Voltaire2014-11-212014-11-212014-11VOLTAIRE - Mafoma ou fanatismo. Transcrição e introd. de Isabel Pinto. Lisboa : Centro de Estudos de Comunicação e Cultura, 2014. ISBN 978-989-98248-4-3978-989-98248-4-3http://hdl.handle.net/10400.14/15758Trata-se de uma tradução da tragédia de Voltaire Le Fanatisme ou Mahomet le Prophète, a qual foi publicada pela primeira vez em 1742, em Bruxelas. Esta tradução, cópia autógrafa de António José de Oliveira, copista profissional, data de 1795, mas remonta a um impresso de 1775, a que o copista faz referência na folha de rosto do manuscrito e do qual, até ao presente, não se conhece nenhum exemplar. É em verso e reclama considerável respeito formal pelo original, dado que segue com escrúpulo a respectiva distribuição de versos por fala. Contudo, ao nível das escolhas lexicais, observa-se maior margem de liberdade, com o tradutor português, ainda desconhecido, a parafrasear determinadas passagens e/ou a acrescentar termos da sua lavra para reforçar o sentido original. Nesta tragédia discorre-se sobre as consequências do fanatismo e de professar uma falsa religião. É, ofuscado pelo obscurantismo de uma crença desmesurada e cega, sob o directo comando de Mafoma, que Zaide comete parricídio sobre Zopiro, vindo ele próprio a morrer envenenado, e que Palmira, irmã de Zaide e filha de Zopiro, se suicida. Em suma, em termos de leitmotiv, é a uma fé tão falsa quanto nociva que cabe a destruição de uma família. De acordo com documentação do Fundo da Real Mesa Censória (Caixa 9, n.º 14; Caixa 324, n.º 2292 (9), etc.), no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, esta tragédia terá sido recorrentemente representada em Portugal na segunda metade do século XVIII.porMafoma ou Fanatismoother