Duque, Eduardo Jorge Gomes da CostaDias, Fernanda Maria Vivas2016-11-082016-11-082016-07-012016http://hdl.handle.net/10400.14/20937Este estudo tem como objetivo central, compreender as causas que motivam o desemprego no Serviço Social, bem como analisar a forma como os assistentes sociais encaram o desemprego na sua área de formação. De forma mais específica, procura-se compreender as razões que dificultam a inserção dos assistentes sociais no mercado de trabalho, bem como analisar a razão de certos cargos próximos da área do Serviço Social estarem a ser realizados por profissionais externos à área em referência. Esta problemática encontra-se inserida no atual cenário de desemprego que tem assolado o nosso país e que em muito contribui para a crise que estamos a presenciar. Acresce também que, como se percebe ao longo deste estudo, o Estado tem assumido ao longo do tempo diferentes posicionamentos em relação à ação social, em parte devido à redefinição do conceito de bem-estar social que, se por um lado, gera um alargamento dos benefícios sociais como forma de fazer valer políticas que promovem a igualdade e a solidariedade, por outro - dada a crise económica - há uma diminuição de recursos afetos a estas causas, o que levou o poder político a reorientar e a redirecionar as suas formas de intervenção na ação social. Posto isto, este estudo parte do princípio de que a crise económica é parcialmente responsável pela situação de desemprego dos profissionais de Serviço Social, bem como do facto destes profissionais não encarem bem o desemprego na sua área, o que os pode levar a situações de risco social. Este estudo assenta numa abordagem qualitativa com recurso a entrevistas a diplomados em Serviço Social pela Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa. As conclusões a que chegamos apontam o modelo social envolvente como um dos maiores responsáveis da crise que estamos a viver, que afeta não somente a vida económica, como toda a vida social, com implicações em todas as dimensões da sociedade. De facto, o desemprego entre os profissionais de Serviço Social é uma das consequências deste modelo de desenvolvimento que, tanto cria respostas extraordinárias, como os apoios diferenciados a quem deles mais precisa, como despreza o rosto das pessoas, já que ele privilegia os números em detrimento dos nomes. Este modelo social criou, desta forma, um grande paradoxo na sociedade, pois se por um lado formou muitos profissionais, por outro lado, permitiu que o mercado de trabalho ficasse saturado, não proporcionando, assim, emprego para quem investiu numa determinada área de trabalho, o que, consequentemente, tem gerado um grande descontentamento nestes profissionais.The aim of this study is to understand the causes which motivate unemployment in Social Work as well as analyze how social workers face unemployment in their training area. More particularly, it seeks to understand the reasons that hinder the inclusion of social workers in the labor market and to realize why certain positions close to the Social Services are being carried out by other professionals who are not related to this area. This issue is inserted in the current scenario of unemployment that has plagued our country and which greatly contributes to the crisis that we are witnessing. In addition, as we can observe through this study, the state has taken different positions in relation to social action, in particular because of the redefinition of the concept of social welfare; on the one hand, it generates an enlargement of social benefits as a way to enforce policies that promote equality and solidarity, on the other hand, given the economic crisis - there is a decrease in the resources allocated to these causes, which led those in political power to reorient and redirect their way of intervention in social action. Therefore, this study assumes that the economic crisis is partly responsible for the high unemployment among of social work professionals as well as the fact that these professionals don’t understand the unemployment in their own area, which can lead to hard social situations. This study is based on a qualitative approach using interviews with graduates in Social Work, in the Faculty of Philosophy and Social Sciences of the Catholic University. The conclusion we have reached is that the social model is one of those factors most responsible for the crisis we are living, which affects not only economics, but as all social life, with consequences in all aspects of society. In fact, unemployment among professionals in Social Work is one of the effects of this development model that both creates extraordinary responses, such as differentiated support to those most in need, and shows insufficient respect for the individual as a person, since it is more concern with numbers than actual people. This social model creates in this way, a major paradox in society, because on the one hand it has formed many professionals, but, on the other, has allowed the labor market to became saturated, therefore not providing work for those invested in a given workspace, which consequently has generated a great dissatisfaction among these professionals.porServiço SocialAssistente SocialModelo socialDesempregoSocial WorkSocial WorkerSocial modelUnemploymentO desemprego no serviço socialmaster thesis201557657