Browsing by Author "Silva, Joana Filipa Refacho da"
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- A trajetória da memória de trabalho em crianças entre os 5 e 6 anosPublication . Silva, Joana Filipa Refacho da; Rato, Joana Maria RodriguesIntrodução: A trajetória de desenvolvimento da memória de trabalho na população préescolar portuguesa tem sido um tema de discussão científica com relevância na compreensão do desenvolvimento cognitivo. A caraterização da trajetória intra-individual da memória de trabalho em diferentes domínios verbais e não verbais não foi ainda investigado na população portuguesa pré-escolar. Metodologia: Foram recrutadas 54 crianças entre os 5 e os 6 anos (M = 5.64; DP = 0.29), incluindo 26 participantes do sexo masculino e 28 participantes do sexo feminino de um agrupamento de escolas no distrito de Setúbal. O protoloco de avaliação é constituído por quatro medidas de memória de trabalho, nomeadamente, memória fonológica e memória visuo-espacial (respetivamente, NotThis e MrAnt da Early Years Toolbox), memória de dígitos (adaptada da WISC-III) e memória narrativa (NEPSY-II). Estes instrumentos foram aplicados em dois momentos distintos no tempo, com um intervalo de 6 meses. Resultados: Encontraram-se diferenças no padrão de desenvolvimento intra-individual da memória de trabalho, mas sem diferenças estatisticamente significativas entre sexos quanto à progressão da performance ao longo do tempo. Observou-se uma progressão significativa nas tarefas de Memória Narrativa, Memória de Dígitos em sentido direto e na tarefa NotThis. No entanto, a performance em tarefas com menor peso verbal, como o Mr.Ant e a memória de dígitos em sentido inverso, permaneceram constantes, não apresentando uma progressão significativa ao longo do período analisado. Conclusão: O presente estudo representa a primeira análise da trajetória intra-individual da população portuguesa pré-escolar quanto a diferentes tipos de memória de trabalho. Do ponto de vista educativo e clínico, os resultados obtidos poderão ser úteis para a compreensão do desenvolvimento típico, na medida em que os diferentes tipos de memória de trabalho podem não apresentar a mesma progressão podendo a relação estímulo-maturação cerebral, já discutida na literatura, fundamentar estas especificidades de progressão em idades pré-escolares. No entanto, considerando a falta de valores normativos para a população portuguesa para alguns dos instrumentos usados (ex: Early Years Toolbox e NEPSY-II), são necessárias mais investigações e uma maior amostra para uma representatividade nacional destes resultados.
