Browsing by Author "Tavares, Joana Cardoso Jesus de Matos"
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- Fatores que influenciam o desempenho no WCST na população com traumatismo cranioencefálicoPublication . Tavares, Joana Cardoso Jesus de Matos; Nunes, Maria Vânia Rocha da Silva; Pereira, Norberto Firmino CardosoEnquadramento Teórico: Os traumatismos cranioencefálicos (TCE) causam várias mazelas entre as quais, quase sempre presente, estão os défices cognitivos. Estes défices, por sua vez, podem manifestar-se em diferentes funções, sendo frequentemente encontrados no funcionamento executivo. Um dos melhores testes neuropsicológicos para avaliar as funções executivas é o Wisconsin Card Sorting Test (WCST), já que força a procura de uma forma correta de responder e a adaptação às exigências que se vão alterando. Existem fatores que podem influenciar o funcionamento executivo após TCE. Neste trabalho, pretendeu-se estudar a relação entre a idade, a escolaridade, o tipo de lesão e a gravidade da lesão com o desempenho executivo. Método: A amostra foi recolhida a partir de uma base de dados clínica, sendo composta por 26 participantes, com idades, aquando a avaliação neuropsicológica, entre os 18 e os 69 anos e escolaridade entre os 4 e os 17 anos. Foram selecionados da base de dados os sujeitos com o diagnóstico de TCE e que tinham completado o WCST na avaliação neuropsicológica realizada na clínica. Resultados: Uma regressão linear permitiu constatar que a escolaridade permite predizer a percentagem de respostas perseverativas apresentada no WCST. Os restantes fatores estudados – idade, tipo de lesão e gravidade da lesão – não revelaram uma relação estatisticamente significativa com o desempenho no WCST. Discussão: A escolaridade parece ser um preditor do funcionamento executivo após TCE, nomeadamente no que diz respeito à perseveração, isto é, à inflexibilidade cognitiva. O nível académico revela-se assim como um fator protetor contra os efeitos negativos do TCE nas funções executivas. Já a idade parece não ter essa influência. O tipo de lesão – lesão difusa ou lesão focal – não se revelou um fator influente do funcionamento executivo após TCE, reforçando a ideia de que este poderá depender mais das zonas lesionadas e não tanto do tipo de lesão. Por sua vez, a gravidade da lesão, medida através da Escala de Coma de Glasgow (GCS), não se verificou relevante para o desempenho, o que levanta questões acerca da utilização desta escala com única medida de predição do estado funcional após TCE