Browsing by Issue Date, starting with "1972"
Now showing 1 - 10 of 28
Results Per Page
Sort Options
- Taufe und Formulierung des GlaubensPublication . Ratzinger, JosephO tema «baptismo e formulação da fé» põe-se de modo diferente, conforme se considera a partir da teologia moderna ou da antiga. Na teologia moderna desapareceu quase totalmente, enquanto nos primeiros séculos da Igreja encontrava no contexto do baptismo o seu lugar privilegiado. No esquema da doutrina sacramentária, dominante desde a Idade Média, o tema da fé poderia ser tratado a propósito da questão da forma sacramental e do sujeito do sacramento. De facto assim sucede, mas tem apenas uma existência estranhamente atrofiada. A fé exige-se como pressuposição do baptismo: não para a validade, mas apenas para a liceidade, como uma entre outras condições. Entende-se a fé no sentido de adesão a um conjunto de verdades e não de modo amplo, como aliás ainda sucedia em Trento (cfr. DS 1526). Nesta redução da fé, na sua relegação para o acto preparatório da justificação e do baptismo, como se concebe a importância da fé e da formulação da fé? Um documento da Congregação da Propaganda Fide de 1703 traz alguma luz: proíbe que, mesmo em perigo de morte, se baptize quem não conhece os mistérios necessários para a salvação (cfr. Heb 11,6) e requere para o caso normal, fora de perigo de morte, entre outros conhecimentos, o do símbolo da fé. A enumeração dos diversos elementos mostra a ligação com o catecumenato antigo e assim com o contexto do baptismo e da formulação da fé; ao mesmo tempo, torna-se clara a ponte entre o rito da administração do sacramento e a formulação da fé. Tudo isto representa, porém, um atrofiamento. O aspecto teológico-dogmático fica descrito, mas não é tudo, pois a fé emerge ainda, lateralmente, no quadro do rito litúrgico. Na liturgia do baptismo, conforme o previsto no ritual romano até agora, a fé entra em cena três vezes: na recitação do símbolo, no interrogatório correspondente à renuncia a Satanás, na fórmula sacramental. O símbolo representa o resto que permanece da traditio e redditio symboli. O interrogatório, que como pactio positiva exprime a aliança da fé, transmite um texto mais arcaico que o textus receptus do Símbolo dos Apóstolos e, juntamente com a mersio, constitui o cerne de todas as antigas formas baptismais. Desde a Idade Média, foi, no entanto, retraído para o catecumenato, para a «preparação da justificação». A fórmula sacramental, originalmente «breve fórmula de fé» (cfr. Mt 28,19), transformou-se em uma simples forma de administração que, em unidade com o acto da aspersão da água, representa o mínimo das condições exigidas para a validade do baptismo. O tema «baptismo e formulação da fé» ficou, portanto, quase sem lugar. Realmente, tanto o conceito da fé como o do baptismo isolam-se e, por isso, a sua relação passa a ser problema. Esta evolução produziu no campo católico uma doutrinalização da fé. Em consequência disso, as formulações da fé ganham um carácter mais teorético. Assim, onde hoje se põe de novo a questão dos símbolos, aparecem fórmulas breves que, na verdade, são recapitulações abstractas de uma teologia (cfr. as tentativas de K. Rahner) e denotam falta de sentido para o significado original das fórmulas de fé. Lutero opôs-se, decididamente, a uma tal doutrinalização e procurou dar, de novo, à fé o seu carácter pessoal. Não foi recuperado, porém, esse contexto original da fé que se manifesta através do seu enquadramento primitivo no interrogatório do baptismo. Sobretudo, continuou a diminuir a possibilidade de compreender o sentido dos sacramentos. O conhecimento da relação entre baptismo e formulação da fé na Igreja antiga oferece um contributo decisivo para sair do impasse em que caiu a questão «baptismo e fé». Os rituais do baptismo mais antigos não conhecem uma fórmula baptismal no sentido hodierno, mas, em vez disso, o interroga-tório em que o símbolo se divide em três perguntas cuja tríplice resposta, ligada do lado do baptizando com o acto da tríplice imersão, constitui, ao mesmo tempo, a forma de administração do baptismo. Com base neste dado, pode estabelecer-se a seguinte tese: a formulação da fé em símbolos tem o seu lugar originário, primàriamente, no contexto do baptismo; a fórmula provém e permanece relacionada com o acontecimento do baptismo, a partir do qual deve, portanto, ser compreendida. Esta tese precisa de ser ainda diferenciada. Na realidade, o fenómeno complexo do baptismo, segundo os seus diferentes momentos sucessivos, ajudou a formar dois tipos de confissões de fé: o catecumenato levou aos sumários de doutrina, à «regula»; a administração do baptismo ao símbolo (profissões «declaratórias» e «interrogatórias»). Os dois tipos correspondem às diferentes tarefas e funções de que nasceram e exprimem também diferentes níveis da realização da fé: o grau da didascália e o do acto da pactio. Não está ainda, apesar do estudo de A. Stenzel, suficientemente esclarecido o processo histórico da separação do símbolo e da fórmula baptismal, com o consequente desvio do símbolo para a liturgia da preparação. Antes de uma tal confusão e separação existia uma relação estreita entre fórmula de fé e sacramento. Para a compreender deve ter-se em consideração todo o complexo do baptismo com os diferentes graus do catecumenato que, iniciado por mestres privados, assume cada vez mais carácter oficial à medida que a Igreja entra gradualmente no desenrolar do acontecimento. O termo final do processo é a noite baptismal, o não e o sim, o banho da água e a unção. O acontecimento do baptismo exprime, portanto, a convicção de que a fé é uma decisão pessoal do homem, mas, para além disso, também um encontro, um ser-aceite e um deixar-se-aceitar pela comunidade dos crentes. A fé não esgota a sua plenitude em uma decisão privada de conversão, mas só se torna ela mesma quando é testemunhada no sim público da profissão e acolhida pela comunidade dos crentes. Assim o acto de fé não pode realizar-se a não ser publicamente diante da Igreja e deixando-se assumir na dualidade de pergunta e de resposta, de modo a permitir a sua união com o único sujeito do Credo: a Mater Ecclesia. No duplo aspecto de aceitar e deixar-se-aceitar está incluído o facto de a Igreja, no acto da aceitação, saber e confessar que não age independente-mente, por si só, mas em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; portanto, que a sua aceitação está envolvida pelo seu próprio deixar-se-aceitar e ser-aceite. Desta tríplice demarcação testemunha o sacramento que assim não está ao lado do acto de fé, mas é a sua dimensão eclesial e ao mesmo tempo a dimensão teológica do eclesial. Isto significa para a presente questão que a fé remete para a profissão, a profissão para a comunidade, a comunidade para a liturgia: neste círculo da forma verdadeira e plena do sacramento do baptismo tem a formulação da fé o seu lugar originário e central.
- Amizade humana e amor divino em Leão HebreuPublication . Moura, José BarataLe présent article, «Amitié humaine et amour divin chez Léon l'Hébreu», a pour but de mettre en relief quelques unes des articulations fondamentales de la pensée de Jehudah Abrahanel sur l'amour, envisagé ici dans une perspective où se rencontrent les domaines de l'éthique et de la connaissance. La structure qui découle des «conditions» de l'amour, les liens entretenus par celui-ci avec le désir, la hiérarchie des «biens» et le rôle capital de l' «honnête» par rapport à l'amitié et à l'amour divin, la «rationnalité» de l'amour, la dialectique de la connaissance, de l'amour et du bonheur, tels sont les principaux moments de ce dialogue avec le texte de Léon l'Hebreu où, également, est mis à jour une pensée qui semble demander un dépassement de l'intellectualisme sans toutefois y parvenir. Léon l'Hébreu — Jehudah Abrahanel — né à Lisbonne entre 1460 et 1465, est l'un des principaux représentants de la littérature d'amour de la Renaissance. Ses Dialoghi d'amore, publiés à Rome pour la première fois en 1535, ont connu de nombreuses éditions et traductions, ayant été l'un des textes fondamentaux de la culture européenne du XVIème siècle.
- Semana internacional de filosofia (São Paulo, Brasil)Publication . Enes, JoséDe 16 a 22 de Julho de 1972 decorreu, em São Paulo, Brasil, a Semana Internacional de Filosofia. Foi uma realização da Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos, que fez coincidir com ela a sua Segunda Assembleia Geral, e com as duas quis celebrar o «Sesquicentenário da Independência do Brasil».
- Eremitas portugueses no século XIIPublication . Mattoso, José
- Documents anciens des Archives du Chapitre d'AngraPublication . Witte, Charles-Martial de
- Isaías 7,14 no texto massorético e no texto grego: a obra de Joachim BeckerPublication . Neves, Joaquim Carreira dasIn his work, Isaias, the Prophet and his Book (coll. Stuttgarter Bibel Studien n.° 30, Stuttgart, 1968), Joachim Becker maintains that the Proto-Isaias, as it has come down to us in the Hebrew original, is a rereading of the text carried out in exilic and post-exilic times. Its actual message is different from that of the prophet's VIIIth. cent. original. The Author considers Isaias to have been a court prophet, similar, for example, to Nathan. The prophetic words of «judgement» and of national «perdition» are, therefore, the product of an institutional prophecy and of the prophetic service carried out at court. Thus Is. 9,5 would not originally have refered to a physical childbirth, nor to the fulfilment of Is. 7,14, but to the «birth of the king» in accordance with the oriental kingship ideology taken up by Yahwism. Redactional work appears in certain themes and motifs, as for example, the people as object of God's graciousness returning to their land in a new Exodus; the instalment of Yahweh's kingship in Sion; the return from exile seen, in number and power, as a miraculous event. Yahweh's theocracy is clearly accentuated (Is. 24,23; 33,17.22; 52,7). Having studied the text of Is. 7,14 in the light of its surrounding context (Is 4,2; 10,17-19; 11, 10; 28,6), we agree in general outline with J. Bccker, but have many reservations to make on certain exegetical details. Mainly, we would like to underline the originality of the LXX translation in relation to our Hebrew text, for it represents a rereading and an interpretation in a very different historical and theological context. The «rest» theme is now the centre of attraction, for it is considered as being accomplished in the translator's own lifetime. It is a small and poor «rest», living in diaspora and suffering the injustices of the impious classe of its people. These injustices are regarded, in the light of faith, as coming from God's hand to purify it. In the LXX reading of Is. 7,14, the «virgin» is really the new Israel, the holy rest, not clearly distinguishable from her son, Emmanuel. Just as the «daughter of Sion» stands for the city and for its people, so now the «virgin» stands for the holy rest, the new people of God. The «virgin» is a personified reality and not an individual. The name, Emmanuel, can be related to the «new name» mentioned in Is. 65,15, and to the «holy rest» which has God with it (Is. 8,10). If the historical exegesis of the VIIIth. cent. Hebrew original is already different from that of the Masoretic Text of the exilic or post-exilic period, the historical exegesis of the LXX takes a further step forward and in turn actualizes the Masoretic Text taking up its general line of thought, that is, always supposing we agree in outline with J. Becker's exegesis. It is probable the LXX understood the new dimension of their contemporary text (MT) and, therefore, followed the same perspective. In that case no more was done than carry on the hermencutical line already laid down, altering here and there the received text in order to underline further the theological concept of the «rest», «the new people of God», identified as «God-with-us». In this way it is understandable that Is. 7,25 and Is. 7,4 should have been altered by the introduction of new, positive, salvific elements.
- Leão Hebreu e o sentido do amor universalPublication . Moura, José BarataLe présent article, «Léon l'Hébreu et le sens de l'amour universel», se propose de souligner le rôle joué par l'amour, chez Jehudah Abrahanel, comme lien universel qui, traversant le réel, accompli l'unification de ses différentes régions. Le plan ontologique sur lequel la question se pose et se déroule nous a obligé à examiner de plus près les rapports entre l'être et l'amour. Cette démarche nous a conduit à l'étude de la production de l'être dans l'intention d'y déceler le noyau de l'amour, d'où sa signification profonde émane: le don, moment premier et créateur, indice de fécondité et de plénitude. Nous avions dû auparavant préciser la pensée de l'auteur pour savoir en effet s'il s'agissait d'un processus de génération ou vraiment d'une création. L'examen du sens de la matière est apparu alors comme indispensable. Dans le cadre des schémas néoplatoniciens de la procession et du retour et de la participation, l'amour s'est révélé comme le sujet d'un important rôle métaphysique: celui d'établir le champ unitaire et radical sur lequel tous les êtres reposent, c'est-à-dire le fond sur lequel se dressent les différentes déterminations par lesquelles le multiple s'affirme et se révèle. Léon l'Hébreu — Jehudah Abrahanel—, né à Lisbonne entre 1460 et 1465, et l'un des principaux représentants de la littérature d'amour de la Renaissance. Ses Dialoghi d'amore, publiés à Rome pour la première fois en 1535, ont connu de nombreuses éditions et traductions, ayant été l'un des textes fondamentaux de la culture européenne du XVIème siècle.
- Contribuição para o estudo das fontes da noção ocidental de bemPublication . Dias, José RibeiroSituado na linha do universo cristão de Boécio (a cuja denominação de último romano poderíamos acrescentar a de primeiro românico, num tempo em que o mundo germânico e anglo-saxónico estavam ainda para nascer), São Tomás de Aquino recolhe e explora a herança da filosofia dos gregos e da revelação dos cristãos, designadamente a experiência da natureza de Aristóteles e a vivência do mundo inter-subjectivo de Sto. Agostinho. Através das contingências deste duro esforço de prospecção e síntese, e em profundo acordo com Sto. Agostinho, o Angélico nunca perde de vista o mistério essencial da relação entre Deus e o Homem.
- A Parábola das Virgens na espiritualidade medievalPublication . Bragança, Joaquim de OliveiraUm dos mais célebres dramas do teatro religioso medieval é o ludus intitulado Sponsus ou Drama das Virgens Prudentes e das Virgens Loucas, escrito no séc. XI na região de Limoges. Gustave Cohen classifica-o, em razão de certa independência já da celebração litúrgica, nomeadamente pela utilização parcial da língua vernácula, na categoria de semi-litúrgico. Karl Young, tendo em atenção o assunto abordado, coloca-o no grupo, aliás reduzido, dos dramas escatológicos.
- Problemas actuais sobre a EucaristiaPublication . Correia, Francisco CarvalhoUm dos problemas mais candentes da vida actual da Igreja concentra-se no tema da presença eucarística. O caso suscita discussões, estabelece confrontos, provoca, com maior ou menor firmeza, actos oficias do Magistério. Sem querer entrar no âmago do problema, nem dar a estas páginas a pretensão de estudo completo e exaustivo, limitar-me-ei a um trabalho de fácil cicerone: introduzir o leitor pela porta da questão e, com simples palavras, de natureza preambular, oferecer-lhe uma rápida amostra sobre a panorâmica de conjunto do tema em causa, traçar as feições características da ideologia em batalha, e ainda, de modo particular, a diferença de nível em que os contendores se situam.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »