Browsing by Author "Teixeira, Maria Alexandra Mesquita"
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- Fraude alimentar versus defesa dos alimentos e medidas de mitigação : de acordo com os referenciais de gestão da segurança e qualidade alimentar GFSIPublication . Teixeira, Maria Alexandra Mesquita; Franco, Maria de Fatima Magalhães de Carvalho; Martins, Margarida João Ribeiro de LizA produção de alimentos encontra-se atualmente globalizada, o que torna os alimentos um veículo fácil para causar danos à saúde dos consumidores, existindo, portanto, a necessidade dos governos e empresas do setor alimentar implementarem medidas de defesa dos alimentos. Simultaneamente, a extensão e complexidade da cadeia de fornecimento de alimentos, aliada à pressão económica propicia a disposição para a fraude alimentar. O estágio curricular na empresa BioConnection - Consultoria e Formação, Lda, teve como um dos objetivos a análise da perceção e posição das empresas da cadeia de fornecimento alimentar nacionais face à defesa dos alimentos e à fraude alimentar, averiguando as medidas de controlo que já se encontram implementadas e a sua relação com a adoção de normas de certificação. A recolha de dados passou pelo envio de um inquérito a empresas do setor alimentar, tendo uma taxa de resposta de 34,3%. A definição correta de “defesa dos alimentos” foi selecionada por 89,0% das empresas certificadas e 53,3% das empresas não certificadas. A definição correta de “fraude alimentar” foi selecionada por 97,3% das empresas certificadas e 86,7% das empresas não certificadas. O plano de defesa dos alimentos e fraude alimentar estava implementado em 83,6% e 74,0%, respetivamente, das empresas certificadas e em 30,0% e 20,0%, respetivamente, das empresas não certificadas. A formação aos colaboradores em defesa dos alimentos e fraude alimentar fazia parte do plano de formação de 90,4% e 72,6%, respetivamente, das empresas certificadas e em 53,3% e 33,3%, respetivamente, das empresas não certificadas. Relativamente ao nível de risco para a defesa dos alimentos e fraude alimentar, observou-se uma associação significativa na atribuição dos dois níveis de risco (R = 0,467; p < 0,001). O nível de risco de fraude alimentar atribuído demonstrou ser influenciado pelo setor de atividade da empresa (p = 0,098), sendo que os setores apontados como de maior risco foram: agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados, abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne; produção de óleos e gorduras animais e vegetais; indústria de laticínios; e comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco. Neste estudo verificou-se que a preocupação com estes dois temas é mais evidente em empresas certificadas, mas que a formação aos colaboradores é transversal, sendo necessário um maior investimento nas medidas de prevenção nas empresas não certificadas.