Browsing by Author "Sousa, Daniela Moreira Sousa"
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- Sedação paliativa : uma revisão scopingPublication . Sousa, Daniela Moreira Sousa; Capelas, Manuel LuísIntrodução: Em fim de vida existem sintomas para os quais os tratamentos com base na evidência científica não são eficazes apesar de esforços intensos. A sedação paliativa surge como opção terapêutica que permite aliviar o sofrimento refratário. Ao longo dos últimos anos têm surgido protocolos e recomendações, que diferem em vários aspetos; o que desencadeia práticas distintas de sedação paliativa. Para que se possam uniformizar práticas, é essencial perceber o conhecimento existente sobre sedação paliativa. Objetivo: Mapear o conhecimento existente sobre sedação paliativa, nomeadamente: definição de sedação paliativa, definição de sintomas refratários, indicações para sedação paliativa, métodos de sedação paliativa, fármacos e dosagem usados, cuidados e monitorização ao doente. Metodologia: Foi desenvolvida uma revisão scoping e realizada uma pesquisa da literatura nas bases de dados PubMed, CINHAL, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, e Medic Latina. O processo de seleção por título e resumo e, depois, por texto completo, foi realizado por 2 revisores independentes. A qualidade dos artigos foi avaliada. Resultados: De um total de 4359 artigos, 58 foram incluídos na revisão, na sua maioria cross-sectional studies (37,9%) e revisões sistemáticas da literatura (22,4%). A definição de sedação paliativa deve referir a redução do estado de consciência, o recurso a fármacos sedativos e a presença de sintomas refratários. Para definir um sintoma refratário, os tratamentos disponíveis são considerados como: incapazes de proporcionar o alívio adequado, terem risco-benefício não é aceitável, ou serem improváveis de proporcionar alívio em tempo útil. Os sintomas refratários relatados com maior frequência são: delirium, dispneia, dor e sofrimento existencial. Maioritariamente, a sedação paliativa pode ser classificada como superficial ou profunda, e como intermitente ou contínua. O midazolam é o fármaco mais utilizado para sedação paliativa, sendo que a levomepromazina, a cloropromazina, o propofol e o fenobarbital são também alguns dos fármacos referidos. A sedação paliativa implica monitorização frequente da severidade dos sintomas e do nível de sedação. Deve haver sempre registo clínico do objetivo da sedação paliativa, da sua profundidade e nível, bem como dos fármacos e doses instituídos. Dependendo do prognóstico, alguns autores consideram ainda pertinente a avaliação de sinais vitais. Conclusões: Existem algumas divergências sobre os conceitos e práticas de sedação paliativa. O desenvolvimento de nova investigação e diretrizes comuns por várias instituições e especialistas é necessário para que se estabeleçam padrões consensuais e consequentemente melhoria da prática de sedação paliativa.