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- A inclusão de crianças com perturbações do espetro do autismoPublication . Faria, Maria Deolinda da Silva; Bilimória, HelenaO presente trabalho tem como objetivo captar a perceção de pais e professores e alunos sobre a educação inclusiva, tentar identificar dificuldades vivenciadas na inclusão dos alunos com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA), procurando contribuir para melhorar a inclusão educativa e social destas crianças e jovens. A pessoa diferente sofreu desde a mais remota antiguidade, na pele e na alma, o estigma da diferença que as várias sociedades lhe foram infligindo ao longo dos tempos. Foi vítima de exclusão, atirada aos rios, perseguida, julgada, executada, separada da família, internada em orfanatos, hospícios e prisões, discriminada, segregada. A Inclusão é, nos nossos dias, o processo de mudança social que visa a criação de sociedades mais justas, solidárias e tolerantes e que tem os seus fundamentos na dignidade e igualdade entre todos os homens. É uma mudança que implica aspirações comuns e continuidade no tempo. Veicula um ideal de vida em sociedade que poderá ser entendido como civilização, contraposto ao tratamento dado pelas sociedades que nos precederam. A escola, com o seu papel na transmissão dos valores e na formação da personalidade humana, tem uma grande responsabilidade em todo este processo, mas também as comunidades locais e o Estado. A educação inclusiva ensina os valores, compreensão, conhecimento e competências, que tornarão possível a participação de todos na escola, na comunidade e na sociedade em geral. A inclusão envolve um combate ativo à exclusão através da educação, na medida em que tem implícita a presença, a participação e a realização de todos os alunos na escola e na sociedade. As dificuldades que desafiam a inclusão não estão nas crianças, refere a UNESCO (2005), mas nas atitudes dos adultos. Para ser agente da mudança, a escola deve refletir sobre as suas crenças e valores, mudar a cultura da escola tradicional e adotar princípios e valores inclusivos que servirão de orientação às políticas e às práticas da educação inclusiva: uma educação de qualidade para todos os alunos na escola regular, que dá a cada um segundo as suas necessidades, que valoriza todos os alunos e toda a comunidade educativa. Este trabalho debruçar-se-á mais especificamente sobre a inclusão dos alunos com Perturbações do Espectro do Autismo. Os alunos com autismo apresentam uma tríade de dificuldades muito específicas ao nível da comunicação social, da interação social, do brincar imaginativo e interesses restritos e repetitivos (Wing & Gould, 1979, cit. por Hewitt, 2006). Estas perturbações implicam um défice na flexibilidade de pensamento e uma especificidade no modo de aprender que comprometem o contacto e a comunicação do indivíduo com o meio (Geschwind, 2009; Jordan, 2000; Siegel, 2008). O intuito é responder ao problema científico: De que modo são implementadas práticas, políticas e cultura de inclusão junto de alunos com perturbações do espetro do autismo numa escola do concelho de Barcelos, com os seguintes objetivos: (i) Conhecer a formação e experiência dos docentes envolvidos; (ii) Conhecer os apoios de que dispõem; (iii) Investigar as práticas pedagógicas; (iv) Conhecer a perceção dos alunos, docentes e pais. A metodologia, assume um cariz misto (quantitativo e qualitativo), envolvendo a recolha de dados de opinião através do inquérito por questionário “Index para a Inclusão” de Booth e Ainscow (2002), observações naturalistas e análise documental.
- Outra forma de ver? A construção do autoconceito de crianças cegas e amblíopesPublication . Costa, Maria Inês Pelaio Macedo; Carapeto, Maria JoãoA deficiência visual define-se como um dano parcial ou global do sistema visual que abrange um largo espetro de anomalias visuais, de entre as quais se destaca a cegueira e a ambliopia. Quer a cegueira, quer a ambliopia constituem alterações nas estruturas visuais, colocando, por isso, limitações à realização de atividades do quotidiano que envolvem, sobretudo, o sentido da visão. Entende-se por autoconceito a perceção que a pessoa tem de si mesma. Ao fazer a sua autodescrição, a pessoa enumera juízos não só descritivos, como também valorativos, o que significa que o autoconceito está intimamente relacionado com a autoestima. Este processo de construção não envolve apenas a própria pessoa, mas sim todos s agentes que fazem parte integrante do seu quotidiano: família, amigos, professores, escola, entre outros. Após revisão de um conjunto de pesquisas acerca da construção e desenvolvimento do autoconceito em crianças com deficiência visual, foi possível concluir que não existem fortes convicções sobre o assunto. Se, por um lado, há investigadores que defendem que esta autoconstrução não distingue pessoas deficientes de não-deficientes, outros sustentam que existe uma maior dificuldade em crianças com deficiência visual. Além do mais, não se encontrou referência a investigações na população portuguesa. Assim, a presente dissertação procura explorar a possibilidade de existirem diferenças ao nível do autoconceito entre crianças cegas e amblíopes e crianças sem necessidades educativas especiais, bem como diferenças ao nível do rendimento escolar, e ainda a relação entre autoconceito e este. Constituiu-se, para isso, uma amostra de 18 crianças, 9 com deficiência visual (cegueira e ambliopia) e 9 sem necessidades educativas especiais, sendo estas duas subamostras emparelhadas (quanto à idade, sexo e ano de escolaridade). Aplicou-se a toda a amostra a escala de autoconceito Como é que eu sou (Harter, 1985), um Questionário de Dados Sociodemográficos, e recolheram-se dados do seu rendimento escolar no final do ano lectivo. Os resultados sugerem que o grupo com deficiência visual se autoperceciona de modo mais favorável ao nível do comportamento e, tendencialmente, ao nível da autoestima global, enquanto o grupo sem necessidades educativas especiais se autoperceciona, de modo tendencialmente mais favorável, ao nível da competência atlética. Não se verificaram discrepâncias significativas relativamente ao rendimento escolar entre os dois grupos de crianças. Melhor rendimento escolar aparece associado a melhor comportamento autopercebido, nas crianças cegas e ambliopes e a uma mais favorável autoperceção da competência social nas crianças sem necessidades educativas especiais. Não se constatou uma associação significativa do rendimento escolar com a autoestima global, nem com a competência escolar autopercebida, em nenhum dos dois grupos. Os resultados são discutidos à luz da teoria e investigação existente.
- Pensamento de Bento XVI nas suas Cartas EncíclicasPublication . Brito, Abílio Duarte da Silva; Varanda, Maria Isabel Pereira