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A descolonização percebida a partir do feminino nos anos 50 e 60 do século XX: a realidade portuguesa e as congregações femininas enquanto instância de análise

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Houve nas décadas 50 e 60 um incremento da presença das congregações femininas nas colónias portuguesas, mas também de outras formas, considerado à época, de «trabalho feminino»: professorado primário, enfermagem e assistência social. Todavia se «a educação das mulheres e das meninas», a formação no trabalho associado à maternidade, o aprender de procedimentos domésticos e a instrução de modos para cuidar do homem (o marido e os filhos – ser mãe) constituíam a justificação dessa presença dessas congregações femininas. Estes institutos foram marcantes de uma determinada metodologia missionária, fazendo emergir um distanciamento progressivo da mulher das matrizes tradicionais, de mutação dessas populações ultramarinas, acompanhado por uma educação religiosa que pretendia introduzir «novos valores». Não só as instituições femininas religiosas foram marcadas pela perspetiva de uma ação associada à «portugalização» das populações africanas autóctones, outras formas de organização socioprofissional feminina se desenvolveram em contexto colonial. Existindo iniciativas também das «mulheres brancas» nesses territórios, contudo, correntemente, a modalidade relacional situava-se nas conexos patroa-criada. As missões estabeleceram outros horizontes, com níveis de diferenciação, não só saber como cozinhar ou costurar, mas atividades de puericultura, de enfermagem, de escolarização. Estas facetas, mesmo com todas ambiguidades e sofrimentos do colonialismo, forneceram instrumentos de modelação e de mutação da condição feminina africana, mesmo se persistindo a dependência e a subordinação ao homem (marido, filhos, patrão ou padre). Não foram irrelevantes a formação em professorado, em enfermagem e em assistência socias que também se implementavam nessa época e que acrescentaram novos horizonte à vida consagrada. Similar a este percurso, ainda que com caraterísticas específicas, importa sublinhar o papel desempenhado pelas esposas dos pastores de outras confissões cristãs. Estas presenças e este processo suscitaram também novas sensibilidades em relação ao trabalho da mulher e permitiram estabelecer outras formas de protagonismo».

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Social work Portuguese colonies in Africa Decolonisation Women's history Women's religious congregations

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