Browsing by Author "Lagatta, Paolo"
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- A questão da forma na estética teológica de Hans Urs Von Balthasar e a sua receção eclesiológicaPublication . Lagatta, Paolo; Martins, António Manuel AlvesQueremos apresentar, a partir do conceito chave “forma”, a estética teológica de Hans Urs Von Balthasar e a sua configuração eclesiológica. Ponto de partida será a compreensão dos transcendentais do Ser que, em sentido analógico, são considerados como manifestação do Ser Absoluto de Deus. A partir do “belo”, Balthasar encontra o ponto chave para exprimir a manifestação do Amor de Deus; o que é contemplado como tal torna-se objeto do único amor. Balthasar utiliza o termo Ästhetik como a faculdade de perceção dos sentidos, e acrescenta-lhe uma nuance teológica: é a ciência da perceção da Glória de Deus que se revela em Cristo e que o homem pode contemplar. Com a teoria de “perceção” e do “êxtase”, Balthasar descreve o modo de participação na Revelação de Deus. Ora, sendo que tudo aquilo que se manifesta tem essencialmente um carater formal, será no conceito Gestalt (forma) que encontramos tal possibilidade. Assim como Gestalt o belo não só pode ser apreendido materialmente, mas remete para a estrutura própria e concreta do ser, sendo dotado duma unidade que “informa”. Em Jesus Cristo, a Gestalt encontra o seu carater máximo de expressão. Com a analogia entis, Balthasar encontra não apenas uma formulação clássica usada na teologia para salvaguardar a transcendência absoluta de Deus com a criatura, mas o ponto chave para exprimir o universal concreto de Jesus de Nazaré, no seu “existir de uma vez por todas”; a ontologia será submetida à teologia. Será a partir desta formulação cristológica da analogia que se garante a passagem para a visão da eclesiologia, onde a estética encontra a sua capacidade de expressão. Primeiro na forma da Igreja, entendida como expansão, comunicação e participação da personalidade de Cristo; depois em Maria, a forma da Igreja por excelência, capaz de se apresentar como arquétipo não só para a vida dos crentes, mas para a realidade institucional e hierárquica da Igreja; finalmente na forma de todos os sacramentos, como determinações da Forma Originária da Revelação.