidimensional que inclui intervenções concomitantes em diferentes áreas, com enfoque no doente, família, equipa e prevenção. Conclusões: Apesar da relevância dos achados, estes apresentam um baixo nível de evidência, existindo por isso um longo percurso a percorrer para testar a sua aplicabilidade e eficácia em estudos de controlo randomizados e permitir, assim, a sua extrapolação para a prática de cuidados. Todavia, pode ser ainda razoável implementar estas medidas quando apropriado, uma vez que têm baixo risco de danos e poderiam fornecer benefícios significativos.