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- # 10. Tratamento da mordida aberta – estabilidade a longo prazoPublication . Alves, Armandino; Pinto, Cláudia; Reis, AlexandraIntrodução: A má‐oclusão de mordida aberta anterior pode acarretar implicações dentárias, esqueléticas, faciais, funcionais e estéticas. O tratamento desta constitui um desafio, devido à sua etiologia multifatorial, à dificuldade biomecânica e à elevada tendência de recidiva. Existem várias possibilidades de tratamento, dependendo da etiologia, da gravidade e da idade do paciente. A estabilidade a longo prazo é descrita como moderada, independentemente do tipo de tratamento (cirúrgico ou não cirúrgico). A estabilidade pode ser comprometida pela influência dos hábitos, assim o controlo destes é obrigatório para evitar a recidiva. Caso clínico: Apresenta‐se um paciente do sexo feminino, de 20 anos e 11 meses no início do tratamento, dolicofacial, padrão esquelético de tipo Classe III, mordida aberta esquelética, o dente 13 ectópico e vários dentes ausentes: 26, 36 e 46. Foi tratada ortodônticamente com mesialização dos segundos molares para fecho dos espaços edêntulos com correção da mordida aberta. Serão apresentados os registos após 12 anos de contenção. Discussão e conclusões: O tratamento ortodôntico permitiu corrigir uma má‐oclusão complexa, sem recurso a cirurgia ortognática. Observou‐se, além da correção da oclusão, uma pequena melhoria no perfil e na estética facial. Verificou‐se uma estabilidade a longo prazo, pois após 12 anos de contenção não houve recidiva da mordida aberta. A dificuldade deste caso clínico está relacionada com a mesialização dos molares para os espaços edêntulos de dentes extraídos há muito tempo e com o controlo da extrusão dos mesmos, o que favoreceu a rotação anterior da mandíbula. Os casos de Classe III com mordida aberta são normalmente bastante complexos. O controlo do plano oclusal e o fecho dos espaços permite tratar corretamente e com estabilidade este tipo de má‐oclusão, sem recurso a cirurgia ortognática, sempre que o perfil facial seja favorável.
- Crimes negligentes : unidade versus pluralidade : o problema face aos crimes rodoviários, na medida respeitante à conjugação com o art. 291º do Código Penal, agravado pelo resultadoPublication . Loureiro, Juliana Pereira; Cunha, Maria da Conceição Fonseca Ferreira da
- # 57. Avaliação da utilização de protetor bucal durante a atividade desportivaPublication . Lopes, Luís; Araújo, Filipe Miguel; Bexiga, Filipa; Correia, AndréObjetivos: Avaliar o uso de protetor bucal durante a prática desportiva e averiguar a percepção de atletas e treinadores, profissionais e amadores, da importância da utilização de protetores bucais na prevenção de lesões da cavidade oral. Materiais e métodos: Foram efetuados 92 questionários, a 80 atletas praticantes de andebol ou hóquei em patins a nível amador ou profissional, e aos seus 12 treinadores. Após a recolha dos dados, estes foram inseridos e analisados estatisticamente através do software IBM SPSS Statistics®, v20.0.0 (Software Statistical Package for the Social Science). Resultados: Após a análise e tratamento dos dados, verificou‐se que 22,5% dos atletas sofreu trauma oral ou dentário e que 90% dos atletas da amostra não usa protetor bucal durante a prática desportiva. O traumatismo mais prevalente sofrido foi a fratura dentária (61,11%), seguido de fissuras dentárias (11,11%), avulsão (5,58%), os restantes (22,22%) sofreram lesões nos tecidos moles ou luxação da mandíbula. Todos os treinadores inquiridos consideraram que o protetor bucal previne a ocorrência de trauma oral durante a prática desportiva. A maioria dos treinadores (91,67%) demonstraram interesse em obter mais informação acerca do uso e tipo de protetores bucais. A percentagem de traumatismos sofridos, não assume diferença significativa entre os tipos de modalidades estudadas. Os atletas profissionais apresentam um maior índice de trauma que os atletas amadores (42,9% vs 17,3%, respetivamente), o que pode ser justificado pelo maior número de horas de prática desportiva (treinos e competição) o que expõe atletas a maior risco e contato. Este resultado corrobora os resultados obtidos para o clube profissional Futebol Clube do Porto, que são os profissionais deste estudo com a maior percentagem (37,5%) de traumatismos sofridos. No que respeita ao escalão, os atletas seniores registam maior índice de trauma relativamente a atletas juniores. A maioria (69%) dos atletas inquiridos é da opinião que o protetor bucal não deve ser obrigatório nestas modalidades alvo de estudo, no entanto as atletas do género feminino, pertencentes à Seleção Nacional, são as que mais usam este dispositivo de proteção. Conclusões: Apesar de reconhecerem os benefícios na prevenção do traumatismo oral, a grande maioria dos atletas das modalidades estudadas não usa protetor bucal durante a prática desportiva, apontando como principais razões: dificuldade na respiração, na adaptação e na fala, bem como o aumento do fluxo salivar.
- Comportamentos na desinfeção das impressões dentárias por médicos dentistas e técnicos de prótese de ViseuPublication . Marques, Marta Cristina Marinheiro; Amorim, Susana Carina Rebelo; Araújo, Filipe Miguel Soares Framegas de; Figueiral, Maria Helena; Correia, André Ricardo MaiaObjetivos: Análise das atitudes, conhecimentos e educação de médicos dentistas e técnicos de prótese dentária relativamente à desinfeção das impressões dentárias e avaliar a comunicação neste âmbito. Métodos: A pesquisa incluiu médicos dentistas (n = 64) e laboratórios de prótese dentária (n = 5) de Viseu, que responderam a um questionário para a avaliação do comportamento e atitudes na desinfeção das impressões dentárias. Resultados: O alginato é o material de impressão usado pela totalidade (100%) dos inquiridos e a prostodontia é a área da medicina dentária que mais recorre aos materiais de impressão. Em 60,3% dos casos, os médicos dentistas afirmam efetuar sempre a desinfeção dos materiais de impressão enviados para o laboratório, no entanto, 80,0% dos laboratórios de prótese dentária não recebe qualquer notificação neste âmbito. A desinfeção química é feita maioritariamente com álcoois sob a forma de spray, sendo a eficácia o fator que mais influencia na escolha de um desinfetante. A maioria dos médicos dentistas questionados (65,6%) afirma não informar o laboratório sobre o estado de desinfeção do biomaterial. Oitenta por cento dos laboratórios de prótese dentária admite não confiar na desinfeção efetuada pelos médicos dentistas. Conclusões: Verifica‐se uma necessidade de medidas educacionais adicionais no que concerne às práticas de controlo de infeção específica, bem como uma maior comunicação entre as clínicas e os laboratórios. No âmbito da comunicação e da confiança entre os técnicos de prótese dentária e os médicos dentistas, os resultados obtidos são abaixo do esperado e chegam mesmo a ser contraditórios com a literatura internacional.
- # 66. Avaliação do estado periodontal dos dentes pilares em prótese removívelPublication . Lobo, Fábio; Miranda, Mónica; Marques, Tiago; Araújo, Filipe; Silva, Ana Margarida; Correia, AndréObjetivos: Definiu‐se como objetivo principal deste estudo avaliar se o uso de prótese parcial removível tem influência no estado periodontal dos dentes pilares. Como objectivos secundários pretendeu‐se verificar se o tipo de retentor direto e o tipo de desdentação se encontram relacionados com os parâmetros de avaliação periodontal nos dentes pilares. Materiais e métodos: Efetuou‐se um estudo do tipo observacional, transversal, desenvolvido com base numa amostra de pacientes reabilitados com prótese parcial removível, entre os anos de 2010 e 2013 na Clínica Universitária da Universidade Católica Portuguesa. Foi efetuado um questionário e um exame clínico que permitiu recolher dados referentes às variáveis analisadas neste estudo. Foram recolhidos dados referentes ao tipo de desdentação de Kennedy, tipo de retentores diretos, hábitos de uso da reabilitação protética por parte do paciente e higiene da prótese removível. Em relação às variáveis periodontais foram avaliadas a profundidade de sondagem, recessão gengival, índice de placa, mobilidade e índice gengival. Os dados recolhidos foram sujeitos a uma análise estatística descritiva e inferencial (p < 0,05), com recurso ao programa IBM SPSS® Statistics v21.0.0 (Software Estatistical Package for the Social Science). Resultados: Dos 145 pacientes contactados via telefone, aderiram à consulta de controlo 54 pacientes (37,2%) com uma média de idades de 59,09 ± 11,12. O tipo de desdentação mais prevalente foi a Classe III de Kennedy na arcada superior e a Classe I na arcada inferior. A maioria dos pacientes usava a prótese apenas durante o dia. Verificou‐se que os dentes pilares apresentavam valores mais elevados em todas as variáveis periodontais analisadas (p < 0,001), sendo ainda possível aferir que os ganchos oclusais apresentavam piores resultados em relação aos ganchos de aproximação gengival (p < 0,005) em todas as variáveis periodontais analisadas à exceção da mobilidade. Os dentes pilares inferiores de classes I e II de Kennedy apresentam uma média de mobilidade superior em relação aos dentes pilares inferiores em reabilitações de classe III (p < 0,048). Conclusões: Dentro das limitações deste estudo foi possível verificar que os dentes pilares apresentam‐se mais comprometidos periodontalmente do que os dentes não pilares, particularmente nos que têm retentores diretos do tipo gancho occlusal e nas classes I e II de Kennedy inferiores.
- # 31. Estrogénios e movimento dentárioPublication . Pinto, Cláudia; Reis, Alexandra; Alves, ArmandinoIntrodução: O movimento dentário ocorre como consequência da remodelação periodontal. A taxa de remodelação periodontal depende de diversos fatores, nomeadamente pelo nível de estrogénios. Os estrogénios influenciam a composição e a degradação das fibras de colagénio do ligamento periodontal e a remodelação do osso alveolar. Ao mesmo tempo que influenciam a deposição das fibras de colagénio, também fomentam a atividade da fosfatase alcalina e a secreção da osteocalcina e da osteoprotegerina nas células do ligamento periodontal. Níveis baixos de estrogénios estimulam a produção de fatores relacionados com a reabsorção óssea, que afetam a diferenciação e a atividade dos osteoclastos. Os estrogénios podem inibir a atividade dos osteoclastos de forma direta ou indireta, modulando assim a reabsorção óssea. Diversos estudos demonstram que a deficiência em estrogénios acelera o movimento dentário. No entanto, ainda existem poucos estudos que correlacionam o aumento dos níveis de estrogénios com a taxa de movimento dentário. O propósito deste trabalho é compreender a relação entre a alteração dos níveis de estrogénios e a velocidade do movimento dentário, bem como esses mecanismos se manifestam a nível celular e molecular. Métodos: Foi feita uma pesquisa na base bibliográfica Pubmed, através das palavras “Estrogens” e “tooth movement”. Foram selecionados os artigos publicados nos últimos 10 anos. Desenvolvimento: Verifica‐se que, no movimento dentário, a diminuição dos níveis de estrogénios está associada a uma aumento do número de osteoclastos na zona de pressão e a uma diminuição do número de osteoblastos na zona de tensão. Influencia também a diferenciação e a atividade de mediadores relacionados com a reabsorção óssea, tais como a IL‐1, IL‐6, TNF‐α, M‐CSF. Por outro lado, nas situações em que se verifica um aumento dos níveis de estrogénios, observa‐se uma diminuição do metabolismo ósseo. Conclusões: Conclui‐se que a deficiência de estrogénios está relacionada com a aceleração do movimento dentário. As alterações hormonais na mulher podem condicionar o movimento ortodôntico. Estas alterações hormonais são fisiológicas, pois decorrem durante o ciclo menstrual, durante a gravidez e durante a administração de contracetivos. Assim, pretende‐se entender quais as consequências destas alterações no movimento dentário.
- # 37. O uso da internet para aceder a informação de saúde oral por pacientesPublication . Dias, Ana Rita; Dias, João Pedro; Rei, Stefanie; Correia, AndréObjetivos: A internet colocou à disposição do público muita informação da área médica e médico‐dentária, à distância de um simples clique. Este estudo tem como objetivo analisar o acesso à informação de saúde oral disponível na Internet pelos pacientes que procuram tratamento médico‐dentária. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo exploratório, descritivo, quantitativo e transversal Recorreu‐se ao método de amostragem não probabilística por conveniência. A amostra é constituída por 108 indivíduos que compareceram às consultas da clínica médico‐dentária da Universidade Católica Portuguesa no primeiro trimestre de 2014. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário. Efetuou‐se análise estatística descritiva e inferencial univariada através do programa informático estatístico SPSS 20.0. Resultados: A maioria da amostra é do sexo feminino (68,5%) e o grupo etário mais representativo é dos 25‐39 anos (28,7%), com uma idade média de 39,4. Residem na zona urbana 66,7% dos sujeitos, 30,6% estão habilitados com o 2° e 3° ciclo e 33,3% usufruem de um a dois ordenados mínimos por mês. 74,1% tem acesso à internet, e 30,6% da amostra recorreu à internet para procurar informações de saúde oral. Destes, verificou‐se que: 1) As mulheres pesquisaram mais informação do que os homens (72,7% vs. 27,3%; chi‐quadrado = 0,390; p = 0,532); 2) Os indivíduos com idade inferior a 40 anos (odds ratio = 15,0; IC95% [4,2;53,6]), com mais de doze anos de escolaridade (odds ratio = 5,3; IC95% [2,2;13,2]) e com rendimento familiar mensal equivalente a dois ou mais ordenados mínimos (odds ratio = 3,1 IC95% [1,3;7,2]) têm maior probabilidade de efetuar a pesquisa; 3) A informação encontrada é classificada como sendo de alta qualidade por 40,6% dos sujeitos; 4) 12,1% dos indivíduos comprou produtos de saúde oral online. Conclusões: Os pacientes fazem um uso limitado da internet na pesquisa de informação de saúde oral. Cerca de quatro em cada dez reportaram ter interesse em aceder no futuro a este tipo de informação. Advém‐se que a probabilidade de aceder à internet para procurar informação de saúde oral depende, sobretudo, da idade e do nível de escolaridade, sendo menor entre os mais velhos e com menor habilitação escolar.
- # 33. Selamento apical: técnica de condensação lateral vs Thermafil®Publication . Godinho, Maria Teresa Pinto Biscaia; Ardérius, André; Martins, Miguel; Cardoso, Miguel Agostinho; Paulo, ManuelObjetivos: O tratamento endodôntico, não cirúrgico, é constituído por três grandes fases: acesso endodôntico, preparo biomecânico e obturação canalar. Um dos requisitos primordiais para alcançar o sucesso do tratamento é a adequada obturação do sistema de canais radiculares. Ao longo dos anos têm sido introduzidas diferentes técnicas de obturação com a finalidade de melhorar os resultados do tratamento. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a capacidade de selamento apical de duas técnicas de obturação distintas: a Técnica de Condensação Lateral e a Técnica de Obturação Thermafil® para concluir qual proporcionará melhores resultados no isolamento dos canais radiculares. Materiais e métodos: Selecionaram‐se quarenta e quatro dentes monorradiculares, retos ou com ligeira curvatura apical. Após a preparação biomecânica, quarenta dentes foram divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais e os restantes em dois grupos controlo. Cada dente foi isolado pela aplicação de verniz até 2 a 3 mm do ápice radicular, à exceção do controlo negativo que foi totalmente envernizado. A capacidade de selamento apical foi determinada após a imersão do terço apical em azul‐de‐metileno a 2%, a 37 °C durante 7 dias. Para a medição linear da quantidade de infiltração do corante foi realizado um corte longitudinal ao longo do eixo dentário e analisado através do microscópico. Resultados: A técnica de obturação Thermafil® apresentou uma média de infiltração e um desvio‐padrão superior à técnica de condensação lateral. No entanto, na análise estatística dos resultados, o presente estudo, verificou que não havia diferenças estatisticamente significativas entre a capacidade de selamento apical da Técnica de obturação Thermafil® e a Técnica de Condensação Lateral. Conclusões: Nas condições do estudo nenhuma técnica de obturação impediu a infiltração apical de azul‐de‐metileno. Acreditamos que o sucesso de qualquer técnica depende do conhecimento da metodologia, do respeito pelas instruções/recomendações dadas pelo fabricante e a destreza manual do operador.
- # 91. Anquiloses Múltiplas de dentes decíduos: a propósito de um caso clínicoPublication . Moreira, Cátia Vanessa Azevedo; Brito, Maria Inês; Marques, Marisa; Seabra, Mariana; Bexiga, Filipa; Figueiredo, AndreiaIntrodução: A anquilose dentoalveolar consiste na fusão anatómica anormal do cemento radicular com o tecido ósseo, sem interposição do ligamento periodontal. A prevalência, em dentição decídua, varia entre os 1,3% e os 38,5%. O tratamento consiste normalmente na extração das peças afetadas, mesmo sem a presença do dente sucessor, dado que na zona atingida o crescimento ósseo é inibido, o que poderá provocar perdas ósseas significativas. Com muita frequência estas extrações são difíceis., sendo indicada a realização de osteotomia e odontosecção. Caso clínico: Paciente do sexo masculino, com 13 anos, saudável, apresentou–se na consulta de Odontopediatria da Clínica Dentária Universitária da Universidade Católica Portuguesa devido à permanência de dentes decíduos na cavidade oral. O exame clínico revelou a permanência dos primeiros e segundos molares decíduos anquilosados com classificação grave, à exceção do dente 64. Revelou também uma oclusão completamente desajustada, havendo apenas contactos nos segundos molares permanentes em posição de intercuspidação máxima. O exame radiográfico confirmou a inexistência de ligamento periodontal dos dentes anquilosados e permitiu fazer o diagnóstico de agenesia dos segundos pré–molares permanentes. Atendendo à idade do paciente e à cronologia de erupção dentária, o plano de tratamento consistiu na exodontia dos dentes anquilosados e reencaminhamento do paciente para a consulta de Ortodontia. Pelo facto do menino ter 13 anos, não é necessário equacionar a colocação de mantenedores de espaço. Discussão e conclusões: O tratamento escolhido passou pela realização da exodontia dos dentes anquilosados devido ao facto dos primeiros pré–molares permanentes ainda não terem erupcionados e se encontrarem inclinados. Também se verificou perda do comprimento do arco dentário e, neste caso em particular, mordida aberta completa do 17 ao 27, sendo mais grave nos setores laterais. Após a consulta de controlo realizada um ano após as extrações, confirmou‐se que o tratamento escolhido foi o mais acertado, na medida que permitiu a erupção dos dentes 14, 34 e 44 e a desimpactação do 13.
- # 97. Prótese Removível sobre raízes num caso clínico de complexidade elevadaPublication . Araújo, Filipe Miguel; Lopes, Luís; Ramos, Francisca; Silva, Ana Margarida; Baptista, André; Correia, AndréIntrodução: Sobredentadura é uma prótese dentária removível que tem apoio em um ou mais dentes remanescentes, ou raízes dentárias e/ou implantes dentários. Para além de possibilitarem a retenção através de encaixes protéticos, a manutenção das raízes contribui também para a manutenção do osso alveolar, promove uma melhor transmissão de carga e mantém a propiocepção periodontal. Caso clínico: Paciente do sexo masculino, 65 anos, recorreu à consulta de Prostodontia Removível com o intuito de reabilitar os espaços desdentados da sua cavidade oral, e os dentes remanescentes com perda excessiva de estrutura dentária por hábitos parafuncionais. Teve o diagnóstico de desdentação parcial superior tipo classe III div.1 e inferior tipo classe I (Kennedy). Classificação do American College of Prosthodontics: grau de maior complexidade/gravidade, nível IV. O plano de tratamento envolveu uma prótese parcial removível esquelética superior, tipo sobredentadura, com encaixes em bola nos caninos, prótese parcial removível esquelética inferior e restaurações em resina composta dos dentes do 5° sextante. Foram realizados os tratamentos pré‐protéticos: endodontia do 13 e 23, exodontia do 14, 25 e 47, restaurações no 34, 17, 27, nichos em 17, 27, 34 e 44; restauração dos remanescentes dentários do 12‐22 com ionómero de vidro e nivelamento supra‐gengival. O desenho da reabilitação protética foi: Superior ‐ conector maior barra palatina; retentores diretos no 17 e 27 (ganchos) e no 13 e 23 (encaixes de precisão tipo bola); selas 14‐16 e 24‐26; Inferior ‐ conector maior barra lingual, retentores diretos (RPI) no 34 e 44; selas 35‐37 e 45‐47. Seis meses após conclusão do tratamento não se verificam complicações biológica ou mecânicas. Discussão e conclusões: A manutenção de raízes dentárias para execução de sobredentaduras é uma alternativa clínica viável que permite obter um melhor suporte, estabilidade e retenção da prótese removível, assim como a preservação do rebordo alveolar e da propiocepção destes elementos no sistema estomatognático. O plano de tratamento estabelecido com a manutenção das raízes dentárias e da utilização dos encaixes protéticos em bola permitiu a reabilitação de um caso clínico de complexidade elevada de forma muito satisfatória.