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- Feridas : caracterização e análise de custos em MoçambiquePublication . Xavier, Ana Cristina Barros Pereira; Amado, João Costa; Alves, PauloEm Países não desenvolvidos como é o caso de Moçambique, a precaridade de estudos, nomeadamente na área das feridas, não acompanha o conhecimento existente em outros. Poucos estudos populacionais na área das feridas e diferentes lesões foram realizados em países africanos. Assim, o objetivo deste estudo foi contribuir para o diagnóstico da situação de feridas numa comunidade de Moçambique: caracterizar os doentes e o tratamento das feridas no Hospital de Chingussura; avaliar custos do tratamento por doente com feridas no referido hospital. Como ponto de partida foi feita a caracterização demográfica da população abrangida pelo Hospital Chingussura- Beira-Moçambique. Realizou-se um estudo epidemiológico no Hospital de Chingussura, incidindo em 107 indivíduos (50 mulheres, 57 homens), que recorreriam ao tratamento de feridas e que para o investigador, era a primeira observação que fazia de cada caso. A colheita de dados respeitou: idade, género e profissão do utente, utilizando um questionário onde foram preenchidos alguns dos critérios utilizados no instrumento de Estudo Epidemiológico de Feridas, dos quais foi analisada a distribuição da população por género; a classificação de feridas; a classificação de feridas por frequência de mudança de penso; a classificação de feridas por material de penso com ação terapêutica; dados de custos por classificação de feridas; localização das feridas; a classificação das feridas segundo a localização; duração da ferida, classificação por duração de realização de tratamento e a frequência de mudança de penso por semana, tipo de tecidos, sinais de infeção presentes e infeção no compartimento profundo. Da análise dos resultados apresentados no estudo constata-se que a amostra em mais de 50% é masculina, sendo a grande maioria das feridas de consequência traumática e relevante localização a nível dos pés; globalmente, todo o tipo de feridas tem uma frequência de mudança de penso de três vezes por semana, e que, por cada penso, o enfermeiro despendia mais do que cerca de dois minutos na sua realização, usando na maioria dos casos apenas cloro a 0,025%. Estimando cada valor de tratamento pela diferente etiologia das feridas, constatou-se que por cada vez que o utente realiza um penso, ele acarreta em média ao hospital um custo de 0.50€ (18.6MZM) o que perfaz um gasto mensal de 6.04€ (223.20MZM). Como principal conclusão constatámos que este estudo foi pioneiro na área das feridas em Moçambique, e que, futuramente poderá servir de base para novas avaliações de custo e de impacto económico na área da saúde