Browsing by Author "Martins, Ana Rita Caldas"
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- Desenvolvimento de modelos 3D de cancro da mama para avaliação de agentes anticancerígenosPublication . Martins, Ana Rita Caldas; Rodrigues, Lígia Raquel MaronaA cultura bidimensional (2D) de células cancerígenas in vitro não representa fidedignamente a arquitetura tridimensional (3D), a heterogeneidade e a complexidade dos tumores humanos. Nesse sentido, são necessários modelos mais representativos, ou seja, modelos que reflitam melhor os principais aspetos da biologia tumoral. Esses são estudos essenciais de biologia e imunologia do cancro, bem como para validação de alvos e descoberta de medicamentos. Os sistemas de cultura de células tridimensionais (3D) têm vindo a ganhar um interesse crescente para a descoberta de novas drogas e engenharia de tecidos tendo em conta as suas vantagens evidentes no fornecimento de informações fisiologicamente mais relevantes e dados mais preditivos para testes in vivo. Nesta dissertação discutem-se as características dos sistemas de cultura de células 3D em comparação com a cultura 2D. Abordam-se também as principais tecnologias de cultura de células 3D e o seu impacto na descoberta de drogas, incluindo a formação de esferóides usando diferentes técnicas. Os esferóides são o resultado do crescimento e agregação de um ou mais tipos de células em cultura 3D. Em geral, os esferóides retêm as características das células iniciais, mas assumem uma forma esférica. Este trabalho consiste num processo de implementação e otimização de um protocolo para a formação de esferóides de células MDA-MB-231, que é uma linha celular de cancro de mama triplo-negativo (CMTN), através da técnica de cultura de sobreposição líquida que inclui placas com fundo em U e o uso de agarose como substrato. A resposta das células MDA-MB-231 à Doxorrubicina (DOX) foi avaliada no modelo 3D de cultura de células, e comparada com a resposta usando o modelo de cultura em monocamada (2D). Através de uma análise quantitativa baseada na área de crescimento dos esferóides, foi possível verificar que as culturas 3D mostraram maior suscetibilidade à DOX para a concentração de 4 μg/mL, na qual observou-se uma maior redução da área do esferóide. A exposição à DOX levou a uma maior diminuição do número de células viáveis no modelo de cultura 2D comparativamente com o modelo 3D, demonstrando que apresenta uma maior resistência a agentes quimioterapêuticos. Em suma, este trabalho estuda a formação, estrutura e crescimento de esferóides, bem como a sua resistência toxicológica a fármacos em comparação com a cultura de células em modelo 2D.