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- Manifestações orais do tratamento oncológico : estudo observacional numa população hospitalarPublication . Moreira, Ana Catarina Garrido; Mendes, Rui Amaral; Lopes, Tinoco TorresIntrodução: A incidência do cancro tem aumentado substancialmente no último século, e o seu tratamento acarreta vários efeitos secundários. A nível oral podemos observar mucosite, alterações das glândulas salivares, disfagia, disgueusia, cáries rampantes, hemorragias provocadas por discrasias sanguíneas, osteorradionecrose e osteoquimionecrose. Assim, é importante que o médico dentista esteja familiarizado com estas manifestações orais de forma a conseguir proporcionar melhor qualidade de vida aos doentes oncológicos. Objectivos: Avaliar as manifestações orais do tratamento oncológico, de forma a elaborar um protocolo de actuação que permita minimizar e tratar potenciais complicações associadas a este tipo de terapia. Materiais e Métodos: Foi feita observação e aplicação de questionários aos doentes submetidos a quimioterapia no Hospital de Dia do Hospital de S.Teotónio - Viseu, entre Abril e Maio de 2012. Determinou-se a frequência do tipo de tumor, do estadio tumoral, dos esquemas terapêuticos, das manifestações orais, bem como do acompanhamento e aconselhamento oral, relacionando-se todas estas variáveis. Para o tratamento estatístico da informação recolhida utilizaram-se o teste exacto de Fisher e a matriz de correlação. Resultados: Obteve-se uma amostra de 30 pacientes. Metade da nossa amostra – 50% (n=15) – foi diagnosticada em estadio cancerígeno IV, de acordo com a classificação TNM. O tumor mais frequente foi o colo-rectal, afectando 63,3% (n=19). Portanto, os esquemas terapêuticos mais frequentes foram o Folfox – 40% (n=12) – e o Folfiri – 20% (n=6), ambos administrados para este tipo tumoral. Por paciente, em média, são observadas 1,87 (±1,22) manifestações orais, sendo a xerostomia a mais frequente, seguida da mucosite oral. Da amostra em estudo, 30% (n=9) teve acompanhamento da saúde oral, contudo apenas 4 doentes (13,3%) foram aconselhados a visitar o seu médico dentista. Conclusão: O acompanhamento pelo médico dentista antes, durante e após o tratamento oncológico é de extrema importância para minimizar os seus efeitos colaterais. Por isso, o médico dentista deve fazer parte integrante da equipa oncológica desde o planeamento do tratamento, de forma a prevenir e tratar qualquer manifestação oral, melhorando a qualidade de vida do doente oncológico.