Browsing by Author "Vieira, Francisca da Silva"
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- Inteligência emocional, adaptabilidade de carreira e bem-estar psicológico de estudantes do 10º anoPublication . Vieira, Francisca da Silva; Oliveira, Íris Martins; Moreira, Diana Patrícia da Silva DiasEm Portugal, o sistema educativo integra vários momentos de transição entre níveis de ensino. Mais especificamente, a transição para o 10.º ano de escolaridade implica que os/as alunos/as tomem decisões relacionadas com o próprio percurso académico, com repercussões no seu processo de construção de carreira. Com efeito, as escolhas relacionadas com a carreira refletem-se como das mais importantes ao longo da vida, tendo em conta as implicações significativas nas diferentes áreas de desenvolvimento. Assim, investigar esta transição específica é importante, tendo em conta os riscos e indicadores de mal ajustamento psicológico que se podem verificar, na medida em que acompanha outros desafios de desenvolvimento da adolescência. O presente estudo tem como objetivo principal analisar de que modo a Inteligência Emocional (IE) e a Adaptabilidade de Carreira permitem explicar variações nos níveis de Bem-Estar Psicológico de estudantes (BEP) do 10.º ano. O método de amostragem escolhido para esta investigação consiste no método de amostragem não probabilístico por escolha racional. A amostra foi de 233 indivíduos, que responderam aos instrumentos: Questionário de Caracterização Sociodemográfica, Escala de Inteligência Emocional de Wong e Law (WLEIS-P), Career Adapt-Abilities Scale (CAAS) – Portugal Form e Escala de Medida de Manifestação de Bem-Estar Psicológico (EMMBEP). A recolha dos dados foi feita em papel. Os principais resultados demonstraram que níveis mais elevados de IE estão associados a maiores níveis de BEP. Observou-se, também, uma relação positiva entre a IE e a adaptabilidade de carreira, destacando a importância destas competências emocionais para lidar com possíveis desafios ao longo do percurso académico e profissional. A adaptabilidade de carreira mostrou-se igualmente associada a níveis mais elevados de BEP. Tanto a IE quanto a adaptabilidade de carreira explicaram significativamente variações no BEP dos estudantes. Diferenças significativas entre os sexos foram também identificadas, com o sexo masculino a apresentar médias mais altas para as três variáveis. A análise, fundamentada no Modelo de Adaptação de Carreira (Savickas, 2005), confirmou a relevância da IE e da adaptabilidade de carreira no que concerne a momentos de transição durante o percurso académico, reforçando a necessidade de desenvolver estas competências no contexto escolar e, consequentemente, aumentar os níveis de bem-estar dos estudantes.
