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- A escola e os ambientes de leitura : concepção, percepção, motivação e emoção no contexto físico da aula e da biblioteca escolarPublication . Pais, Maria Paula Marques Baptista Coelho; Baptista, José Afonso NunesO presente trabalho subordinado ao tema: A Escola e os Ambientes de Leitura. Concepção, Percepção, Motivação e Emoção no Contexto Físico da Aula e da Biblioteca Escolar, propôs-se analisar as relações existentes entre a percepção dos alunos e dos seus professores acerca dos espaços e ambientes de leitura que lhes são disponibilizados em contexto escolar e a motivação para o acto de ler por eles experienciados. Esta temática nasceu da vontade de perceber até que ponto espaço e indivíduo interagem, individualmente e no seio de um grupo, tendo por farol a motivação para a leitura. Pretendeu-se também procurar entender de que modo determinados comportamentos impeditivos de um aproveitamento escolar mais positivo e de uma fruição da vivência escolar mais agradável são influenciados pelo espaço físico da escola e pelo ambiente percepcionado por cada indivíduo que nele vive. Diferentes leituras são possíveis a partir de um único espaço físico. A forma como o espaço molda em cada indivíduo a própria noção de tempo, o modo como ele consegue fazer despontar emoções diferenciadas, contribuindo para a reflexão e para um maior ou menor sentido de pertença ou de exclusão; como pode, ou não, seduzir-nos para ser e estar, convidando a ler e a permanecer, são questões que emergem e se revestem de grande pertinência, num tempo em que a integração de todos no universo escolar encerra, acima de tudo, uma universal exigência de qualidade. Espaços onde se respeite a personalidade de cada indivíduo, sem esquecer as necessidades do colectivo; nos quais os benefícios de uma socialização integrada e saudável não destruam a delicadeza da intimidade tão necessária a quem se encontra em plena fase de despontar de personalidade mostram-nos, a cada dia, o quanto a envolvência espacial é, em si mesma, um elemento vivo da nossa sociedade. A partir desta problemática elaborou-se uma estratégia de investigação qualitativa por entrevistas. Visando analisar a relação entre a percepção que alunos e seus mediadores de leitura possuem acerca dos espaços escolares e os sentimentos de motivação e consecução experienciados, compararam-se as respostas dadas por alunos e professores (seus mediadores de leitura) das escolas de um Agrupamento Vertical, num crescendo etário compreendido, sensivelmente, entre os 6 e os 15 anos de idade.A pesquisa contou ainda com uma prévia abordagem consagrada à observação participante entrecruzada, numa fase posterior, com uma análise mais interventiva, possível através da construção de mapas mentais, no sentido de procurar investigar algumas interacções entre os leitores e os ambientes de leitura propostos. Falamos de espaços escolares de leitura nos seus aspectos mais desconhecidos. Espaços de quê e de quem? Espaços para quê e para quem? Falamos também dos tempos desses mesmos espaços. Espaços de pensamentos e de emoções; espaços para ser e espaços para estar. Falamos de espaços diferenciados e de territórios; de atracção e de rejeição. Espaços para entrar, permanecer, sair. Espaços de Intimidade e de envolvência. Falamos enfim, dos espaços que temos e dos espaços que desejamos tendo, por guia, a motivação para a leitura.