Browsing by Author "Marques, Ana Isabel Branco"
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- Linguagem oral, leitura e escrita em crianças em idade escolar nascidas de pré-termoPublication . Marques, Ana Isabel Branco; Santos, Maria Emília Pinto dosOs últimos estudos demográficos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística demonstram um decréscimo de nascimentos de nadosvivos e, paralelamente, um acréscimo de nadosvivos de baixo peso (inferior a 2500 gramas) e de prematuros (menos de 37 semanas de gestação), representando 9% e 8% respetivamente dos nascimentos em Portugal. O nascimento prematuro e o baixo peso ao nascer são tidos como fatores de grande importância para o desenvolvimento da criança, nomeadamente no que respeita à aquisição e desenvolvimento da sua linguagem oral e, consequentemente, ao seu sucesso na aprendizagem da leitura e da escrita. O atual interesse da investigação por esta população incide, especialmente, sobre as crianças nascidas de prétermo (PT) sem intercorrências no período pósnatal, dada a evidência de que possam vir a apresentar perturbações específicas no seu desenvolvimento. Estas crianças, por não apresentarem fatores de risco major, não são inseridas nos protocolos de vigilância dos recémnascidos de risco relativamente ao seu neurodesenvolvimento. Com o presente trabalho de investigação, realizado na Região Autónoma da Madeira, pretendese analisar a influência da idade gestacional e do peso ao nascer no desenvolvimento da linguagem oral e escrita, em crianças de idade escolar nascidas de prétermo entre as 26 e as 36 semanas de idade gestacional e sem intercorrências graves no período pósnatal. Para tal, foram realizados três estudos distintos, com um grupo de 27 crianças nascidas PT e um grupo emparelhado de 49 crianças nascidas de termo, entre os 7 e os 10 anos, incidindo sobre: (1) a linguagem oral, (2) a leitura e (3) a escrita. Os resultados mostraram que a idade gestacional e o peso ao nascer são variáveis que se correlacionam com o desempenho linguístico, pois observouse que as crianças PT apresentavam um perfil linguístico atípico, mesmo em caso de prematuridade moderada a tardia. Como resultado desta análise, defendese uma vigilância do desenvolvimento linguístico destas crianças, através de protocolos de avaliação, da orientação a educado res e professores e também a profissionais de saúde, sobre a importância da identificação precoce das perturbações de linguagem, no sentido de intervir atempadamente com vista a um desenvolvimento mais equilibrado prevenindo, assim, problemas futuros, como dificuldades no desenvolvimento da linguagem escrita e insucesso escolar.