Xavier, Maria Raúl Andrade Martins LoboHoffmeister, Kerstin2016-09-062016-09-062016-06-232016http://hdl.handle.net/10400.14/20538O presente estudo exploratório tem como objetivo geral explorar as atitudes (na sua vertente comportamental, cognitiva e emocional) de um grupo de mulheres grávidas acerca do consumo de baixo risco de álcool durante a gravidez. Parece existir uma lacuna na investigação acerca do tema a nível nacional, mas existem estudos internacionais que documentam um conjunto de distúrbios associados a baixos níveis de exposição pré-natal ao álcool. Neste estudo foram realizadas entrevistas a 13 mulheres grávidas, utentes dos cuidados de saúde primários, secundários e/ ou privados, sem problemas ligados ao álcool diagnosticados, partindo de um guião semiestruturado, procedendo-se posteriormente a uma abordagem semi-indutiva dos dados, seguindo uma metodologia mista (quantitativa e qualitativa). Da análise do discurso das participantes emergiram como principais resultados da investigação a cessação ou redução do consumo de álcool na gravidez, o consumo pontual de álcool durante a gravidez durante acontecimentos festivos ou em contexto do grupo de amigos, o champanhe como tipo de bebida preferencial, a gravidez como principal motivo para abstinência, e o desconhecimento específico de consequências do consumo de álcool na gravidez. De destacar ainda a total ausência de rastreio no acompanhamento privado, e o rastreio único no início do acompanhamento no contexto dos cuidados de saúde primários, apesar da existência de linhas de orientação nacional no âmbito do consumo de álcool na gravidez. As participantes concordam com as estratégias de prevenção ambiental apresentadas, embora manifestem ter dúvidas quanto à sua capacidade de alterar comportamentos. De realçar o tema da dúvida, transversal a quase todo o discurso das participantes, e ao mesmo tempo o desafio para o desenvolvimento de estratégias de prevenção (universal, seletiva, indicada e ambienta) adaptadas às especificidades e necessidades desta população oculta.This exploratory study aims to explore pregnant women’s attitudes (in its behavioral, cognitive and emotional aspects) about low risk alcohol consume during pregnancy. More information about demographic characteristics and knowledge of, attitudes toward and use of alcohol of pregnant women is needed, although existing research has documented a spectrum of adverse health outcomes from lower levels of prenatal alcohol exposure. The study consists of thirteen interviews with pregnant women who attend primary, secondary and/or private health care, without any diagnosed alcohol problem, based on an semi structured interview script; the data were processed according to a semi inductive perspective, following a mixed methodology (both quantitative and qualitative). The main results were the cessation or reduction of alcohol consume during pregnancy, the occasional consume during pregnancy on festive occasions and/or social contexts, Champaign as the preferred type of beverage consumed, pregnancy as the main motive for abstinence, and the absence of specific knowledge about the consequences of alcohol consume. We point out the total absence of screening for alcohol consume in private health care settings, and the often unique screening in public health care setting at the beginning of the antenatal care, in spite of existence of that national guidelines on this matter. Participants agree with both the environmental prevention strategies presented, although referring having doubts about their ability to change behaviors. We highlight the theme of doubt, which is transversal to almost the whole participants’ speech, and the underlying challenge for the development of effective universal, selective and indicated prevention strategies for this hidden population.porAtitudes acerca do consumo de álcool na gravidez : vozes de uma população ocultamaster thesis201462893