Departamento de Economia, Gestão e Ciências Sociais
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Browsing Departamento de Economia, Gestão e Ciências Sociais by advisor "Baptista, José Afonso"
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- Autoavaliação : um processo de melhoria das escolasPublication . Machado, Carminda dos Santos Monteiro; Baptista, José Afonso; Alaíz, VítorO presente relatório constitui a descrição de um percurso profissional de vinte e sete anos que atravessou várias escolas e distintos locais. A reflexão sobre esse percurso suscitou o aprofundamento de uma temática: a autoavaliação das escolas. A avaliação das escolas tem constituído nas últimas décadas, um tema de destaque nos sistemas educativos ocidentais e, por assim dizer, também no sistema educativo português. Entre nós, a Lei nº31/2002, de 20 de dezembro, aprova o sistema de avaliação da educação do ensino não superior. Esta lei foi um passo importante para o desenvolvimento de uma cultura de avaliação das escolas, onde é realçada a obrigatoriedade da autoavaliação. A autoavaliação constitui para muitos estudiosos a forma mais realista de a escola se ver a si mesma. É um processo moroso e que envolve representantes de toda a comunidade educativa. Nesta perspetiva de avaliar a escola, elaboramos este trabalho, que pretende mostrar como a autoavaliação, se bem aplicada, pode ajudar as escolas a atingir o sucesso educativo, com a qualidade que cada vez mais as sociedades exigem. A autoavaliação contribui, assim, para melhorar a eficácia da escola. De acordo com os defensores do processo de autoavaliação, nomeadamente Alaíz et al e MacBeath et al, e também de acordo com as experiências vivenciadas enquanto membro da equipa de autoavaliação no Agrupamento de Escolas de Pinhel, deixamos um modelo pronto a aplicar. Fazemos igualmente salientar, ao longo das páginas que se seguem, o que se tem feito nas escolas ao nível da autoavaliação, apresentando diferenças e semelhanças na maneira como o processo tem sido aplicado. Destas diferenças e semelhanças advertimos haver vantagens e “efeitos colaterais” na aplicação da autoavaliação se não houver apoio às escolas, dos órgãos competentes. Entendemos, pois, que profissionais bem formados na área da autoavaliação e com os recursos necessários são mais eficientes na aplicação de qualquer modelo de autoavaliação. Acreditamos que este seja o caminho a seguir para ultrapassar as dificuldades apresentadas nos atuais sistemas de ensino.
- Avaliação de desempenho docente : uma experiência, uma visãoPublication . Gonçalves, Maria Emília Ramos; Baptista, José AfonsoRefletir 25 anos de vida profissional como docente do 2º Ciclo do Ensino Básico nas áreas disciplinares de Educação Visual e Educação Visual e Tecnológica significa trazer à luz alguns aspetos, situações e momentos que ocorreram durante esse tempo. Muita coisa acaba por ficar na sombra: o esforço investido, o entusiasmo e alegria que deram alma às diversas tare-fas/atividades que desenvolvi, o gosto e o prazer pela atividade docente e pelos cargos que desempenhei, o tempo que “consumi” na relação pessoal com cada um que fui encontrando e com quem tantas vezes partilhei fracassos e pequenas vitórias do dia a dia, não são totalmente (nem tão pouco) transmitidos ao papel. Procurando situar-me num espaço temporal mais marcante da minha carreira profissio-nal, diria que esse marco remonta a 2000/2001, ano em que realizei um curso de Orientação Educativa na modalidade de especialização pós-licenciatura na Universidade Católica de Viseu e que me permitiu um bom grau de conhecimentos da evolução das políticas educativas do nos-so sistema de ensino, que a licenciatura não me havia proporcionado. Os cargos desempenhados após esta formação como Coordenadora dos Diretores de Turma, Vice – Presidente do Conselho Executivo, Coordenadora de Departamento, represen-tante da Assembleia do Agrupamento, Vice-Presidente do Conselho Geral Transitório, membro da Comissão Coordenadora de Avaliação de Docentes e Avaliadora/Relatora contribuíram no seu conjunto, em muito, para entrar no caminho de uma perspetiva de formação profissional ao longo da vida. O texto reporta-se aos períodos mais marcantes do meu percurso profissional e à insta-bilidade vivida nas escolas aquando da alteração ao modelo de avaliação de desempenho docente com a revisão do Estatuto da Carreira Docente, Decreto-Lei n.º15/2007, de 19 de Janeiro e a regulamentação do processo de avaliação pelo Decreto Regulamentar, n.º2/2008, de 10 de Janeiro e as alterações pelo Decreto-Lei n,º75/2010, de 23 de junho e sua regulamentação pelo Decreto Regulamentar n.º2/2010, de 23 de junho e ainda as alterações sofridas pelo Decre-to-Lei n.º41/2012 de 21 de fevereiro e pelo Decreto Regulamentar n.º26/2012 de 21 de fevereiro.
- Business intelligence na educaçãoPublication . Sequeira, Eduardo Carlos Torres; Baptista, José Afonso; Balhau, PedroEste início de século é marcado não só por uma sociedade em constante mudança, onde a informação é vista como uma necessidade e como um recurso, mas também, por uma das maiores e mais profundas crises económicas e financeiras de que há memória. As organizações não se podem alhear destas novas realidades, é essencial que se munam de novos instrumentos e tecnologias e se preparem para enfrentar os novos desafios que se avizinham. As Direções Regionais de Educação, Escolas e Ministério da Educação não são exceção, muitas vezes reconhecidas como “máquinas pesadas e burocráticas”, têm nos últimos anos, implementado Sistemas de Gestão Documental, esforço reconhecido e que muito tem contribuído para o aumento da sua eficácia, contudo, há ainda um longo caminho a percorrer. Urge que se implementem sistemas completos de avaliação da performance destas organizações, medindo o impacto dos seus programas, projetos e atividades na sociedade. A implementação de ferramentas de Business Intelligence (BI) e de teorias administrativas da Inteligência Competitiva (IC) podem contribuir para melhorar a tomada de decisão de toda a organização e consequentemente, o seu desempenho, criando vantagens competitivas e condições especiais para que os objetivos propostos sejam alcançados. Em Portugal, há ainda um grande distanciamento entre os modelos tradicionais de ensino e as ferramentas disponibilizadas pelas novas tecnologias. Ao longo dos últimos anos, temos assistido apenas a adaptações e pequenas mudanças… é preciso reinventar a forma de ensinar e também de aprender. O BI, poderá assim constituir-se como um poderoso aliado, dos modelos tradicionais de ensino, permitindo o acesso a relatórios online que permitem medir o progresso e desempenho de uma turma, aluno ou professor, promovendo a responsabilidade educacional e o desempenho académico. Esperamos sobretudo que a concretização deste trabalho possa contribuir para delinear um novo conceito de educação, alicerçado na medição da performance de diversas entidades e no importante papel que as novas tecnologias podem desempenhar na demanda por uma escola cada vez mais eficiente.
- Educação bilingue de alunos surdos : estudo de caso sobre as percepções dos professoresPublication . Carneiro, Maria João Coutinho Maia de Carvalho Baptista; Baptista, José Afonso; Maia, HelenaEste trabalho de investigação insere-se no âmbito do mestrado em Ciências da Educação, área de Educação Especial. É um estudo de natureza qualitativa que visa conhecer como está a ser operacionalizado o quadro legislativo em sete Escolas de Referência para o Ensino Bilingue de Alunos Surdos (EREBAS). Para esse efeito utilizámos entrevistas semi-directivas, de forma a conhecer a percepção e o grau de satisfação dos inquiridos sobre o apoio, a organização e o espírito das escolas de referência previstos no referido decreto-lei e o seu contributo para o normal desenvolvimento dos alunos surdos. Através das entrevistas, podemos concluir que os profissionais reconhecem o atual quadro legislativo como o mais favorável para a educação dos surdos, admitindo que a educação bilingue deve ser encarada, não apenas como uma necessidade para os surdos, mas também como um direito. Os docentes inquiridos partilham da importância de concentrar alunos surdos numa comunidade linguística de referência e num grupo de socialização constituído por indivíduos de diferentes idades que utilizam a LGP, tendo como base a premissa de que esta expressa a cultura da comunidade surda. Os recursos e medidas previstos no Decreto-lei 3/2008 de 7 de janeiro e implementados nas suas escolas foram considerados satisfatórios e suficientes e asseguram uma boa interacção entre a comunidade surda e a comunidade ouvinte. Para isso contribui a estabilidade do corpo docente, que foi assinalada como promotora da continuidade do trabalho desenvolvido, embora prejudicado pela colocação tardia dos formadores e intérpretes de LGP, que compromete o ínicio do ano letivo. O desenvolvimento da LGP como primeira língua tem sido difícil devido à opção contrária dos Encarregados de Educação relativamente ao modelo de educação bilingue. Contudo, as escolas organizam-se no sentido de ministrar a língua em horário letivo ou extra letivo, procurando seguir o Programa Curricular oficial para a disciplina, com um número de horas letivas semanais idêntico às definidas para a disciplina de Língua Portuguesa, ministrada na maioria dos casos como primeira língua, seguindo o programa regular para os diferentes níveis de ensino com as inevitáveis adequações curriculares. As docentes que apoiam alunos do secundário apontam como principais barreiras ao sucesso educativo dos seus alunos, a falta de formação bilingue dos profissionais ouvintes e surdos e os fracos desempenhos dos alunos em Língua Gestual e em Língua Portuguesa.
- Exames nacionais do 9º ano de matemática : concepções dos professores classificadoresPublication . Silva, Graça Marlene Seco e; Baptista, José Afonso; Alaiz, VítorA conjuntura educacional portuguesa atravessa um momento de previsível reforço da avaliação externa das aprendizagens. As investigações sobre avaliação das aprendizagens têm incidido sobretudo na avaliação interna. O estudo que adiante se apresenta foca a avaliação externa procurando descrever as concepções dos professores classificadores da disciplina de Matemática do 9º ano sobre a classificação das provas do exame nacional de Matemática, de modo a verificar a coerência com o referente conceptual e o normativo que a enquadra. Neste sentido, estabeleceu-se a seguinte questão geral de investigação: as concepções dos professores de Matemática sobre a avaliação externa das aprendizagens são, no essencial, idênticas entre si ou é possível descrever concepções significativamente diferentes? A partir desta questão, articulámos as concepções sobre o modo de ensinar Matemática com as perspectivas sobre a avaliação interna e externa das aprendizagens e, em particular, sobre os tipos de itens que compõem as provas de exame. As concepções acerca da elaboração e aplicação dos critérios de classificação dos itens das provas do exame nacional e a importância atribuída ao processo de supervisão foram alvo de especial atenção. Seguindo o paradigma qualitativo, realizámos um estudo de caso exploratório, utilizando como processos de recolha de dados entrevistas semi-estruturadas e análise documental. O tratamento dos dados recolhidos foi efectuado através da análise qualitativa de conteúdo. Este estudo evidencia a congruência entre as concepções detidas pelos professores entrevistados sobre o modo de ensinar e as modalidades de avaliação interna e externa e ainda entre as suas concepções e o respectivo modo de ensinar face à existência dessas avaliações. Os professores privilegiam itens de resposta aberta em detrimento dos de resposta curta e denotam insatisfação pelo facto de não colaborarem na elaboração dos critérios de classificação das respostas dos itens que constituem o exame. Alguns dos entrevistados revelam incomodidade pela sua participação obrigatória num trabalho (o de correcção de exames) com o qual não se identificam totalmente. A investigação conduziu a algumas recomendações de melhoria na organização do processo de classificação de exames implementado pelo GAVE, das quais salientamos a que sugere a criação de uma bolsa de professores classificadores constituindo um corpo mais estável de avaliadores especializados e mais motivados para a tarefa.
- A inclusão de crianças com paralisia cerebral no 1º ciclo do ensino regular : práticas educativas inclusivasPublication . Almeida, Cristina Fernandes Cunha; Baptista, José AfonsoO presente estudo versa a problemática da inclusão das crianças com paralisia cerebral em três escolas de 1º ciclo do ensino regular do distrito de Viseu. Procurou-se verificar se as práticas educativas dos professores de 1º ciclo, com alunos com paralisia cerebral inseridos nas suas turmas, promovem a inclusão destes alunos, isto é, se são realmente inclusivas. Os objectivos deste estudo concretizaram-se através da realização de entrevistas e da observação directa a três professoras titulares de turma com alunos com paralisia cerebral nas suas turmas e a cada professora de educação especial que as acompanham. Como resultado do estudo empírico realizado, verificou-se que nas três escolas as orientações inclusivas da Declaração de Salamanca de 1994 e do Decreto-lei 3/2008 estão a ser implementadas, as condições proporcionadas aos alunos com paralisia cerebral são inspiradas na filosofia da inclusão e os alunos com paralisia cerebral integram os três níveis de inclusão – total, moderada e limitada, propostos por Correia (2008). Verificou-se ainda, que as percepções e as práticas educativas das professoras de 1º ciclo da escola A e B, facilitam a inclusão dos seus alunos com paralisia cerebral nas suas turmas, enquanto na escola C isso já não acontece.
- Modelo TEACCH : intervenção em crianças com PEA : estudo de casoPublication . Cardoso, Nádia Catarina Ferreira; Baptista, José AfonsoPartindo da nossa experiência pessoal e profissional relacionada com a Educação Especial, este trabalho surge como uma abordagem às respostas educativas concretas face à criança portadora de Perturbação do Espectro do Autismo, no contexto educativo que frequenta. O contexto em análise foi a sala de ensino regular em articulação com a Unidade de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbação do Espectro do Autismo frequentadas pelas crianças que são objeto deste estudo, num Agrupamento de Escolas do concelho X. Para a realização deste trabalho optámos por utilizar o método de investigação qualitativa, naturalista, de tipo etnográfico, para o estudo relativo às crianças com PEA. Relativamente aos docentes e às suas perceções sobre o ensino estruturado e a Sala Teacch, optamos por uma abordagem quantitativa, com base no inquérito para recolha de dados. Alunos, professores, pais, técnicos, todos os que intervêm na educação destas crianças, foram os participantes e colaboradores nesta investigação. Sem a cooperação de todos os profissionais que trabalham com estas crianças, este estudo não teria sido possível. Inicia-se este trabalho no plano teórico com a apresentação da Perspetiva Histórica da Educação Especial; das várias perspectivas do Espectro do Autismo ao longo dos anos, procurando compreender o que é o Autismo, a sua etiologia, características, diagnósticos e diferentes modelos que podem ser implementados em crianças com Autismo. Numa segunda parte, expomos os resultados obtidos nos dois estudos de caso complementares já referidos. Pretendemos, assim, contribuir para uma mudança de atitudes no que diz respeito a toda a comunidade educativa, promovendo desta forma a inclusão da criança com Espetro de Autismo, na salas Teacch, na sala do ensino regular, bem como nos diferentes contextos escolares.
- Modelos e práticas de desenvolvimento dos professores : análise de um percursoPublication . Franco, Alda Cristina Maneca Nabais Ferreira; Baptista, José AfonsoAs sucessivas alterações de que tem sido alvo o estatuto da carreira docente e, num plano mais específico, as iniciativas políticas relativas à supervisão e à avaliação do desempenho docente, intensificaram a discussão acerca dos objetivos, dos protagonistas e dos métodos associados a esses conceitos. O desenvolvimento profissional do professor tem-se mostrado imprescindível, dadas as mudanças no currículo, nas abordagens de ensino e nas condições de trabalho, e é segundo Day (2001: 39): “ (…) o processo através do qual os docentes, sozinhos e em conjunto com os outros, revêem e valorizam o seu papel como construtores críticos do conhecimento e das competências ao longo da sua vida.” O estatuto da carreira docente tem vindo a realçar a importância das três modalidades de formação, inicial, contínua e especializada, destacando a formação especializada como aquela que deve qualificar os docentes para o desempenho de cargos, funções ou atividades educativas especializadas, conferindo um diploma ou grau académico que constitui uma habilitação profissional. A especialização dos professores surge, assim, numa tentativa de dar resposta adequada à diversificação das tarefas docentes, consequência das novas exigências da escola de massas, bem como, munir os docentes de novas competências que permitam uma atuação mais profissional e eficaz. Este trabalho teve como principal objetivo a análise da importância dos processos de supervisão pedagógica, quer na formação dos professores, quer na avaliação de desempenho docente, passando por uma reflexão, à luz dos modelos teóricos, sobre as temáticas relativas à supervisão. Ao longo de um percurso dedicado à docência e à gestão escolar penso ter adquirido uma visão privilegiada das constantes mudanças na educação, que me tem permitido assumir uma atitude colaborativa, inovadora e facilitadora do trabalho desenvolvido ao nível das diferentes estruturas da escola, por forma a melhorar a qualidade do ensino e os resultados escolares. Esta reflexão enquadra-se numa perspetiva de uma valorização profissional, uma vez que a aposta na qualificação dos recursos humanos será, naturalmente, uma mais-valia no desempenho dos diferentes atores.
- O papel do orientador de estágio na formação inicial de professores do básico e secundárioPublication . Valente, Maria Goretti Matias Coelho Pereira; Baptista, José AfonsoOs professores são fundamentais num país ou numa sociedade em constante desenvolvimento. A eles cabe uma parte importante da formação das gerações mais novas, em conjunto com as famílias. A escola é, pois, o local ideal para a realização de um conjunto de aprendizagens importantes para a integração e desenvolvimento salutar da sociedade onde estão inseridos. Ser professor é um grande desafio e acata grandes responsabilidades, por isso a formação deste profissional do ensino, quer a nível inicial ou ao logo da vida, tem vindo a ser um tema de grande reflexão e investigação. O seu contributo na formação dos jovens a nível da produção e promoção de conhecimentos científicos, experienciais, relacionais e morais torna-o um elemento imprescindível, numa sociedade em construção, capaz de promover o bem-estar físico e emocional de todos os que nela vivem. Este relatório pretende incidir na área da formação de professores do 3º ciclo e secundário, sobretudo na sua formação inicial. Dentro desta formação inicial, pretende-se dar algum realce ao período do estágio e ao papel do orientador, utilizando sempre uma linguagem simples e concreta. Tendo em conta que este momento de formação é muito importante para o professor em formação e marcante para o professor orientador, que o acolhe na escola e lhe ensina os primeiros passos da profissão, entendeu-se que o título deste estudo/reflexão deveria ser “ O papel do orientador de estágio na formação inicial de professores”. Nesta análise, sem querer retirar a importância de um conjunto de áreas e temas importantes relacionados com a profissão de professor, procurar-se-á partilhar, essencialmente, uma experiência vivenciada que concretiza algumas das teorias científicas referidas por especialistas na área da Educação. Uma breve reflexão sobre a evolução histórica da profissão (construção da docência como profissão) e as competências e funções do professor são temas que iremos também abordar porque se complementam, interligam e harmonizam o enquadramento das questões que pretendemos tratar. A aquisição de saberes de áreas diferenciadas é uma necessidade básica e imprescindível para quem tem o ensino como profissão pois estas permitem diversificar estratégias de aprendizagem e produzir mais e melhor conhecimento nos alunos. Contudo, estes saberes adquiridos tornam-se ainda mais importantes quando partilhados, discutidos e analisados com os outros, pois é uma forma de promover mais e melhor informação. Para concretizar a ideia do parágrafo anterior, um dos capítulos deste relatório apresenta o registo de um roteiro pedagógico anual - que vulgarmente se apelida de planificação - com base na experiência adquirida ao longo de alguns anos como orientadora, onde se inscrevem um conjunto de tarefas e atividades nas áreas científica, pedagógica, administrativa e relacional, e que pode servir de apoio a todos os que tiverem que desempenhar a função de orientador. Estou convicta que as reflexões efetuadas neste relatório, bem como os temas e áreas abordadas podem ser um importante contributo para um conhecimento mais objetivo, concreto e aprofundado sobre uma atividade educativa/formativa, essencial para a melhoria da qualidade do ensino: a formação de novos professores.
- Radioamadorismo escolar e o prazer de estar na escola : um estudo de casoPublication . Sousa, Paulo Cipriano Fernandes Lopes; Baptista, José AfonsoNesta dissertação estudou-se o contributo dos clubes escolares na promoção das aprendizagens, com vista ao sucesso educativo. Este estudo de caso foi levado a cabo no Agrupamento de Escolas de Gouveia e centrou-se num grupo de alunos que aí frequentam o clube de radioamadorismo. Pretendeu-se confirmar o valor acrescentado que provoca nos alunos o envolvimento nas atividades extracurriculares. O objetivo da investigação prendeuse com a análise e reflexão sobre os impactos do radioamadorismo e das atividades de radioamador no desenvolvimento pessoal dos alunos do AEG e na melhoria do seu desempenho escolar. A investigação justifica-se pela importância crescente do radioamadorismo como hobby e a sua introdução em contexto escolar, tirando partido das suas dimensões sociais e solidárias que podem vir a gerar nos alunos e restante comunidade escolar. Participaram neste estudo 47 alunos do clube, 16 professores, 5 encarregados de educação e o investigador como observador participante. Esta dissertação inicia-se com uma abordagem teórica sobre as atividades extracurriculares e os clubes escolares. Traça-se um enquadramento do que é o radioamadorismo, quer como hobby, quer na sua vertente escolar como auxiliar do desenvolvimento de competências académicas. Conta-se a história do clube de comunicações do AEG desde o seu início até ao momento presente. Numa segunda parte, procede-se ao enquadramento metodológico deste trabalho num estudo de caso e procede-se à análise e interpretação de dados através das observações do investigador insider, de depoimentos de alunos que já passaram pelo clube, de inquéritos por questionário a alunos do clube e a professores ligados a esses alunos e de entrevistas a encarregados de educação de alunos do clube. Foram analisados dados referentes às atividades do clube, ao prazer em estar na escola e às dinâmicas de inclusão, às competências pessoais, às transversais, ao desempenho escolar, à cultura geral, às taxas de abandono e aos resultados escolares. Este estudo demonstrou o elevado valor acrescentado que encerram as atividades extracurriculares e a educação não formal. Conclui-se que os clubes são uma peça importante nas opções curriculares dos alunos, pois oferecem-lhes motivação extra para além do seu currículo obrigatório. Confirma-se o importante papel que um clube temático de radioamadorismo escolar desempenha num agrupamento de escolas.