Browsing by Author "Costa, Andreia Cátia Jorge Silva da"
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- Famílias que integram pessoas dependentes no autocuidado : estudo exploratório de base populacional no concelho do LisboaPublication . Costa, Andreia Cátia Jorge Silva da; Silva, Abel Paiva eA investigação que aqui se reporta apresenta como propósito a caracterização do fenómeno da dependência no autocuidado em contexto familiar e do fenómeno da prestação de cuidados ao familiar dependente, no concelho de Lisboa. As dificuldades reconhecidas ao exercício do papel de familiar prestador de cuidados apesar do desenvolvimento de competência para tal, sugere a necessidade de acompanhar a transição para familiar prestador de cuidados. Os indicadores que poderão traduzir o sucesso do processo de transição são vários, a perceção de autoeficácia específica do familiar prestador de cuidados relativo ao exercício do papel, a condição de saúde do familiar dependente e a caracterização dos cuidados prestados, pela análise efetuada relativa ao grau de dependência da pessoa. As intervenções de enfermagem que acompanham este processo, designado como um processo dinâmico, têm como objetivo final constituir intervenções facilitadoras na vivência dos acontecimentos com vista a uma transição saudável. A investigação que se apresenta assenta numa abordagem quantitativa, tendo sido realizado um estudo exploratório de base populacional cujo plano de amostragem permite inferir os resultados para a população. O instrumento desenvolvido constitui uma ferramenta de utilidade clínica na perspetiva da avaliação multidimensional do fenómeno em estudo. A amostra integrou cerca de 2500 famílias, sendo que 8% destas famílias integram no seu seio pelo menos um familiar dependente no autocuidado. Foram estudadas 121 famílias, em que as pessoas com dependência se caracterizam por apresentar grau elevado de dependência, não participam no seu autocuidado ou dependem de pessoa para satisfazer as suas necessidades de autocuidado, como sendo posicionar-se no leito ou alimentar-se. Os resultados permitem estimar que, em 2011, 19396 famílias residentes no concelho de Lisboa acolhiam uma pessoa com dependência no autocuidado e que, aproximadamente um terço destas famílias, integrava no seu seio uma pessoa em situação de dependência alectuada. Na perspetiva da experiência do cuidador, os resultados permitem aferir que não existem ganhos na dependência ou na condição de saúde, ao invés disso, quer a dependência quer a condição de saúde prolongam-se ou aumentam a par com o envelhecimento da pessoa, independentemente do número de anos de exercício do papel de prestador de cuidados. Os resultados revelam que nas situações em que o familiar prestador de cuidados perceciona maior autoeficácia, presta cuidados de maior intensidade e incentivam mais a autonomia da pessoa dependente. Contudo, no contexto de maior dependência, o familiar prestador de cuidados assume um perfil dominante na prestação de cuidados do tipo substituição, com menor utilização de recursos. Nas situações de dependência do tipo ambulatório identifica-se um perfil de prestação de cuidados menos centrado em cuidados de substituição, integrando um perfil de atuação de suporte.