Browsing by Author "Augusto, Margarida"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Antidiabéticos orais e internamentos atribuíveis à diabetes em PortugalPublication . Gouveia, Miguel; Laires, Pedro; Borges, Margarida; Augusto, Margarida; Martins, Ana PaulaIntrodução: O crescimento da despesa com antidiabéticos orais tem levado a preocupações questionando os ganhos de saúde e vantagens para o sistema de saúde gerados por esses medicamentos. Este estudo contribui para responder a estas questões.Material e Métodos: Numa primeira fase apresentam-se estimativas das três variáveis centrais a utilizar na análise: 1) a prevalência tratada da diabetes por ano e por região de saúde baseadas nos consumos de antidiabéticos orais, 2) o número de episódios de internamento hospitalar atribuíveis à diabetes com base nos riscos relativos das várias patologias e os seus custos e 3) uma caracterização quantitativa dos antidiabéticos orais consumidos através do cálculo da sua vintage média. Através do uso de observações para 10anos e cinco regiões, perfazendo um total de 50 observações, foi possível estimar um modelo econométrico explicando estatisticamente os internamentos e os custos hospitalares atribuíveis à diabetes por características regionais, pela prevalência tratada e pelavintage média dos antidiabéticos orais. Resultados: Os resultados dos modelos de regressão múltipla mostram que as despesas hospitalares são proporcionais à prevalência tratada, tudo o mais constante mas que quanto mais recente for a vintage dos antidiabéticos orais usados menores são os custos hospitalares. Os efeitos para o número de internamentos são similares. Discussão e Conclusões: Para uma observação média na amostra, se a vintage média dos antidiabéticos orais fosse um ano superior então os custos hospitalares seriam 5,3% inferiores (cerca de € 11 milhões em 2009) e o número de internamentos seria 3,8% menor (cerca de menos 3965 episódios em 2009). Um exercício contra factual permite estimar que para o ano de 2009 a introdução da classe dos inibidores de DPP IV permitiu reduzir o número de internamentos atribuíveis à diabetes em 8480 e com isso poupar €23,3 milhões em custos hospitalares.
- Carga e custo da fibrilhação auricular em PortugalPublication . Gouveia, Miguel; Costa, João; Alarcão, Joana; Augusto, Margarida; Caldeira, Daniel; Pinheiro, Luís; Carneiro, António Vaz; Borges, MargaridaIntrodução e objetivos: A fibrilhação auricular é a disritmia persistente mais prevalente. Pretendemos estimar a carga e custos da doenc¸a atribuíveis à fibrilhac¸ão auricular em Portugal com base nas estatísticas demográficas e de saúde. Métodos: Utilizou-se informação sobre mortalidade por causa da OMS-Europa. Dados hospitalares foram provenientes da base de dados dos GDH. A carga da doença foi medida pelos DALY (disability-adjusted life years) ou anos de vida perdidos ajustados por incapacidade, uma métrica adotada pela Organização Mundial de Saúde. Os custos incluíram os consumos de recursos e as perdas de produtividade. A carga e os custos da doença estimados são os atribuíveis àfibrilhac¸ão auricular e à sua principal complicac¸ão, o acidente vascular cerebral isquémico.Resultados: Em Portugal, no ano 2010, podem atribuir-se à fibrilhação auricular 4070 mortes correspondendo a 3,8% do total das mortes ocorridas. A carga da doença atribuível à fibrilhação auricular foi estimada em 23.084 DALY: 10.521 decorrentes das mortes prematuras (1,7% dosDALY por morte em Portugal em 2010) e 12 563 devidos à incapacidade gerada pela morbilidade. O total estimado de custos diretos para o sistema de saúde a prec¸os de 2013 atribuíveis à fibrilhação auricular foi de 115 MD(milhões de euros): 34 MD em internamento e 81 MD em ambulatório. Os custos indiretos gerados pela produção perdida devidos à incapacidade causadapela doenc¸a foram estimados em 25 MD. Conclusões: A fibrilhação auricular tem um importante impacto social em Portugal devido à mortalidade e morbilidade geradas, podendo-se-lhe atribuir em 2013 um custo total de 140 MD,cerca de 0,08% do produto interno bruto.
- Custos indirectos da dor crónica em PortugalPublication . Gouveia, Miguel; Augusto, MargaridaNeste trabalho estimam-se os custos indirectos da dor crónica nas costas (lombalgia)e articulações seguindo a metodologia do capital humano. Mais especificamente são estimadas as perdas de produção por redução do emprego e acréscimo do absentismodevidos à dor crónica em Portugal Continental. A análise é feita do ponto de vista dasociedade, considerando a prevalência da dor crónica, numa abordagem bottom-up. Os dados sociodemográficos utilizados provêm do 4º Inquérito Nacional de Saúde, de 2005/2006, epara estimar a produtividade recorreu-se à base de dados salariais “Quadros do Pessoal”, usando-se estimativas dos custos salariais médios por sexo e grupos etários para 2010. O conhecimento dos custos indirectos da dor crónica é um passo relevante no desenvolvimento e consolidação de estratégias de prevenção e tratamento eficientes paramitigar as consequências da dor crónica na saúde e bem-estar dos portugueses. Os custosindirectos da dor crónica nas costas e articulações estimados para Portugal Continental, usando custos salariais de 2010, ascendem aos € 738,85 milhões, sendo € 280,95 milhões devidos ao absentismo gerado pela incapacidade de curto prazo e € 458,90 milhões devidosà redução do volume de emprego por reformas antecipadas e outras formas de não participação no mercado de trabalho.