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- Mental state exam checklist : contribuição para a validação de um instrumento de avaliação do estado mentalPublication . Fugas, João Nuno Santos da Cunha Fernandes; Dias, Pedro; Carvalho, Maria CarmoApesar de existirem instrumentos de avaliação do estado mental que avaliem estados alterados de consciência, derivados da utilização de substâncias psicoativas, este são escassos, principalmente se considerarmos a sua aplicação num contexto naturalista. O presente estudo tem como objetivo geral, o contributo para a validação de um instrumento de avaliação do estado mental (Mental State Exam Checklist), concebido para avaliar alterações do estado mental devido a uma experiência de crise, relacionada com o uso de substâncias psicoativas. Para avaliar a consistência interna deste instrumento fizeram-se análises psicométricas, utilizando os valores de Alpha de Cronbach, obtidos em cada uma das dimensões que compõem este instrumento. A validade de constructo foi analisada através dos valores de validade discriminante. Para tal, compararam-se as avaliações do estado mental de um grupo de indivíduos que estava sobre o efeito de substâncias psicoativas, com um grupo de indivíduos que se encontrava num estado normativo. Recorreu-se também a um acordo inter-observadores, no sentido de contribuir para a validade de constructo. Os valores de Alpha de Cronbach, indicaram níveis muito bons de consistência interna, na totalidade das dimensões que constituem o instrumento, sugerindo um elevado grau de fiabilidade. Este Insrumento revelou também a sua capacidade de avaliar aquilo a que se propõe avaliar. De uma forma geral, o MSEC demonstrou ser um instrumento capaz de avaliar alterações do estado mental, induzidos por substâncias psicoativas. No entanto, é necessário um aumento da amostra e o recurso a métodos psicométricos mais precisos, para que se possa obter níveis mais elevados de validade.
- Trabalhar com a morte e gerir o trabalho em família : estudo de caso numa agência funeráriaPublication . Santos, Joana Jarrais dos; Fonseca, António; Oliveira, EduardoA presente dissertação envolveu a problemática sobre o trabalho fúnebre e a dinâmica laboral de uma Empresa Familiar. Recorrendo ao Estudo de Caso, explorou-se o sentido atribuído ao trabalho fúnebre, como o contexto de natureza familiar, onde a atividade se desenvolve. Participaram na investigação os oito elementos pertencentes à agência funerária em questão - quatro elementos da família e os outros quatro, colaboradores não-familiares. Os instrumentos utilizados foram o IAEC – Instrumento de Análise para Estudo de Caso (Barros-Duarte, Cunha, & Lacomblez, 2001); um guião concebido para as entrevistas semi-estruturadas e o software NVivo9, para o tratamento de dados qualitativos. Os procedimentos passaram pela análise documental na agência funerária; observação participante, com registos de notas de campo; realização de entrevistas com os oito participantes do estudo. Na análise dos conteúdos observados e encontrados, fez-se uma leitura flutuante dos registos das notas de campo e das transcrições das entrevistas, com codificação aberta e pelo método semi-indutivo; recorreu-se, também, à Grounded Theory, quando os dados analisados não encontraram teoria subjacente para lhes ser comparada, emergindo teoria que lhes foi ancorada, sendo o método indutivo. Os principais resultados apontaram para uma empresa familiar relativamente imune ao contexto económico conturbado, com forte proximidade relacional entre todos os elementos, uma aparente complexidade ao nível da sucessão e uma figura feminina afastada do campo profissional, mas com um poder de influência acentuado. Quanto ao trabalho fúnebre, surgiram como principais resultados a noção de estagnação do setor, um sentido de humanismo associado à profissão, acompanhado pela perceção de desvalorização e preconceito social por este tipo de negócio – falta de reconhecimento. Além disso, os resultados indicaram um sentido de necessidade de competências humanas e emocionais, mecanismos como “estar e não estar” no serviço e, finalmente, o sentido de ser um trabalho ditado por variabilidades que interferem no que é planeado.
- Práticas de diversificação/diferenciação curricular no contexto das políticas educativas para o ensino básicoPublication . Frazão, Rogério Martins; Pacheco, José AugustoNo contexto de cada comunidade, onde a escola está inserida, a definição de políticas educativas e curriculares assume maior pertinência, podendo contemplar componentes locais e regionais do currículo, valorizando as características de cada região e, sobretudo, permitindo um maior envolvimento e responsabilização dos diversos actores, que representando a comunidade educativa participam ao nível das tomadas de decisão. A escola, como espaço de reflexão e participação dos vários actores, favorece a emergência de uma nova cultura, marcada pelas dimensões do ser, do estar, do fazer, do conviver, do comunicar, do aprender e do fazer aprender. É este novo entendimento da escola, preconizado nos princípios e nos normativos orientadores da política educativa actual, que se deseja ver instituído na organização escolar e nas práticas pedagógicas, com vista à melhoria da qualidade da educação tornando as aprendizagens mais significativas. A reflexão realizada, a partir deste novo entendimento da escola e das políticas educativas actuais, deu origem a uma questão central: Como é que os professores diversificam/diferenciam o currículo no contexto das políticas educativas e curriculares definidas para o 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico? Para este estudo definimos os seguintes objectivos: conhecer a oferta educativa do agrupamento; identificar as razões que justificam a oferta educativa; conhecer as representações dos professores do ensino básico sobre diferenciação curricular; identificar práticas de diferenciação curricular nos 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico; analisar documentos do ensino básico relacionados com a diferenciação curricular; analisar as representações dos professores sobre o conceito de currículo; articular as representações dos professores no ensino básico com questões que se prendem com a discussão teórica do currículo. A pesquisa seguiu um estudo de caso e centrou-se na análise documental do Projecto Educativo do Agrupamento, do Projecto Curricular do Agrupamento, do relatório da Inspecção-geral da Educação sobre a avaliação externa; entrevistas ao Director do Agrupamento, Coordenadores de Departamento, Coordenador do Curso de Educação e Formação, representante no Conselho Pedagógico dos serviços de psicologia e orientação e nas respostas aos inquéritos por questionário respondidos pelos professores dos 1º, 2º e 3º com turma atribuída. Pela análise dos resultados, identificamos as razões que fundamentam as opções e o percurso bem como a sua concretização e concluímos que as tomadas de decisão, resultam muitas vezes de opções que apesar de tomadas em nome dos interesses dos alunos, se referem a questões de natureza organizativa, relacionadas com decisões de política educativa definidas pela administração central que obviamente condicionam as opções do agrupamento. As decisões são muitas vezes transformadas em opções de momento, influenciadas pela oferta possível, e não a necessária, num contexto de decisão que se considera centralizador. Em relação às práticas de diferenciação curricular, a partir de um conjunto de questões e analisados todos os dados disponíveis concluímos que os professores embora concordem com o conceito de diferenciação curricular entendido como a adequação dos objectivos, dos conteúdos, das metodologias e da avaliação às capacidades dos alunos continuam a exercer práticas pedagógicas direccionadas para o grupo de alunos, diversificam actividades mas não metodologias e estratégias de ensino e aprendizagem.