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- Journalism and memoryPublication . Caldeira, Clara
- EditorialPublication . Pires, Maria Laura BettencourtMuitas culturas têm reconhecido a existência de um princípio incorpóreo que designam como Alma. De uma perspectiva religiosa e filosófica, o aspecto imaterial de um ser humano é muitas vezes considerado como sinónimo de mente ou carácter. Em teologia, a alma é definida como a parte que participa da divindade e que sobrevive ao corpo. Enquanto a civilização grega antiga tinha do Homem uma perspectiva preponderantemente dualista, a cultura bíblica sempre sustentou uma visão unitária. Sabemos que o termo deriva do hebraico nephesh e também do latim animu e que,em Grego antigo, a palavra utilizada para designar alma era Pneuma. Ao considerar a história evolutiva do conceito, iremos referir as visões de Sócrates, Platão, os Estóicos, Aristóteles, os Egípcios, os Chineses, os Hindus, Sto. Agostinho, S. Tomás de Aquino, Descartes e Spinoza. De toda esta ideologia vieram, posteriormente, a desenvolver-se - incrementando as raízes de que derivavam - os actuais conceitos de alma, que foram a base de muitas religiões, cujos seguidores acreditam possuir almas, ou serem acompanhados por elas e mesmo até serem eles próprios as almas.
- O conceito de alma na poesia romântica inglesaPublication . Pires, Maria Laura BettencourtNo nosso mundo materialista, onde todos evitam sofrer, parecemos necessitar da ajuda de poetas românticos como William Blake e John Keats, que nos levam a ver a beleza em todas as coisas. A nossa escolha justifica-se também por ambos partilharem um interesse pela noção de alma e pelos aspectos mais subjectivos e irracionais da natureza humana como a emoção, a imaginação e a introspecção. Blake destaca-se por ser uma figura primordial na história da poesia e das artes visuais. Da sua obra focamos sobretudo Songs of Innocence and Experience a que o poeta-artista atribuiu o subtítulo Showing the Two Contrary Statesof Human Soul, advertindo assim o leitor de que se iria debruçar sobre a alma, na qual considerava que havia "oposições necessárias". John Keats, considerado como o mais gnóstico dos românticos ingleses, via este mundo como "The Valley of Soul-making" pois pensava que as dificuldades que nele encontramos são necessárias para o desenvolvimento do carácter, seguindo assim a ideia gnóstica de que se obtinha a salvação da alma através de um auto-conhecimento que implicava uma intensificação da consciência.
- Representações cinematográficas da alma de Méliès a MatrixPublication . Bär, GeraldProjectando o invisível, nomeadamente a alma, para um ecrã ou outras superfícies, foi sempre uma ambição humana; a sua realização técnica começou nos primórdios da humanidade. Exteriorizar a alma e torná-la visível significava ganhar controlo sobre ela. A sua expressão imagética no nosso imaginário colectivo ocidental ficou influenciada por mitos como 'Orfeu e Eurídice' e por descrições na literatura (por ex. a visita de Ulisses ao Hades em Odisseia de Homero). O Reino dos Mortos e os seus habitantes foram retratadospor muitos pintores (Rubens, Kratzenstein, Kasparides), nos séculos XVIII e XIX, as fantasmagorias de Schröpfer e Robertson anteciparam a ‘fotografia de espíritos’ (Mumler, etc.), mas só a tecnologia da cinematografia iria fornecer o habitat ideal para o património pictórico da alma. Neste artigo serão debatidas algumas das suas várias representações cinematográficas de Méliès a Matrix.
- Arresting images: inhabiting the Nazi archive in Yael Hersonski’s a Film unfinishedPublication . Agostinho, DanielaThe filmic appropriation of archival imagery has become pivotal within the new archival economy of memory. What is particularly striking about this transnational trend is that more than a reproduction of images of the past for illustrative purposes, at stake in many recent appropriation films is a post-memorial fascination with archival images and simultaneously a critical interrogation of their epistemological gaps, their conditions of production, and their role in shaping the memory of historical violence. Yael Hersonski’s A Film Unfinished (2010), which refigures a Nazi propaganda film of the Warsaw ghetto, is a symptomatic case where the enigmatic appeal of archival images coexists with a suspicious examination of their constitutive flaws. Through close reading of the film, and a discussion of Derrida’s notion of “archive fever” in relation to the Nazi archival culture, this article will inquire into the dynamics of archive imagery at play within contemporary cinematic practices, arguing that the disappearance of the witness has raised a renewed crisis of representation of the Holocaust, in which the archive becomes a critical but fraught centrepiece.
- War and the connective turn: interview with Andrew HoskinsPublication . Gonçalves, Diana; Agostinho, Daniela