Browsing by Author "Fortuna, Filipa Tavares"
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- Caraterização e avaliação da composição nutricional das refeições de três pré-escolas através da comparação com as recomendações nutricionais para crianças dos 24 aos 72 meses distrito da Ilha de Moçambique, MoçambiquePublication . Fortuna, Filipa Tavares; Santos, Artur Fernando dos; Catarino, Elisabete AraújoMoçambique apresenta das percentagens mais elevadas do mundo de malnutrição crónica (MC) em crianças menores de 5 anos e Nampula, é a província de Moçambique com maior prevalência. A MC tem um impacto negativo no desenvolvimento físico e cognitivo da criança difícil de recuperar e, em idade pré-escolar, a criança poderá já ter a sua capacidade cognitiva comprometida por carências nutricionais anteriores. O acesso à refeição escolar traz benefícios a curto e a longo prazo no sucesso das crianças, potenciando o seu desempenho cognitivo e abrindo espaço ao ensino da alimentação e da nutrição saudável. A escola impõese assim como um meio privilegiado para oferecer conhecimento e alimento. O principal objetivo da investigação foi o de estudar a existia de inadequação do conteúdo nutricional (valor energético, macronutrientes e micronutrientes) das refeições de 3 pré-escolas do distrito da Ilha de Moçambique (Centro Infantil da Ilha de Moçambique, Escolinha Pérola do Lumbo e Escolinha Filipe Magaia), através da comparação com as recomendações nutricionais para crianças dos 24 aos 72 meses de idade. Foi realizada uma avaliação nutricional às crianças e um inquérito aos seus encarregados de educação/representantes legais (EE/RL) (n=125). Procedeu-se ainda com a caraterização e avaliação da composição nutricional das refeições das 3 pré-escolas (n=25), através da comparação com as referências nutricionais para 20% e 30% das necessidades diárias. Posteriormente, foram elaboradas sugestões com o propósito de adequar o conteúdo nutricional das refeições às necessidades diagnosticadas. Constatou-se que, 29,6% das crianças manifestou ter algum tipo de malnutrição, sendo que, 24% apresentou malnutrição crónica. Aferiu-se ainda que, em média, 83,5% dos EE/RL frequentou a escola (8,1% frequentou o ensino superior), o número de pessoas por agregado foi de 6, 75,3% da amostra era islâmica, o idioma dominante em casa era o Émakua (78,23%) e 75,96% dos agregados tinha eletricidade. Relativamente à diversidade e frequência alimentar das crianças verificou-se que, 85,12% e 80,3% cumpriu com os requisitos, respetivamente. Quando foram comparadas as composições nutricionais das refeições para 20% das necessidades diárias (uma refeição), as três escolas apresentaram inadequações face aos valores de referência. Todavia, a Escola de Magaia foi a que apresentou menores inadequações. Por outro lado, ao comparar com as recomendações para 30% das necessidades diárias (2 refeições) verificou-se que, as refeições não estavam tão aquém das recomendações, porém, ainda assim se observaram inadequações, principalmente em relação à vitamina A. Espera-se que, a longo prazo as sugestões elaboradas sejam tidas em consideração para que as refeições escolares sejam um veículo de saúde e informação
