Nova, Paulo Ricardo Santos Pontes da2018-06-072018-06-072014http://hdl.handle.net/10400.14/24701A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica complexa que se caracteriza por perturbações do pensamento, da atividade social, dos sentimentos, do comportamento motor e por distorções da realidade, o que resulta em psicoses exacerbadas que se alteram com períodos de remissão parciais. É descrita como uma doença multifatorial, dependendo de fatores tais como: predisposição genética e fatores ambientais nomeadamente uma alimentação e estilos de vida não saudáveis. O tratamento da esquizofrenia é realizado recorrendo a terapia farmacológica, nomeadamente com anti psicóticos clássicos, como a Cloropromazina e o Haloperidol e anti psicóticos atípicos, tais como a Clozapina e Sulpiride. O padrão alimentar destes doentes caracteriza-se por um consumo excessivo de gorduras, défice em fibras, vitaminas, óleos vegetais e nozes e uma ingestão abusiva de bebidas alcoólicas e gaseificadas, revelando também uma prática de exercício físico baixa. Carências nutricionais no período pré-natal, nomeadamente em ácido fólico, Vitamina D, Ferro, Zinco, e Cobre assim como um aporte deficiente de aminoácidos, ácidos gordos polinsaturados da série n-3 e n-6, oligoelementos essenciais e Vitamina D ao longo da vida constituem potenciais fatores de risco para o desenvolvimento e progressão da esquizofrenia. Vários estudos constatam uma melhoria evidente da sintomatologia da doença com o recurso a uma alimentação rica nestes componentes ou a suplementação. A terapia nutricional desempenha um papel crucial no tratamento da esquizofrenia e pode trazer inúmeros benefícios para a sintomatologia e progressão da doença, quer como monoterapia ou em conjunto com terapia farmacológica. Esta deve ser específica para cada doente considerando fatores tais como o peso e o sexo, uma vez que estudos demonstram que o Índice de Massa Corporal (IMC) é superior em doentes esquizofrénicos comparativamente à generalidade da população e que o sexo feminino é mais suscetível ao aumento de peso.Schizophrenia is a complex psychiatric disorder characterized by disturbances of thought, social activities, feelings, motor behavior and distortions of reality, which results in exacerbated psychosis that change with periods of partial remission. It is described as a multifactorial disease, depending on factors such as genetic predisposition and environmental factors including diet and one of unhealthy life styles. The treatment of schizophrenia is conducted with pharmacological therapy, particularly with classic anti psychotics, such as Haloperidol and Chlorpromazine and atypical anti psychotics, such as Clozapine and Sulpiride. The feeding patterns of these patients is characterized by an excessive consumption of fats, deficit in fiber, vitamins, vegetable oils and nuts and abusive intake of alcoholic and carbonated beverages, also revealing a practical low exercise. Nutritional deficiencies in the prenatal period, in particular folic acid, Vitamin D, Iron, Zinc, and Copper as well as a deficient amino acid intake, polyunsaturated fatty acids of the n-3 and n-6, trace minerals and Vitamin D along life are potential risk factors for the development and progression of schizophrenia. Several studies have noted a clear improvement of the symptomatology of the disease with the use of a diet rich in these components or supplementation. Nutritional therapy plays a crucial role in the treatment of schizophrenia and brings several benefits to the symptoms and progression of the disease either as monotherapy or in combination with pharmacological therapy. This should be specific for each patient considering factors such as weight and sex, since studies show that the Body Mass Index (BMI) is higher in schizophrenic patients compared to the general population and that the female is more likely to weight gain.porO papel da terapia nutricional no tratamento da esquizofreniabachelor thesis