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- O pé diabético : a importância da auto e heteroeducaçãoPublication . Gomes, Maria Fernanda Marques; Amado, João Manuel da Costa; Alves, Paulo Jorge PereiraO auto e heteroeducação da pessoa com diabetes (e prestadores de cuidados), associada à teoria do empowerment (empoderamento/capacitação), é um dos meios mais importantes para controlar a Diabetes Melittus (DM) e evitar as complicações mais graves, como o pé diabético. A referida ação de educação visa a aquisição de conhecimentos e capacidades de modo a gerir a doença e mudar estilos de vida, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para a sustentabilidade dos serviços de diabetologia no Serviço Nacional de Saúde. A investigação empírica agora realizada segue um paradigma essencialmente quantitativo, correspondendo a um estudo quasi-experimental com pré-teste e pós-teste, antecedidos de um teste piloto. A amostra é constituída por 132 pessoas (98 pessoas com diabetes mellitus e 34 prestadores de cuidados) que recorreram à consulta de diabetologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), sendo encaminhados para participar numa sessão educativa sobre os cuidados a ter com os pés. A seleção dos participantes foi obtida através de uma amostragem não probabilística, de conveniência, a quem se aplicou um formulário de autopreenchimento presencial (e de heteropreeenchimento, no caso de analfabetos), antes da realização da sessão educativa, e reaplicado, por telefone, um mês após essa sessão. Para aumentar a eficácia do estudo, foi utilizada a estratégia de rappel telefónico que surtiu efeito positivo. Os instrumentos de recolha de dados foram, pois, dois formulários (da pessoa com diabetes e do prestador de cuidados). Pretendeu-se avaliar o efeito de uma ação educativa (EPS) sobre os sujeitos da amostra, sendo a questão de investigação: As sessões educativas têm resultado positivo na autoeducação dos diabéticos e na heteroeducação dos prestadores de cuidados, no que concerne essencialmente ao pé diabético? O estudo decorreu entre o final do 1.º trimestre e o final do 3.º trimestre do ano de 2013 no Centro Hospitalar Baixo Vouga, E.P.E., no serviço de Endocrinologia, Diabetes e Nutrição.O nosso estudo vai de encontro aos vários estudos que comprovam que a abordagem centrada no empowerment, baseada na autodeterminação e autonomia apoiada, conduz a cuidados efetivos e à autogestão da doença, onde o conhecimento é essencial para o autocuidado na diabetes. Este estudo reforça, pois, a evidência de que a EPS se revela uma intervenção efetiva para o auto e heterocuidado da pessoa com diabetes e, consequentemente, para a sua qualidade de vida. Todavia, ao consultarmos 827 processos, verifica-se que muitos doentes ainda não são encaminhados para sessões de EPS, sendo necessária uma maior consciencialização acerca da importância destas para a sustentabilidade do SNS.