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- Conceções de aprendizagem de adolescentes em acolhimento institucionalPublication . Carvalho, Maria Joana Vila Verde de; Trigo, Maria Luísa da Mota Teixeira RibeiroEste estudo centrou-se na análise das conceções de aprendizagem de adolescentes do 3º ciclo em situação de acolhimento institucional. Pela revisão bibliográfica efetuada verificou-se que as conceções de aprendizagem afetam as abordagens à aprendizagem e, consequentemente, exercem influência na motivação e no rendimento académico. Para além disso, também os dados facultados pelo Relatório Anual de Caracterização da Situação de Acolhimento, anualmente publicado pela Segurança Social, nos permitem perceber que esta população se encontra frequentemente numa situação de insucesso escolar. Assim, de forma a analisar quais as conceções dos alunos em acolhimento institucional procedeu-se à realização de entrevistas semiestruturadas, onde, numa primeira parte procuramos encontrar as respostas às diversas questões sobre o aprender (Grácio, 2002), enquanto a segunda parte se debruçou, essencialmente, sobre as projeções destes adolescentes relativamente ao futuro. A análise deste conteúdo permitiu-nos perceber que conceções possuem estes adolescentes em acolhimento institucional. As entrevistas foram realizadas junto de 55 jovens em acolhimento institucional. Dos 55 adolescentes, 5 estavam acolhidos em Centros de Acolhimento Temporário e 50 em Lares de Infância e Juventude. As oito instituições onde foram realizadas as entrevistas situavam-se nos distritos de Braga e Porto. Foram ainda recolhidas as avaliações relativas ao 1º período escolar destes jovens. Estes dados foram analisados e verificou-se que estes alunos encontram-se em situação de insucesso escolar. Os resultados da análise de dados apontam para uma identificação de conceções de aprendizagem, maioritariamente, do tipo reprodutivo. Percebemos ainda que estes jovens concetualizam a aprendizagem como um meio para alcançar um futuro melhor. Tal conceção surge identificada pela primeira vez e está muito presente dos dados recolhidos. Os dados reforçam ainda a pertinência do desenvolvimento de estudos no âmbito da educação de jovens em acolhimento institucional.
- Caracterização dos períodos gastos para aceder a consultas subsequentes em cardiologia : suas implicações para a planificação de prestação de cuidadosPublication . Martins, Maria Inês Fernandes; Melo, João Queiroz eEste estudo pretende caracterizar a distribuição de tempo efetivo das consultas de Cardiologia, comparando a opinião dos profissionais de saúde com a dos doentes, e eventuais vantagens de algumas destas poderem decorrer à distância. Insere-se na perspetiva de ajustamento do serviço às exigências de um novo tipo de profissional e de utente em face do potencial da oferta de serviços virtuais na área da saúde, utilizando as vantagens das tecnologias da informação. Foi realizado um questionário a 108 doentes com consulta marcada e efetivada nas consultas externa de Cardiologia e de Insuficiência Cardíaca, no período compreendido entre 10 de março e 28 de abril de 2014. Os resultados evidenciam que 30% do tempo efetivo da consulta é despendido para interação com o computador. Na opinião dos médicos é ainda despendido 19% do tempo para exames e 51% para diálogo com os doentes. Comparativamente, é entendimento dos doentes que o tempo se distribui em 13% para exames e 57% para diálogo. Nas consultas de Enfermagem em Insuficiência Cardíaca, enfermeiros e doentes, consideram que 69% do tempo foi usado para diálogo, 14% do para interação com o computador e 17% para a realização de exames. Maioritariamente, enfermeiros, médicos e doentes não concordam com a realização da consulta à distância (98,7%, 92,5% e 93,4%, respetivamente). No entanto, verifica-se que os doentes do género feminino e com habilitações literárias mínimas ao nível do ensino básico estão mais recetivos para a possibilidade de as consultas poderem decorrer à distância. De salientar que 57% dos doentes que trabalham tiveram de se ausentar do serviço; 64% necessitaram de acompanhantes e 18% destes também faltaram ao trabalho; 50% dos doentes recorreram a transportes pagos (viatura própria/ambulância/táxi) e 34% necessitaram tomar refeição fora de casa. Em média os doentes demoraram 48 minutos para se deslocarem 30 km até ao hospital. Apesar de todas as implicações de tempo e dos custos associados à deslocação ao hospital, profissionais de saúde e doentes evidenciam ainda reduzida motivação para aproveitamento das funcionalidades/vantagens proporcionadas pela telemedicina.
- Criação de um paradigma para a avaliação do hipocampo direito através da memória visual : estudo exploratórioPublication . Castelo Branco, Rita Isabel Esquível; Horácio, José Leonel de GóisEnquadramento teórico: O lobo temporal, especialmente a sua região medial (nomeadamente o hipocampo), é crucial para o funcionamento da memória. A teoria do material-especifico pressupõe que lesões desta região providenciam a lateralização da informação quanto ao seu material-específico (verbal vs não verbal). A literatura sugere que o lobo temporal medial esquerdo é especifico para a memória verbal, enquanto que, o lobo temporal medial direito é especifico para a memória não verbal. No entanto, é notada uma inconsistência nos resultados, sendo que em alguns estudos a lateralização da informação não é evidente. Uma das possíveis explicações para esta divergência, é o facto de as tarefas de memória não verbal disponíveis não avaliarem corretamente devido à componente verbal presente na memorização dos estímulos, criando assim uma dificuldade em aceder ao funcionamento da região cerebral em questão. Esta avaliação assume um papel especialmente importante na avaliação de pacientes com epilepsia do lobo temporal (TLE). Objetivo: Criar uma tarefa para avaliação da memória não verbal, de modo a que a verbalização dos estímulos não interfira no processo de memorização. Metodologia: Foi realizado um pré-teste de 23 desenhos aplicados a 30 sujeitos saudáveis. Posteriormente foram selecionados 5 desenhos e foi-lhes atribuído um sistema de cotação equivalente ao do subteste R.V da WMS-III. Foi aplicada a Tarefa Experimental e o subteste R.V a 3 pacientes de epilepsia submetidos a uma hipocampectomia direita e 6 sujeitos de controlo. Foi comparado qualitativamente o desempenho de cada paciente com dois controlos homogéneos. Foi feita uma análise estatística para comparar a amplitude da diferença demonstrada no desempenho entre provas. Resultados: Os resultados revelaram que todos os participantes apresentaram um desempenho inferior na Tarefa Experimental do que na R.V. No entanto, a amplitude da diferença entre provas foi estatisticamente significativa maior nos pacientes. Na Tarefa Experimental todos os pacientes apresentaram um desempenho inferior ao dos respetivos controlos. Discussão: A presente investigação sugere que a verbalização dos estímulos parece mais difícil na Tarefa Experimental do que na R.V, tendo os pacientes demonstrado uma maior diferença entre as provas, nomeadamente com pior desempenho na Tarefa Experimental. No entanto, este é um estudo que apenas nos orienta para esta possibilidade, devido ao tamanho e características da amostra. A Tarefa Experimental deve, por isso, ser investigada de uma forma mais profunda, deve ser testada a sua capacidade de lateralização de lesão direita/esquerda, criados os dados padronizados e deve ainda ser validada para esta população de forma a vir cobrir a lacuna existente na prática clinica.
- Qualidade da informação em Pequenas e Médias Empresas num contexto de crise financeira : estudo para o caso portuguêsPublication . Sequeira, Joana Sofia Pinto Salgado Neves; Alves, PauloO objetivo deste Trabalho Final de Mestrado consiste em explorar a relação entre manipulação de resultados nas pequenas e médias empresas (PME) portuguesas e períodos de crise financeira. A principal forma de financiamento das empresas no contexto empresarial português tende a passar pela obtenção de crédito junto das Instituições Financeiras, pressionando os gestores das empresas a apresentar uma imagem de elevado desempenho económico. Quanto melhor for a imagem da empresa, maior probabilidade esta terá de aceder ao sistema bancário. Deste modo, os gestores das empresas em dificuldades financeiras tendem a adoptar soluções contabilísticas discricionárias no sentido de melhorarem a imagem da empresa e, consequentemente facilitarem o acesso ao financiamento. O estudo empírico foi fundamentado através da revisão da literatura, comparando trabalhos de variados autores sobre a atuação dos gestores em períodos de crise financeira e períodos de estabilidade económico-financeira. Este estudo permitiu concluir que os gestores tendem a manipular mais os seus resultados em contextos de crise económico-financeira, no sentido de conseguirem obter financiamento junto da banca. No entanto, recorrendo à análise de variáveis e rácios e pela construção de um modelo logit, concluiu-se que a crise financeira atual não teve impacto significativo na tomada de decisões que visam manipular os resultados no contexto empresarial português. Assim, a parte prática deste Trabalho Final de Mestrado, subordinado à questão ‘Será que os gestores tendem a manipular mais os resultados das suas empresas numa situação de crise financeira do que numa situação com ausência desta?’, permitiu concluir que no período de análise (2005 a 2012) a variável ‘ano’ não teve qualquer impacto na tomada de decisões por parte dos gestores e, portanto, não foi possível provar que em Portugal os gestores tendem a manipular os resultados das suas empresas de forma mais intensa numa situação de crise do que numa situação de estabilidade financeira.