Browsing by Author "Pinto, Maria Irene da Silva Barros da Rocha"
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- Crianças adotadas : percurso desenvolvimental nos contextos de família, escola e comunidadePublication . Pinto, Maria Irene da Silva Barros da Rocha; Ponte, Filomena Ermida Costa Figueiredo Branco daEste trabalho tem como objetivo desmistificar a perceção negativa sobre a adoção tardia. É apresentada a prática profissional junto de crianças e jovens, enquanto docente de Educação Moral Religiosa e Católica, o investimento na formação, e a experiência de trabalho ao longo de dezoito anos. Entre as várias problemáticas acompanhadas, destacase o contacto com crianças institucionalizadas e adotadas, sobre as quais é dedicada particular atenção. Ao longo deste trabalho, em que participaram uma fratria de três irmãs biológicas e a mãe adotiva, vamos percecionar os desafios que a adoção fez despontar no seio familiar e como se adaptaram a esta nova realidade sem uma preparação prévia, tanto a nível psicológico e emocional, como ao nível da gestão de todas as situações novas que passaram a surgir diariamente. Veremos também como se integraram à uma nova realidade, bem diferente da que tinham até integrar uma nova família, nomeadamente, como foi a adaptação à família nuclear e que relações estabeleceram com a família alargada, bem como as mudanças que decorreram no seu percurso escolar. As famílias adotivas têm características e tarefas específicas que implicam relacionarem-se quer com o período anterior à adoção (decisão, espera, vivências e transição para a parentalidade/filiação), quer com o período posterior (integração, adaptação, comunicação e a criação de vínculos), sendo que a adoção de crianças mais velhas reveste-se ainda de características mais específicas e requer desafios adicionais. Veremos que, com todos os desafios, angústias e dúvidas ao longo do processo, atualmente considera-se que as crianças, agora jovens, se encontram bem-adaptadas. Os dados recolhidos sugerem pistas importantes para o sucesso da adoção de fratrias em idade tardia e vêm revelar que os desafios adjacentes podem ser ultrapassados quando a família adotiva tem como objetivo o bem-estar da criança que deve ser entendido, como define (Kickbusch, 2012)1 , pela realização do potencial da pessoa por intermédio do desenvolvimento das dimensões física, emocional, mental e espiritual.