Browsing by Author "Sousa, Paula Manuela Rodrigues de"
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- Experiência e lógicas de ação no serviço socialPublication . Sousa, Paula Manuela Rodrigues de; Rodrigues, FernandaA presente dissertação discorre sobre o Serviço Social, tendo como objetivo pensar e refletir sobre as práticas e a profissão de Serviço Social, analisando a experiência profissional de assistentes sociais à luz dos seguintes conceitos sensibilizadores: lógica da integração; lógica da estratégia e lógica da subjetivação. Guiou-se pela abordagem metodológica da teoria enraizada (gounded theory), a qual decorre da opção por uma estratégia de investigação abdutiva. Procurou-se argumentar de que modo essas diferentes lógicas de ação se encontram presentes no quotidiano e se revelam, através dos discursos recolhidos, nas perceções e convicções pessoais assim como nas justificações das ações e modos de trabalho. Esta dissertação é composta por três secções nucleares, autónomas entre si, cada uma correspondendo a uma distinta lógica de ação. Os principais propósitos consistem em contribuir para colmatar a “falta de clareza e sistematicidade no pensamento sobre a profissão” em Portugal (Amaro, 2009b: 36), e assim, romper com a “excessiva individualidade dos percursos intelectuais no Serviço Social português e a insipiência teórico-cientifica deste campo” (Ibid. 36). As conclusões repartem-se pelas três secçõess constituintes da tese, que são, em síntese: A lógica da integração permitiu constatar que na prática profissional quotidiana do Serviço Social persiste uma abordagem de manutenção e uma prática orientada pelos papéis executivos. A lógica da estratégia permitiu apurar que a disputa pela jurisdição no campo profissional das profissões sociais está condicionada à capacidade do Serviço Social superar as suas debilidades e demarcar a sua posição por via da profissionalização. A lógica da subjetivação permitiu evidenciar que é necessário, ao Serviço Social, um maior investimento numa atividade crítica, se se almeja um Serviço Social baseado em valores, uma prática de Serviço Social emancipatória e assistentes sociais comprometidos com a justiça social e a defesa do sujeito. Permitiu, ainda, mostrar que urge um maior conhecimento e reconhecimento da importância do designado Serviço Social culturalmente sensível.