Browsing by Author "Moreira, Ana Catarina de Sá"
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- Desenvolvimento de uma metodologia de avaliação aos tratamentos por evolução das úlceras diabéticasPublication . Moreira, Ana Catarina de Sá; Vardasca, Ricardo; Magalhães, CarolinaA Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica, que apresenta uma prevalência de 13,3% (na população dos 20 aos 79 anos) em Portugal, com tendência crescente. A esta doença estão associadas muitas complicações, sendo uma delas o pé diabético. Desta forma, é essencial fazer uma monotorização, avaliação de risco e aferir os tratamentos. Técnicas possíveis para fazer esta monotorização baseiam-se por exemplo na caraterização da imagem em espetro visível e de infravermelhos. A termografia por infravermelhos é uma modalidade de imagem utilizada para detetar alterações de temperatura nas úlceras diabéticas sem utilizar radiação ionizante nem pressupor qualquer contacto. A caraterização por imagem de espetro visível e utilização da ferramenta PUSH (Pressure Ulcer Scale for Healing) são também importantes métodos complementares, de imagem por espetro visível. Desta forma, a finalidade deste estudo é desenvolver uma métrica que consiga identificar a eficácia de um tratamento a úlceras diabéticas através da conjugação dos métodos: caraterização por imagem de espetro visível, escala PUSH e imagem térmica. A metodologia utilizada baseou-se na aquisição de imagens térmicas por infravermelhos e de espetro visível conjugada com o resultado da escala PUSH das úlceras diabéticas de pacientes do CHUP (Centro Hospital e Universitário do Porto) e posterior tratamento das mesmas. Mais especificamente, recolheu-se informação sobre a área, percentagem de tecidos (saudável, não saudável, infetado e necrótico) e diferença de temperatura nas úlceras diabéticas. Os resultados obtidos permitiram verificar a eficácia dos tratamentos para cada tipo de caraterização. Sendo que o tratamento mais eficaz pela caraterização termográfica é o “Antibiótico”, o menos eficaz na diminuição da área da úlcera diabética é “Pressão”, o menos eficaz na infeção é o “Gel Plaquetário” e no controlo do tecido necrótico são o “Curativo” e o “Cronocol”. Relativamente à escala PUSH, que permitiu avaliar de forma geral os tratamentos concluiu-se que os tratamentos menos eficazes são “Gel Plaquetário”, “Curativo”, “Octicet” e “Antibiótico”. Em suma, o tratamento que se mostrou mais eficaz, numa abordagem geral dos três métodos foi o “Inadine”. As correlações apresentadas nos resultados permitiram também concluir que a área é efetivamente um parâmetro que se correlaciona com a diferença de temperatura, uma vez que se verificou um rho = 0,39. Denota-se por fim, que, em alguns casos dever-se-ia fazer mais do que um tratamento ou tratamentos complementares de forma a não só atuar na cicatrização como também no tipo de tecido predominante na úlcera diabética.