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- Relatório de estágioPublication . Fernandes, Fabiano da Silva; Melo, JorgeO Enfermeiro, ao longo da sua vida profissional, deve construir os seus “saberes” aliando a reflexão à ação, na medida em que o processo de auto-formação deve ser desenvolvido através da aquisição e consolidação de novos conhecimentos que visam a melhoria da qualidade de cuidados. Este facto levou-me a realizar o presente curso de Mestrado em Enfermagem, na área de Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica, no qual insere na sua estrutura a realização de estágios, distribuídos por três módulos. Estes, deveriam perfazer 180 horas cada um, no entanto o Módulo III teve apenas a duração de 120 horas. A minha opção para o Módulo I foi o Serviço de Urgência Geral do Hospital São Teotónio, Entidade Pública Empresarial, que decorreu de 15 de Setembro a 25 de Novembro de 2009. Para o Módulo II, a Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes da mesma instituição, realizado entre 23 de Novembro de 2009 e 25 de Fevereiro de 2010. O Módulo III, no âmbito da emergência pré-hospitalar, o Instituto Nacional de Emergência Médica – Secção Regional do Norte, iniciado a 19 de Dezembro de 2009 e finalizado a 20 de Fevereiro de 2010. De acordo com o estipulado no Plano de Estudos deste curso, para a realização de cada Módulo está determinado a orientação tutorial por parte de um ou mais Enfermeiros Especialistas, bem como a realização de um Projeto de Estágio. Esse documento, deverá conter os objetivos gerais e específicos para cada Módulo e servirá de guia orientador nas atividades a desenvolver. Refletindo sobre todas as atividades desenvolvidas e os conhecimentos adquiridos, posso afirmar que os objetivos propostos no Plano de Estudos da Universidade Católica Portuguesa, concomitantemente com os objetivos pessoais delineados, foram atingidos em todos os Módulos do Estágio de uma forma satisfatória. O relato das experiências que decorreram nos Módulos de estágio constitui o presente Relatório.
- Estudo da fadiga por compaixão nos cuidados paliativos em Portugal : tradução e adaptação cultural da escala “Professional Quality of Life 5”Publication . Carvalho, Pedro Rodrigues Cortês; Sá, Luís Octávio deOs profissionais dos cuidados paliativos estão expostos, na sua prática diária, a elementos stressantes resultantes da sua actividade e que podem emergir quer da relação com os doentes, quer da relação com aspectos estruturais da sua actividade. Quando cuidam de doentes em sofrimento, poderão estar expostos a uma forma de stress secundário que, quando prolongado, conduz a um estado de exaustão denominado fadiga por compaixão e que pode trazer prejuízos pessoais, profissionais, institucionais e ao nível da qualidade dos cuidados. Verificámos que este é um fenómeno pouco abordado em Portugal e considerámos importante adaptar, para a população portuguesa, um instrumento que permitisse a sua avaliação e monitorização. Com este estudo pretendemos dar resposta à questão: Existe fadiga por compaixão nos profissionais dos cuidados paliativos em Portugal?”. Apresentamos os resultados do estudo de adaptação cultural e de validade do instrumento “Professional Quality of Life”, versão 5 (ProQOL5) da autoria de Beth Stamm e do estudo da fadiga por compaixão no contexto dos cuidados paliativos. Para o estudo de adaptação cultural da ProQOL5 reunimos um grupo de peritos em tradução e recorremos aos procedimentos de tradução, retroversão e pré-teste. Para o estudo de teste à sua validade analisámos as propriedades psicométricas da versão adaptada, realizámos um estudo de análise factorial exploratória e um estudo de validade concorrente recorrendo aos resultados da GHQ28. Através de uma amostragem intencional obtivemos uma amostra multidisciplinar composta por 73 profissionais de 9 unidades de cuidados paliativos. Obtivemos valores de consistência interna semelhantes aos anunciados para a versão original. Os pontos de corte e as relações de associação entre as dimensões da ProQOL5 obtidos também são idênticos entre as versões. A análise factorial exploratória defende a estrutura original de três dimensões proposta por Stamm e, tal como a autora, não verificámos diferenças estatisticamente significativas nos valores de satisfação por compaixão (SC), burnout (BO) e stress traumático secundário (STS) em função da idade, sexo, tempo total de actividade na área da saúde e tempo total de actividade em cuidados paliativos. No estudo de validade concorrente verificámos, tal como esperado, valores de associação positivos entre BO e STS com as dimensões da GHQ28 e negativos entre as últimas e SC. Relativamente ao estudo da fadiga por compaixão verificámos que 67.1% dos participantes apresentou níveis médios a altos de STS incluindo médicos, enfermeiros, assistentes sociais, assistentes operacionais, um fisioterapeuta e um capelão. Os profissionais que consideram estar expostos 35 ou mais horas por semana ao sofrimento/experiências traumáticas dos doentes apresentam o menor nível médio de SC e os maiores níveis médios de BO e STS, associados ao maior valor de queixas relacionadas com a saúde. O conjunto de resultados do estudo de validade da ProQOL5 e do estudo da fadiga por compaixão permitem-nos sugerir que a versão adaptada apresenta uma boa validade para a avaliação deste fenómeno em profissionais dos cuidados paliativos e confirma a existência de importantes níveis de fadiga por compaixão neste contexto.
- Perceção dos encarregados de educação, de uma escola do 1º ciclo do ensino básico, do Concelho de Sintra, relativamente à perturbação de hiperatividade e défice de atenção : estudo exploratórioPublication . Santos, Nelson David Ferreira; Campos, Sofia; Ribeiro, CéliaMuitas são as afirmações, frequentemente proferidas com alguma leveza, que atualmente levam a uma banalização do termo hiperatividade. Tudo isto resultou numa vulgarização no diagnóstico desta perturbação, o que faz com que qualquer criança que apresente modificações a nível comportamental possa ser, desde logo, identificada como uma criança hiperativa, sem muitas vezes se tentar compreender quais as circunstâncias ou as variáveis que podem justificar tais comportamentos. Com este trabalho pretendemos compreender como é percecionada esta perturbação por famílias de crianças com PHDA, a frequentar o 1º ciclo do ensino básico português. A metodologia deste trabalho é de índole qualitativa. Para a sua concretização prática, recorremos à entrevista semiestruturada como instrumento de recolha de dados, posteriormente apresentados e discutidos. Ao longo da nossa investigação, verificámos que a dinâmica familiar é afetada, surgindo mais preocupações no seio familiar. Concluímos que no momento do diagnóstico, os pais preocupam-se e sentem-se culpados. Estes pais, diariamente, questionam-se sobre a sua responsabilidade, perguntam-se a si próprios onde é que erraram, o que fizeram para merecer isto. Ao questionarmos os encarregados de educação sobre o que os preocupa atualmente constatamos que a preocupação com a escola e com todo o processo de ensino/aprendizagem. É a maior preocupação porque o tempo de aprendizagem do seu filho é distinto do tempo de aprendizagem da criança dita “normal”. Existem ainda preocupações com a forma como se irá integrar, a socialização com os adultos e com os seus pares, porque não será tratada da forma que é tratada em casa, pois os seus colegas poderão discriminá-la e não se interessar por ela. Quando questionamos os pais sobre as suas perspetivas/ preocupações futuras, verificamos que as preocupações estão mais relacionadas com o processo ensino/aprendizagem. Quanto questionámos os encarregados de educação sobre a pertinência de reuniões e discussões, com encarregados de educação de outras crianças com a mesma problemática, a maioria dos encarregados de educação considerou pertinente a realização das mesmas. Desta discussão, sobressai a importância de formação de pais para melhorar a comunicação e a intervenção junto destas crianças.