Browsing by Issue Date, starting with "2015-03-12"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Escola Superior de Enfermagem de S. Vicente de Paulo : 1937-2006 : que modelo de formação?Publication . Mendes, Maria Manuela Madureira Lebre; Costa, Maria Arminda MendesA tese que se apresenta, remete-nos para desocultar o Modelo de Formação da Escola de Enfermagem de S. Vicente de Paulo, na janela temporal entre 1937 e 2006. Para tal recorreu-se a um quadro conceptual assente, num primeiro tempo, na resenha histórica da Escola no cenário educativo emergente para, num segundo tempo, se abordar aquele contexto escolar entre a sua origem e a transmissão para um espaço educativo mais amplo. Recorreu-se ainda aos modelos de formação numa perspetiva evolutiva e numa linha de formação de adultos onde nos revemos, particularmente, nos modos de trabalho de Marcel Lesne e nos três modelos teóricos de Gilles Ferry. Neste quadro conceptual abordou-se ainda a formação formal em enfermagem, norteada pelas principais reformas educativas, antes e depois da entrada do curso de enfermagem no sistema educativo nacional e toda a influência que adveio da mesma para o ensino e para a profissão de enfermagem. Metodologicamente privilegiou-se o estudo de caso histórico organizacional onde a questão central e os objetivos da pesquisa desenharam uma investigação com uma abordagem qualitativa, descritiva de perfil socio-histórico. Com recurso à técnica da entrevista semi-estruturada e da análise dos discursos dos sujeitos da investigação, antigos alunos e professores, fizemos emergir daqueles elementos significativos, o resgate de uma história com a finalidade de, em triangulação com elementos contextuais do acervo documental e fotográfico museológico da Escola, se chegar ao conhecimento do modelo de formação em uso durante a existência daquela instituição educativa. Os principais resultados, que suportam o “Modelo de Formação” apontam para um ensino centrado no aluno, fortemente alicerçado em princípios filosóficos de cariz humanista cristã, que primam pela qualidade impressa no rigor, na formação humana e na transmissão de valores. Destaca-se ainda a dinâmica da relação pedagógica dos sujeitos envolvidos na formação, identificados como percursores e construtores identitários de referência na proximidade em contexto. Concorrem para o modelo de formação a ancoragem no referencial da pedagogia e orientação didática, o desenvolvimento dos planos curriculares na direção de um agir centrado no cuidado holístico e nos valores, em contextos de desenvolvimento selecionados pela excelência. Conclui-se que da compreensão do “Modelo de formação” emerge a qualidade formativa, transversal a múltiplas correntes de pensamento, com representação social positiva centrado na pessoa humana e de tendência afetiva.
- A qualidade de vida das pessoas idosas e as novas tecnologiasPublication . Vaz, Carolina Maria Mendes; Joaquim, Henrique Manuel MarquesA presente tese de dissertação centra-se na análise e compreensão do impacte das novas tecnologias de informação e comunicação na qualidade de vida das pessoas idosas no âmbito da intervenção social. No plano conceptual, recorreu-se a diferentes abordagens teóricas que contribuíram para o cruzamento de visões de análise. Neste pano de fundo, o fenómeno do progresso tecnológico impulsionado pela globalização apresenta novas situações de exclusão. As tecnologias ocupam um espaço relevante no quotidiano e o seu crescimento tem forte impacte nas sociedades. A este processo de mudança associa-se o envelhecimento populacional, levantando desafios significativos à sociedade, realçando o papel que estas tecnologias podem desempenhar na qualidade de vida dos idosos. A perceção deste conceito de carácter multidimensional evidencia as dimensões de bem-estar físico, relações sociais, desenvolvimento social e participação. No plano empírico, realizou-se um estudo exploratório, privilegiando a abordagem indutiva pela interpretação das vivências dos participantes e a sua compreensão, comparando dois projetos sociais de intervenção, um ao nível da teleassistência e outro da aprendizagem ao longo da vida. Como tal, os participantes do estudo foram selecionados por conveniência e por homogeneização, entrevistando-se quatro técnicos de intervenção social e vinte pessoas idosas. Os dados obtidos foram analisados qualitativamente, por meio de análise de conteúdo de codificação temática, baseada na descrição de casos e suas diversas visões. Conclui-se que as tecnologias aqui estudadas contribuem para o aumento da qualidade de vida dos idosos, promovendo a autonomia, permitindo amplificar o campo de ação pessoal, aumentar conhecimentos e aceder a informação; favorecem a relação social, fomentam a participação, as capacidades cognitivas e quebram o sentimento de isolamento e solidão.