Caires, Carlos SenaLeite, Rita Carvalho2015-01-292015-01-292013-06-21http://hdl.handle.net/10400.14/16459O tempo é a base de fundamentamentação de todas as narrativas. As anacronias são ferramentas que afectam a temporalidade narrativa ao alterar a ordem dos seus eventos assim como a ordem em que são apresentados no discurso. A sua aplicação sobre uma narrativa torna-a não-linear. Coloca-se a questão de como aplicar anacronias ao cinema e a forma como estas afectam a narrativa cinematográfica. Para fundamentar estas hipoteses, é necessário primeiro analisar as origens e definições da narrativa em si, os seus elementos, estruturas, e as divergências que ocorrem entre narrativas literárias e cinematográficas. A partir daí é possível analisar a questão da anacronia em si, desde a sua definição à sua aplicação no cinema e passando pela sua ligação ao processo de montagem. Tudo isto tendo em conta o contexto de Mestrado e de um projecto prático realizado no seu âmbito, a curta-metragem Pária. A partir de uma revisão bibliográfica e cinematográfica consistente, aplicamos as questões de anacronia e narrativas não-lineares ao projecto Pária, apresentando assim duas versão possíveis da sua montagem: uma linear que se serve apenas de elipses no que toca a anacronia, outra não-linear que se serve de analepses, um recuo cronológico na narrativa. Pudemos concluir que numa narrativa não-linear o tempo torna-se maleável, permitindo a que as anacronias possam ser aplicadas de várias maneiras, seja através de uma justificação psicológica ou da simples fragmentação da estrutura da ordem temporal. Através de anacronias é possível explorar diferentes aspectos da representação temporal de uma narrativa e apresentar diferentes relacionamentos entre os vários tempos. De futuro, seria interessante impulsionar esta pesquisa dentro do panorama do cinema português em específico.porNarrativaAnacroniaTemporalidadeOrdemDuraçãoA questão da anacronia na narrativa fílmica do cinema de ficçãomaster thesis