Browsing by Author "Ribeiro, Arminda Augusta Oliveira"
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- O “novo” modelo organizativo dos serviços de saúde para atendimento de crianças e jovens e risco psicossocial : a perspetiva do Serviço SocialPublication . Ribeiro, Arminda Augusta Oliveira; Martins, Paula CristinaEste estudo teve por objetivo compreender as implicações da reorganização do funcionamento dos serviços de saúde prestados a crianças e jovens em risco psicossocial no papel e na prática profissional do assistente social. Foi realizado um estudo exploratório descritivo de natureza qualitativa. A recolha de dados resultou da aplicação de uma entrevista semi-estruturada a oito profissionais de Serviço Social que trabalham em unidades públicas de saúde. De acordo com os dados apurados, constatamos que os assistentes sociais têm um conhecimento mais teórico do que prático sobre a nova proposta de trabalho implementada nos serviços de saúde, uma vez que esta não se encontra em pleno funcionamento. No entanto, apresentaram uma opinião favorável de que tenderá para a uniformização de procedimentos. Os assistentes sociais vêem-se como executores de funções transversais a todas as áreas de intervenção do Serviço Social, pois estão aptos para desenvolver processos de intervenção social assentes em competências como a articulação, a negociação, a mediação e a interação intrainstitucional com os membros da equipa e os sujeitos da ação e, a nível interinstitucional, com os serviços da comunidade. A operacionalização do trabalho em equipa intrainstitucional realiza-se de modo formal, através de pedido de colaboração e, na articulação interinstitucional, mediante o encaminhamento e o envio de ofício acompanhado de informação ou relatório social. É, portanto, uma prática multidisciplinar e interdisciplinar, que objetiva a prevenção primária e secundária com as entidades do mesmo nível de intervenção, sendo que, na prevenção terciária, o assistente social procede, no âmbito da articulação funcional, à sinalização para as Comissões de Proteção às Crianças e Jovens em Risco (CPCJ) e, em última instância, para os Tribunais. Com a realização desta investigação, concluímos que a nova proposta de trabalho introduzida nos serviços de saúde prestados a crianças e jovens em risco psicossocial é um processo cuja implementação ainda necessita da efetiva superação do paradigma tradicional de intervenção do Serviço Social que norteia as práticas, requerendo um modelo de intervenção em rede, no qual esta assente na articulação, na cooperação e na parceria.