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- A promoção de saúde da criança-famíliaPublication . Loureiro, Fernanda Manuela; Andrade, FilipaRelatório desenvolvido no âmbito do mestrado de natureza profissional em Enfermagem na Área de Especialização em Saúde Infantil e Pediatria. Tem como objectivos: (a) apresentar o contexto de estágio, actividades desenvolvidas e resultados do trabalho de aprendizagem; (b) identificar as principais competências desenvolvidas nos diferentes domínios no âmbito da área de Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria; (c) reflectir acerca do impacto deste percurso ao nível pessoal e profissional. Utilizando uma metodologia descritiva, crítica e reflexiva, atendendo às necessidades de aprendizagem individual apresentamos o decorrer da Unidade Curricular Estágio, enquanto parte integrante do mestrado. A moldura teórica que norteou o percurso de estágio tem como tema central a promoção de saúde da criança/família. A Ordem dos Enfermeiros identifica esta como área prioritária de investigação em Enfermagem destacando “a preocupação pela produção de conhecimento que suporte uma prática baseada na evidência, mas também com a própria prática baseada na evidência como área de investigação” e “o interesse pela produção de conhecimento que suporte paradigmas emergentes de formação, nomeadamente o desenvolvimento de competências e sua certificação” (2010, p.21). Neste domínio integramos o Modelo de Promoção de Saúde desenvolvido por Nola Pender (2002) como sustentação das actividades desenvolvidas em complementaridade com os contributos teóricos de Benner (2005), Casey (1993) e documentos chave na visada área de especialização. A Unidade Curricular Estágio decorreu em locais de assistência à criança / família (centro de desenvolvimento infantil, centro de saúde, serviço de internamento de pediatria e unidade de cuidados especiais neonatais) que integraram três módulos distintos. No processo de desenvolvimento de competências integrou-se as competências já adquiridas numa óptica de formação de adultos. Das actividades desenvolvidas destacamos a identificação de estratégias de enfermagem, no âmbito da promoção de saúde, desenvolvidas pelos profissionais nos distintos locais, assim como a implementação de estratégias de melhoria dos cuidados baseado no diagnóstico de situação efectuado.
- Dificuldades e dúvidas de pais de crianças com paralisia cerebralPublication . Proença, Irene da Ascenção Amândio; Miranda, Lúcia do Rosário Cerqueira deNa nossa sociedade as famílias têm-se revelado a principal fonte da prestação de cuidados na doença e/ou na deficiência. Apesar das alterações verificadas na dinâmica familiar registada nas últimas décadas, nomeadamente a entrada da mulher no mundo do trabalho, esta continua a ser a principal cuidadora da pessoa doente e/ou com deficiência, quer seja criança, adulto ou idoso. O papel desempenhado pelas cuidadoras familiares e as perturbações que esse papel origina vão alterar e/ou condicionar o natural desenvolvimento do núcleo familiar. Por isso, estas famílias necessitam, por vezes, de se reajustarem para conseguirem lidar com estas situações complexas e adquirir competências para o apoio efetivo ao familiar doente. Foi nosso objetivo identificar o tipo de necessidades e barreiras que um grupo de 6 famílias com filhos com paralisia cerebral, a frequentar um agrupamento de escolas do centro urbano de Braga enfrentam, e, neste sentido, dar um modesto contributo para o estudo do tema em Portugal. Como instrumentos de recolha da informação usaram-se, uma entrevista semiestruturada elaborada para o efeito a partir da revisão da literatura e, a versão portuguesa entrevista de Zarit Caregiver Burden Interview. Os resultados encontrados sugerem que o perfil do cuidador familiar principal é a mãe. Estas cuidadoras parecem já ter aceitado, com resignação, o problema dos seus filhos, embora refiram que procuram viver apenas o presente. Os resultados apontam para sentimentos e comportamentos compatíveis com a ansiedade, a dúvida, o medo quando recebem o diagnóstico, dificuldades em desencadear ações para a resolução dos problemas relativos ao cuidar. Relativamente à qualidade e quantidade das informações clínicas obtidas sobre a problemática da paralisia cerebral, referem que são poucas e que ainda continuam com muitas dúvidas sobre a melhor forma de cuidar do seu filho(a) por falta de informação. Estas cuidadoras demonstraram conhecimentos em relação às etapas da evolução do desenvolvimento da criança, ou seja, a maioria das cuidadoras (5 em 6), já se tinham apercebido que o filho(a) apresentava um problema, embora não o tenham identificado como paralisia cerebral, antes lhe ser comunicado o diagnóstico. No que se refere às redes de apoio, as mães mencionam que no quotidiano sentem necessidade de colaboração nas tarefas para cuidar do filho(a). A maioria das mães inquiridas (4 em 6) têm ajuda dos avós ou de outros familiares para cuidar do seu filho(a). Apesar dessa ajuda a maioria das mães (4 em 6) teve que deixar o emprego para cuidar do filho(a). Contrariamente ao esperado, a existência de um filho portador de deficiência não traz necessariamente maior flexibilidade às ajudas ou maior solidariedade das redes de parentesco. Quanto às ajudas do Estado, nomeadamente da educação e saúde. As famílias ao nível do Ministério da Educação usufruem do atendimento da educação especial a que têm direito e afirmam ser esta a resposta, no atual momento, que se ajusta ao seu caso, embora duas cuidadoras considerassem que poderiam receber maior ajuda por parte da escola. Quanto aos serviços de saúde, os indivíduos portadores de deficiência usufruem dos serviços públicos disponíveis para o cidadão comum e algumas consultas médicas especializadas nos Hospitais. Cinquenta por cento das cuidadoras não consideram os apoios que recebem da saúde suficientes. A paralisia cerebral do filho(a) condiciona a repetição da maternidade.