Browsing by Author "Peixoto, Maria Sofia de Oliveira Martins"
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- Segurança do medicamento em estruturas residenciais para pessoas idosas : participação do enfermeiro na monitorização terapêuticaPublication . Peixoto, Maria Sofia de Oliveira Martins; Almeida, Armando Manuel Gonçalves; Caramelo, Ana Cristina Lima MimosoIntrodução: Pretende-se descrever a problemática do consumo de medicamentos inapropriados em estruturas residenciais para pessoas idosas, bem como, conhecer a participação do enfermeiro e as barreiras à sua intervenção, na monitorização terapêutica, no processo de gestão da medicação nestas unidades. Metodologia: Estudo exploratório, descritivo, correlacional e transversal. Analisaram-se as listas farmacoterapêuticas presentes numa amostra de processos clínicos, de três estruturas residenciais, escolhidas por conveniência, em três regiões diferentes de Portugal; aplicou-se um questionário a todos os enfermeiros que exerciam funções nessas instituições. Resultados: Selecionaram-se aleatoriamente 33 processos clínicos. Os residentes estão polimedicados (97%), tendo, em média, cerca de 11 fármacos prescritos. Segundo os Critérios de Beers de 2015, operacionalizados para Portugal, todos os processos contêm medicamentos potencialmente inapropriados, sendo em média 4,79±2,03, por residente. Os ansiolíticos (17,72%), os antidepressivos (17,72%) e os antipsicóticos (15,82%) englobam as principais prescrições inadequadas. A revisão da medicação, usando os critérios de Beers, induz uma poupança média mensal de 9,60 euros, por residente. A polimedicação (r=0,677; p<0,01) e a despesa mensal em medicamentos (r=0,505; p=0,003) correlacionam-se positivamente com o uso de medicamentos inapropriados. Todos os enfermeiros demonstram-se sensíveis para a importância da monitorização e vigilância farmacoterapêutica, por forma a preservar um ambiente seguro, embora apenas dois exerçam em locais onde essa prática está implementada. O acréscimo da carga de trabalho, a falta de tempo e a incerteza da relação causal entre o medicamento e a reação adversa são as principais barreiras elencadas para a condução deste procedimento. Conclusões: A qualidade e a segurança dos cuidados, na gestão do medicamento, nas estruturas residenciais para idosos, poderão ser incrementadas com a otimização e a redução de fármacos inapropriados e a sistematização da monitorização farmacológica. O enfermeiro, com a equipa multidisciplinar, deve assegurar a avaliação periódica do regime medicamentoso dos residentes, no sentido de garantir a eficiência e a segurança do medicamento.