Browsing by Author "Costa, Joana Filipa Sousa"
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- Saúde juvenil no contexto escolar : uma abordagem em enfermagem comunitáriaPublication . Costa, Joana Filipa Sousa; Melo, Pedro Miguel AlmeidaIntrodução: A escola é o local privilegiado de educação para a saúde, pois é o setting onde se alcança maior proporção de população em idades propícias para adquirir atitudes e comportamentos que fomentem um estilo de vida saudável. A Enfermagem Comunitária, no contexto da saúde escolar, tem um papel fundamental na capacitação dos adolescentes, nomeadamente nas áreas identificadas como prioritárias pela Direção Geral de Saúde no Programa Nacional de Saúde Escolar 2015: educação para os afetos e sexualidade, prevenção da violência no namoro, bullying/cyberbullying, prevenção do consumo de substâncias psicoativas e de comportamentos aditivos sem substâncias. Outras experiências em diferentes contextos, como a abordagem destas temáticas nos jovens nas USF´s e a integração num projeto de intervenção comunitária numa escola através do MAIEC, estão, também, descritos neste projeto. No âmbito do Curso de Mestrado em Enfermagem com Especialização em Enfermagem Comunitária, da Escola de Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa, surge o presente projeto com o objetivo de obter ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de enfermagem, após uma intervenção comunitária. Método: Este projeto decorreu entre maio de 2017 e janeiro de 2018, tendo como população alvo os alunos do 1ºano dos cursos profissionais de uma Escola Profissional do Porto, que possui uma parceria com uma Unidade de Cuidados da Comunidade de um ACeS do Porto. Foi aplicado um questionário online para o desenvolvimento do diagnóstico, procedendo-se a todas as fases que constituem o Planeamento em Saúde. Discussão de resultados: O estudo desta comunidade escolar, revelou défice de conhecimentos e crenças desadequadas sobre as áreas abordadas bem como sobre os recursos da comunidade, vulnerabilidade aumentada face às Infeções Sexualmente Transmissíveis, à dependência sem substâncias e com substância. Depois de desenvolvida a priorização através da técnica de comparação por pares e da consulta de peritos, foram definidas como áreas de intervenção, a “Suscetibilidade às Infeções Sexualmente Transmissíveis”, “Uso de Métodos Contracetivos”, “Dependências de Substâncias Psicoativas” e “Dependências Sem Substância”. Posto isto, procedeu-se à seleção de estratégias, fixação de objetivos, planeamento do projeto de intervenção, execução e posterior avaliação. No final, foi aplicado outro questionário de avaliação, que revelou os ganhos em saúde, salientando-se: aumento de 22% conhecimento sobre IST; aumento de 12% conhecimentos sobre uso de contracetivos; aumento de 4% do conhecimento sobre consumo de substâncias psicoativas; aumento de 37% do conhecimento sobre consumo sem substância e, também, a satisfação de 94% dos intervencionados, merecendo esta comunidade continuidade do projeto para a efetividade dos ganhos em saúde. Conclusão: Foi um projeto enriquecedor pela diversidade de experiências que proporcionou, fundamental para o processo formativo, contribuindo para a capacidade de avaliar o estado de saúde de uma comunidade, facilitar o seu processo de capacitação e indo ao encontro das competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária e das competências académicas para a obtenção do grau de Mestre em Enfermagem.