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- Contribuição de fatores internos na precisão dos relatos de dorPublication . Müller, Priska Stefanie; Canaipa, Rita; Treister, RoiOs indivíduos variam relativamente à sua capacidade em relatar estados internos, tais como a dor. Treister e colegas (2017) desenvolveram o Focused Analgesia Selection Test (FAST), um procedimento que visa medir a variabilidade nos relatos de dor, i.e., a quantidade de variação reportada para o mesmo estímulo doloroso. De facto, menor variabilidade está relacionada com maior precisão nos relatos de dor. O presente estudo teve como objetivo investigar a relação entre a variabilidade nos relatos da dor e os mecanismos de memória, nomeadamente, a memória da dor e as capacidades de memória. Voluntários saudáveis foram recrutados e avaliados em três momentos. Na primeira sessão, trinta participantes foram avaliados com o FAST, realizaram o Cold Pressor Test (CPT) e preencheram questionários sobre características psicológicas: Inventário de Ansiedade Estado-Traço (STAI), Escala de Catastrofização da dor (PCS) e Perfil de Estados de Humor (POMS). Quinze dias após esta visita, dezanove participantes abriram uma carta contendo uma escala de humor (POMS) e uma pergunta sobre a dor máxima que se lembravam ter experienciado durante o CPT. A segunda sessão, com dezanove participantes, decorreu um mês após a primeira. Foram realizados testes de memória (digit span e memória verbal e visual da Weschler Memory Scale III) e o CPT foi repetido. Os resultados indicaram que indivíduos com menor variabilidade nos relatos de dor lembraram com maior precisão a dor do CPT, sugerindo que participantes mais precisos no relato da dor são menos influenciados por enviesamentos da memória. Participantes com relatos da dor precisos também demonstraram maior capacidade de memória visual de curto prazo, apontando na direção da importância da memória no módulo multissensorial responsável pela avaliação subjetiva da magnitude. Finalmente, um humor mais deprimido/melancólico foi correlacionado com a variabilidade do relato da dor, destacando o papel do "realismo depressivo" na avaliação da dor.
- A retórica da loucura na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios : o recurso teológico a uma categoria inesperadaPublication . Costa, José Joaquim Mendes da; Mendonça, José Tolentino Calaça deO presente trabalho pretende estudar o conceito de loucura como chave hermenêutica da Primeira Carta aos Coríntios. A utilização dos termos louco (mwro,j) e loucura (mwri,a) em 1 Cor 1, 10-4, 21 são o resultado de uma escolha intencional que está ao serviço de uma estratégia argumentativa, que tem por finalidade a recuperação da autoridade paulina, a unidade da comunidade e a validade do anúncio paulino. A loucura em geral não goza de um estatuto favorável e, todavia, a Primeira Carta aos Coríntios está profundamente marcada pela semântica da loucura, tida como algo desejável. Que loucura poderá servir o Evangelho? Porque é que Paulo se assume como louco? Salvo poucas referências pontuais, 1 Cor 1, 10-4, 21 é o intervalo onde o imaginário da loucura é amplamente utilizado para dizer a experiência cristã a partir do escândalo da cruz (“louco”, mwro,j: 1 Cor 1, 25. 27; 3, 18 e 4, 10. 5; “loucura”, mwri,a: 1 Cor 1, 18; 1, 21; 1, 23; 2, 14 e 3, 19 e o verbo “tornar louco”, mwrai,nw: 1 Cor 1, 20). Para tal vamos analisar o contexto histórico, geográfico, religioso e cultural da cidade de Corinto, como elementos favoráveis a este discurso de desconstrução literária. Vamos considerar a especificidade da loucura paulina comparando a sua utilização quer com as Escrituras, quer na sociedade e na cultura em que Paulo viveu. Finalmente, fazemos uma proposta de interpretação da perícope de 1 Cor 1, 10-4, 21 a partir da chave de leitura da loucura, analisando cada uma das ocorrências.
- Gestação de substituição : revogação da renúncia antecipada à maternidade e direitos da mulher gestantePublication . Silva, Jéssica Alexandra Rodrigues; Xavier, Maria Rita Aranha da Gama LoboA presente dissertação tem como objetivo primordial analisar a gestação de substituição como figura jurídica, bem como a sua aplicação no nosso ordenamento, centrando o estudo nos direitos da mulher gestante, mais concretamente no problema da revogação da renúncia antecipada à maternidade. A gestação de substituição, apesar de presente em diversas legislações, surge como um método gestacional proibido em muitas delas. A verdade é que este fenómeno não tem propensão para desaparecer, muito pelo contrário, e é muita a controvérsia que envolve a gestação de substituição, sendo que o legislador português, aquando da elaboração da lei, não dissipou todas as questões em torno desta figura, colocando em causa alguns princípios, tidos como certos e considerados basilares. A figura da mulher gestante é parte deste procedimento em conjunto com o casal beneficiário, no entanto, assume diversas obrigações no procedimento contratual, sendo que em muitas circunstâncias existem dúvidas quanto à violação dos seus direitos, quer no domínio dos direitos de personalidade, quer no domínio das limitações voluntárias que apresenta restrições. O consentimento prestado por esta mulher é uma das grandes questões levantadas como problemáticas na gestação de substituição, pois o legislador restringiu a possibilidade de revogação do consentimento prestado até ao início dos procedimentos terapêuticos, o que implica que a gestante não tenha direito a arrependimento e que abdica prematuramente de uma posição jurídica da qual ainda nem é titular, que é a de ser mãe. O TC, quando se pronunciou no Acórdão 225/2018, de 7 de maio, não acolheu este entendimento e tomou uma posição distinta do legislador, declarando inconstitucionais algumas das normas da Lei nº 32/2006, de 26 de julho, e no Acórdão de 465/2019, de 18 de outubro, reafirmou a sua posição.
- Consumers gain equivalent levels of happiness from sharing about an experience and an objectPublication . Bastos, WilsonPurpose: This paper aims to examine how conversing about experiences and objects affects consumer happiness. In contrast to previous research focusing on conversation frequency, this paper explores how each conversation instance influences happiness. Design/methodology/approach: Four experiments use three different methodologies, namely, actual talking behavior (Study 1), recalled and mental framing interventions and measurement of the focal variables (Studies 2 and 3) and manipulation of purchase conversationality (Study 4). Findings: Consumers derive equivalent levels of happiness from each material or experiential conversation they have. When the object is highly conversational (when it generates as much conversation as experiences do), it advances as much happiness as experiences. Research limitations/implications: The findings inform precisely how the purchase conversationality model unfolds; clarify previous claims made in the literature; establish the direction of causal effect; and reveal a novel boundary condition of happiness superiority of experiences. Practical implications: The findings inform marketing managers how to optimally allocate their world-of-mouth (WOM) resources to advance consumer happiness. Additionally, this work shows a mental framing strategy able to increase WOM for objects – i.e. a tool for the manager. Originality/value: This is the first investigation to disentangle the frequency of conversation from each conversation’s ability to advance happiness. It is also the first to engage participants in an actual conversation and measure changes in their happiness, and therefore, conclusively establish the direction of the effect. Additionally, by manipulating purchase conversationality, this work demonstrates a new boundary condition associated with conversationality.