Browsing by Author "Ramos, Carlos Filipe Meira"
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- Estratégia e sistemas de controlo de gestão : o papel central do orçamento no caso Cerealis – Produtos Alimentares S.A.Publication . Ramos, Carlos Filipe Meira; Soares, Miguel Alberto ReisO orçamento é apontado como a ferramenta de gestão central nos sistemas de controlo de gestão vigentes nas organizações. No entanto, tem sido alvo de muitas críticas, tanto na literatura como por gestores, levando as organizações a adotarem melhorias nos seus processos tradicionais ou até mesmo optar por reformular por completo os seus modelos de gestão, promovendo o seu abandono. Ainda assim, estudos revelam que o orçamento continua a ser a ferramenta predominante nas organizações e estas não tencionam abandoná-lo. Esta dissertação assenta num estudo empírico na empresa Cerealis - Produtos Alimentares, S.A., empresa portuguesa de grande dimensão do setor agroalimentar, cujo modelo de controlo de gestão assenta num Plano Estratégico, suportado por Orçamentos anuais e complementado com Forecasts trimestrais. Este estudo tem como propósitos principais verificar os motivos pelos quais persiste a utilização do orçamento, verificar a veracidade das críticas existentes em seu torno em contexto real e se estas são mitigadas através das melhorias apresentadas na literatura. Neste sentido, visando responder às questões de investigação, foram analisados documentos internos e realizadas 8 entrevistas presenciais com Diretores e elementos de vários departamentos intervenientes no processo de planeamento e controlo orçamental, tendo por base uma listagem de funções e limitações do orçamento sugeridas por vários autores. As conclusões do estudo estão em concordância com a literatura pois revela que a empresa tem vindo a melhorar os seus processos, contrariando os principais problemas e limitações do exercício orçamental apontados na literatura, nomeadamente, com o enquadramento do orçamento anual num plano estratégico que reflete os objetivos de longo prazo, através da introdução de metas relativas no modelo de avaliação e realização de Forecasts trimestrais ao longo do ano, contribuindo assim para um melhor alinhamento organizacional, alocação de recursos mais flexível e capacidade de resposta mais célere. Porém, denota-se um excessivo foco financeiro e uma estrutura de controlo vertical hierárquica, característico de uma gestão orçamental tradicional. Por outro lado, o negócio tem características de alguma “estabilidade”, pelo que o modelo parece estar adequado ao ramo de atividade. Conclui-se que estes últimos fatores evidenciados são o que motivam o uso do orçamento na empresa. Este estudo contribui para a literatura ao explorar as razões pelas quais o orçamento continua a ser a ferramenta predominante nos modelos de controlo de gestão nas organizações, apesar das críticas que lhe são dirigidas. Adicionalmente, revela que a melhoria dos processos orçamentais, através de metodologias alternativas e complementares, é suficiente para mitigar essas limitações, nomeadamente de planeamento e controlo.