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- O potencial translacional dos biomarcadores na abordagem da leucoplasia oralPublication . Rocha, Francisco de Almeida; Mendes, Rui AmaralO cancro como neoplasia maligna representa a proliferação dismórfica e contínua de células nativas de um determinado órgão, conduzindo à invasão tecidular e metastização à distância. O aparecimento destas desordens patológicas resulta de um processo fisiopatológico associado a anormalidades genéticas e epigenéticas, que originam populações celulares clonais com alterações nos mecanismos de sobrevivência. Apesar de todos os avanços tecnológicos e dos conhecimentos disponíveis para a abordagem do cancro oral, a sua mortalidade apresenta números bastante elevados, sendo superior à registada em outras patologias malignas, como o cancro do colo do útero, mama ou cólon. No que à cavidade oral diz respeito, a potencial translação do transcriptoma para a prática clínica, permitirá diminuir a morbilidade e mortalidade do cancro oral, através do diagnóstico precoce de desordens orais potencialmente malignas, como a leucoplasia oral. Atualmente, o diagnóstico diferencial entre lesões orais benignas reativas/inflamatórias e desordens orais potencialmente malignas baseia-se em exames histológicos de espécimenes biopsados, por existência de lesões clinicamente suspeitas. Além disso, o diagnóstico histológico de displasia epitelial é subjetivo e sujeito a diferentes interpretações, estando apenas a sua existência presumivelmente relacionada com o risco aumentado de transformação maligna. Os estudos bioquímicos e moleculares, conhecidos e praticados nos dias de hoje, servem como pedestal para uma classificação clínica mais verosímil, que poderá predizer com maior exatidão o potencial maligno. São necessários biomarcadores moleculares capazes de identificar a fisiopatologia de cada uma das desordens orais potencialmente malignas, em particular a leucoplasia oral, para eliminar os dilemas do diagnóstico clínico e histológico, corrigir diagnósticos diferenciais, assim como reconhecer fatores de risco que permitam averiguar a suscetibilidade individual à neoplasia maligna oral. Os médicos dentistas devem integrar nas suas faculdades básicas o diagnóstico tão precoce quanto possível de desordens orais potencialmente malignas, classificando os seus estadiamentos através de evidência científica sensível, específica e universal. O objetivo deste plano de estudos à escala global passa pela personalização e otimização dos cuidados médicos.
- Parestesias : etiologia e abordagem clínicaPublication . Fontoura, Tony Alves; Caldas, Alexandre Castro; Silva, AntónioAlterações da normal função sensorial oral pode ocorrer por vários factores tais como, procedimentos orais restaurativos e cirúrgicos. Essas alterações sensoriais, normalmente chamadas de parestesias, podem ir desde a uma ligeira até à completa perda da função sensitiva e pode tornar-se mutiladora para o paciente. A maioria das parestesias resolve entre dias, semanas ou meses. Parestesias que perduram após 6 a 9 meses podem ser descritas como persistentes. Podemos relacionar as parestesias com, por exemplo, a cirurgia oral através da remoção de terceiros molares e pré-molares inferiores e/ou remoção de quistos, implantologia, endodontia, ortodontia, dentisteria, soluções e técnicas anestésicas… Casos documentados na literatura relatam que a maioria das parestesias é provocada nos nervos lingual e alveolar inferior maioritariamente associadas a procedimentos cirúrgicos. O quadro de parestesia pode reverter espontaneamente, porém quando isto não é possível, existem modalidades terapêuticas que podem ser adoptadas, tais como, a descompressão do nervo afectado, reparação microcirúrgica da lesão traumática do nervo, utilização de anti-neuríticos, anti-inflamatórios, o uso do laser de baixa potência ou a acupuntura. Deve-se considerar que a melhor forma de prevenção da parestesia é a realização de um cuidado planeamento pré-tratamento de qualquer caso clínico. O profissional de Medicina Dentária deve adoptar todas as medidas preventivas no sentido de prevenir este tipo de complicações. Pretende-se fazer uma revisão bibliográfica sobre a etiopatogenia das parestesias, a sua abordagem clínica e terapêutica adequada.