Browsing by Author "Reis, Alexandra"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- # 10. Tratamento da mordida aberta – estabilidade a longo prazoPublication . Alves, Armandino; Pinto, Cláudia; Reis, AlexandraIntrodução: A má‐oclusão de mordida aberta anterior pode acarretar implicações dentárias, esqueléticas, faciais, funcionais e estéticas. O tratamento desta constitui um desafio, devido à sua etiologia multifatorial, à dificuldade biomecânica e à elevada tendência de recidiva. Existem várias possibilidades de tratamento, dependendo da etiologia, da gravidade e da idade do paciente. A estabilidade a longo prazo é descrita como moderada, independentemente do tipo de tratamento (cirúrgico ou não cirúrgico). A estabilidade pode ser comprometida pela influência dos hábitos, assim o controlo destes é obrigatório para evitar a recidiva. Caso clínico: Apresenta‐se um paciente do sexo feminino, de 20 anos e 11 meses no início do tratamento, dolicofacial, padrão esquelético de tipo Classe III, mordida aberta esquelética, o dente 13 ectópico e vários dentes ausentes: 26, 36 e 46. Foi tratada ortodônticamente com mesialização dos segundos molares para fecho dos espaços edêntulos com correção da mordida aberta. Serão apresentados os registos após 12 anos de contenção. Discussão e conclusões: O tratamento ortodôntico permitiu corrigir uma má‐oclusão complexa, sem recurso a cirurgia ortognática. Observou‐se, além da correção da oclusão, uma pequena melhoria no perfil e na estética facial. Verificou‐se uma estabilidade a longo prazo, pois após 12 anos de contenção não houve recidiva da mordida aberta. A dificuldade deste caso clínico está relacionada com a mesialização dos molares para os espaços edêntulos de dentes extraídos há muito tempo e com o controlo da extrusão dos mesmos, o que favoreceu a rotação anterior da mandíbula. Os casos de Classe III com mordida aberta são normalmente bastante complexos. O controlo do plano oclusal e o fecho dos espaços permite tratar corretamente e com estabilidade este tipo de má‐oclusão, sem recurso a cirurgia ortognática, sempre que o perfil facial seja favorável.
- # 31. Estrogénios e movimento dentárioPublication . Pinto, Cláudia; Reis, Alexandra; Alves, ArmandinoIntrodução: O movimento dentário ocorre como consequência da remodelação periodontal. A taxa de remodelação periodontal depende de diversos fatores, nomeadamente pelo nível de estrogénios. Os estrogénios influenciam a composição e a degradação das fibras de colagénio do ligamento periodontal e a remodelação do osso alveolar. Ao mesmo tempo que influenciam a deposição das fibras de colagénio, também fomentam a atividade da fosfatase alcalina e a secreção da osteocalcina e da osteoprotegerina nas células do ligamento periodontal. Níveis baixos de estrogénios estimulam a produção de fatores relacionados com a reabsorção óssea, que afetam a diferenciação e a atividade dos osteoclastos. Os estrogénios podem inibir a atividade dos osteoclastos de forma direta ou indireta, modulando assim a reabsorção óssea. Diversos estudos demonstram que a deficiência em estrogénios acelera o movimento dentário. No entanto, ainda existem poucos estudos que correlacionam o aumento dos níveis de estrogénios com a taxa de movimento dentário. O propósito deste trabalho é compreender a relação entre a alteração dos níveis de estrogénios e a velocidade do movimento dentário, bem como esses mecanismos se manifestam a nível celular e molecular. Métodos: Foi feita uma pesquisa na base bibliográfica Pubmed, através das palavras “Estrogens” e “tooth movement”. Foram selecionados os artigos publicados nos últimos 10 anos. Desenvolvimento: Verifica‐se que, no movimento dentário, a diminuição dos níveis de estrogénios está associada a uma aumento do número de osteoclastos na zona de pressão e a uma diminuição do número de osteoblastos na zona de tensão. Influencia também a diferenciação e a atividade de mediadores relacionados com a reabsorção óssea, tais como a IL‐1, IL‐6, TNF‐α, M‐CSF. Por outro lado, nas situações em que se verifica um aumento dos níveis de estrogénios, observa‐se uma diminuição do metabolismo ósseo. Conclusões: Conclui‐se que a deficiência de estrogénios está relacionada com a aceleração do movimento dentário. As alterações hormonais na mulher podem condicionar o movimento ortodôntico. Estas alterações hormonais são fisiológicas, pois decorrem durante o ciclo menstrual, durante a gravidez e durante a administração de contracetivos. Assim, pretende‐se entender quais as consequências destas alterações no movimento dentário.
- Validação Portuguesa de um teste breve para rastreio da afasia (Bedside de Lenguaje)Publication . Cruz, Ana Lúcia; Santos, Maria Emília; Reis, Alexandra; Faísca, LuísIntrodução: Os instrumentos utilizados para avaliar pessoas com afasia tendem a ser extensos e exaustivos, de forma a permitir um diagnóstico e a obtenção de dados detalhados. Contudo, estas provas nem sempre são o melhor instrumento de avaliação para doentes que se encontram em fase aguda/subaguda e que não apresentam condições para colaborar numa prova complexa e demorada. Neste caso devem ser usadas provas rápidas e de fácil execução que permitam uma melhor compreensão do quadro clínico. Este tipo de instrumentos não existe no nosso país. Objetivo: Tradução e validação de uma prova de rastreio de afasia para a população portuguesa, a Bedside de Lenguaje (BL; Sabe et al., 2008), instrumento que poderá ser utilizado por qualquer profissional de saúde. Metodologia: O estudo foi realizado com uma amostra de 112 participantes, dos quais 61com afasia resultante de AVC no hemisfério esquerdo e 51 sem defeito afásico, com disartria resultante de AVC no hemisfério direito. Todos os doentes foram avaliados com a BL e com uma bateria de avaliação formal da afasia, com o objectivo de estabelecer a validade convergente entre as duas provas. Resultados e conclusões: Foram constatadas diferenças nos valores da BL entre o grupo com afasia e o grupo sem afasia, sendo que este último grupo apresentava resultados significativamente superiores, uma vez que não possuía patologia de linguagem. Os resultados obtidos revelaram uma boa validade convergente entre os valores da BL e a gravidade da afasia, medida através do Quociente de Afasia. Além disso, a prova revelou uma boa fiabilidade e exatidão de medida, e ainda valores de sensibilidade e especificidade favoráveis, apresentando-se desta forma como um instrumento que poderá ser útil no rastreio da afasia, especialmente em fase aguda após lesão cerebral.
