Browsing by Author "Vicente, Josefina Cerezo Granadeiro"
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- Consentimento informado na assistência privada e pública hospitalar : o que entendem os profissionais de saúde e doentes/família sobre a informação e consentimento informado praticado em PortugalPublication . Vicente, Josefina Cerezo Granadeiro; Carvalho, Ana Sofia; Osswald, WalterFoi objectivo deste estudo: conhecer o entendimento dos médicos, enfermeiros, doentes e família em relação ao CI a partir dos relatos por eles efectuados. A metodologia foi qualitativa e o estudo foi exploratório e descritivo. Decorreu durante os anos de 2006 e 2007, tendo a recolha de dados decorrido entre Julho de 2006 a Janeiro de 2007, em dois hospitais: um público e outro privado. Na análise teórica são focados os seguintes aspectos: a relação médico/ doente, a enfermagem, o doente, a família, o hospital, a informação, o Consentimento Informado em Portugal, as reflexões éticas e a moldura jurídica. Dos resultados obtidos destaco: - O entendimento dos médicos em relação ao consentimento ocorre na relação médico / doente, dando grande importância a esta. - Há uma notória ausência de informação ao doente, sobretudo nos diagnósticos graves. - O trabalho de equipa entre os médicos e os enfermeiros é difícil ou quase inexistente. - Os doentes transmitem a necessidade de serem informados e esclarecidos pela equipa médica, sobretudo quando o é diagnóstico grave. - Os doentes querem participar na decisão clínica. - O Consentimento Informado é considerado útil e necessário na prática clínica, embora na maioria das vezes, o doente não seja informado, nem realizado o CI. - Os principais obstáculos ao Consentimento Informado são: o nível sócio/cultural e económico do doente e a equipa saúde (devido à falta de tempo, de espaço adequado e de hábito). - Os enfermeiros na maioria dos casos, são excluídos da informação e do CI pelos médicos, doentes, família e por eles próprios. - Os enfermeiros consideram que a informação deve ser dada pelos médicos. Porém, dão grande ênfase ao papel do enfermeiro no CI, na informação, na relação enfermeiro / doente considerando que esta contribui para a humanização dos cuidados. - Para a maioria dos enfermeiros a participação no CI e na informação é confusa. Esta encontrase limitada e totalmente dependente do médico. - Existe uma relação entre a qualidade na prática clínica e o Consentimento Informado. - A família considera de extrema importância ter acesso à informação, porém sente dificuldades na comunicação com os médicos. - Os médicos concordam com a obrigatoriedade da obtenção do Consentimento Informado, mas em nenhum dos dois hospitais se realiza o CI. - Não há diferenças significativas entre a assistência pública e a privada a nível do CI, na informação dada ao paciente.