Browsing by Author "Ferreira, Ana Cristina dos Santos"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- A influência da posição corporal na prevenção de úlceras de pressão no indíviduo sentadoPublication . Ferreira, Ana Cristina dos Santos; Vieira, Margarida; Alves, PauloAs Úlceras de Pressão preocupam doentes, famílias e profissionais de saúde. O seu aparecimento acarreta consequências graves para a saúde e custos elevados, quer para o doente como para as instituições de saúde, tornando-se por essa razão, numa preocupação constante e que urge por uma solução. Para os doentes com lesão vertebro - medular, as úlceras de pressão constituem a principal consequência, sendo que 70% desenvolvem uma úlcera de pressão. Intervir sobre o principal agente causal – a pressão – tem sido o principal objectivo da prática clínica e da investigação, sendo o reposicionamento a principal estratégia de alívio da pressão e a posição de deitado alvo do maior número de estudos publicados. Recentemente, estudos na posição de sentado e estudos sobre outros factores que intervêm na viabilidade tecidular, como a temperatura cutânea e os mediadores inflamatórios, têm sido foco de atenção por parte dos investigadores. Os indivíduos saudáveis não desenvolvem úlceras de pressão pois alteram a sua posição corporal ao longo do tempo, o que alivia a pressão e evita a lesão dos tecidos. O conhecimento dos ajustes corporais efectuados pelo indivíduo saudável permitirá estabelecer a frequência de reposicionamento do doente sentado que evite o aparecimento de lesão tecidular e que integre o plano de cuidados a indivíduos com limitação de mobilidade e de sensibilidade. Foi realizado um estudo quase - experimental, com 31 indivíduos saudáveis, 20 do sexo feminino e 11 do sexo masculino. Durante 1 hora permaneceram sentados sobre um tapete com sensores de pressão, sendo avaliada simultaneamente a aceleração do tronco, a temperatura cutânea e o desconforto. Foram ainda efectuadas 2 avaliações da integridade cutânea (antes e após a pressão) e 2 colheitas de sangue para verificar a concentração da interleucina 6 (antes e após a pressão). Os participantes efectuaram, em média, um reposicionamento a cada 4,6 minutos, movendo-se preferencialmente em dois eixos: horizontal e vertical. Os resultados apontam para um aumento de temperatura médio de 3,5ºC. Verificámos ainda que os praticantes de actividade física moderada apresentam níveis mais baixos de interleucina – 6, o que parece indicar que a prática de actividade física possa contribuir para a resistência tecidular e, como tal, integrar o plano de cuidados a indivíduos com limitações de mobilidade e de sensibilidade. Estudos futuros que aprofundem alguns dos temas aqui estudados serão essenciais para a compreensão multifactorial do aparecimento das úlceras de pressão.